Petrobras, resultados, dividendos e mais 7 notícias agitam o radar

Confira aqui os principais destaques corporativos da manhã desta quinta-feira; a matéria será atualizada até a abertura da Bovespa às 10h (horário de Brasília)

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – O noticiário aparece agitado nesta quinta-feira entre resultados do quarto trimestre, expectativa de divulgação do balanço da Petrobras no mês que vem e mudanças no Fies que trazem ainda maiores incertezas para as empresas de educação, que vem desde o final do ano passado sendo penalizadas na Bolsa. Confira abaixo o que é destaque hoje:

Petrobras
A Petrobras (PETR3; PETR4) planeja divulgar seu balanço do terceiro trimestre auditado em abril, segundo fontes disseram ao Valor. A definição da data ainda depende, no entanto, da conclusão do trabalho dos escritórios de advocacia que atestam a qualidade dos ativos e de uma espécie de aval da SEC (Securities and Exchange Commission), informou o jornal. 

Ainda sobre a estatal, o blog da Sonia Racy, do Estadão, disse que a Petrobras considera entre as opções de capitalização abrir o capital e venda parcial ou majoritária do controle da BR Distribuidora, sem citar fontes. Além disso, hoje o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, falam na CPI da Petrobras.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Educação
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o Fies (programa de financiamento estudantil) terá vagas de financiamento limitadas e sistema unificado. A mudança deve ocorrer já a partir do segundo semestre deste ano. Até 2014, conseguia acesso ao financiamento praticamente todo mundo que pleiteava a vaga em curso com nota 3 ou superior em avaliação federal, mas, neste ano, em meio à crise orçamentária, o governo precisou rever os critérios. As mudanças podem impactar ações do setor listadas no Bolsa: Kroton (KROT3), Estácio (ESTC3), Anima (ANIM3) e Ser Educacional (SEER3).

Braskem
As ações da Braskem (BRKM5) desabaram ontem 19,78% depois que vieram a público declarações dadas pelo doleiro Alberto Youssef durante a delação premiada feita no âmbito da Operação Lava Jato, de que a petroquímica teria se beneficiado do esquema de corrupção na Petrobras. Durante à tarde, a companhia negou as acusações mas não foi suficiente para barrar a derrocada das ações na Bolsa. Segundo a XP Investimentos, aliado a isso, os problemas da Odebrecht (controladora da Braskem) também na Lava Jato devem manter uma pressão sobre as ações da companhia, pelo mesmo problema da Petrobras (que atualmente tem uma posição financeira de R$ 2,5 bilhões na Braskem), possibilidade de desinvestimentos por parte da Odebrecht. 

Mais uma empresa da Bolsa é ligada a esquema de propina da Lava Jato 

Continua depois da publicidade

CSN 
Entre as empresas que divulgaram balanços entre a noite de ontem e nesta manhã, a CSN (CSNA3) informou que lucrou R$ 66,992 milhões no quarto trimestre, invertendo prejuízo de R$ 250,388 milhões registrado no trimestre imediatamente anterior, principalmente devido ao maior lucro bruto e melhor resultado financeiro. Segundo a XP Investimentos, o resultado surpreendeu positivamente, apontando que apesar do cenário macroeconômico desafiador, principalmente no mercado doméstico, a alta do dólar frente ao real deve influenciar positivamente a empresa. 

Além do balanço, a siderúrgica anunciou ontem o pagamento de dividendos aos seus acionistas no montante de R$ 275 milhões, correspondentes a R$ 0,20263 por ação. De acordo com o comunicado da companhia, os dividendos estarão disponíveis aos acionistas residentes no Brasil a partir do dia 19 de março, sendo que farão jus ao recebimento do provento acionistas que detivessem ações da companhia ontem, com o dia 12 de março ficando como data ex-dividendos.

JBS
A JBS (JBSS3), maior produtora global de carnes, teve lucro líquido de R$ 618,8 milhões no quarto trimestre, valor mais do que quatro vezes superior ao do mesmo período de 2013, embora a JBS Mercosul, principal unidade da companhia, tenha tido piora no desempenho operacional em meio a um aumento dos preços do boi gordo. O BTG Pactual comentou que os resultados da companhia foram fortes, especialmente quando olha-se para o Ebtida ajustado de R$ 3,3 bilhões, 4% melhor do que o estimado pelo mercado.

BR Malls
A administradora de shoppings centers BR Malls (BRML3) vai priorizar a eficiência operacional em 2015 em meio a um cenário desafiador para a economia, depois de ver o lucro recuar no ano passado. Segundo a companhia, os lojistas apresentaram um “desempenho dentro do esperado” em 2014. As vendas mesmas lojas (abertas há mais de 12 meses) cresceram 6,5% em 2014, praticamente empatando com a inflação medida pelo IPCA, de 6,41%, ante avanço de 7,5% um ano antes. Em 2014, foram vendidas participações em seis shoppings, o que gerou um valor total de 389,2 milhões de reais para a empresa. Para a XP Investimentos, a empresa reportou um bom resultado operacional, porém em linha com as expectativas. “Acreditamos em impacto neutro sobre as ações”, disseram os analistas. 

Randon
A Randon (RAPT4) encerrou o quarto trimestre com queda de 17,3% no lucro líquido consolidado, para R$ 39,6 milhões. A receita líquida recuou 16%, para R$ 911,5 milhões, enquanto o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 11,6%, para R$ 103,4 milhões. 

Eternit
A Eternit (ETER3) informou após o fechamento da Bolsa nesta quarta-feira (11), que em reunião do Conselho de Administração da companhia, foi aprovado o pagamento de dividendos no valor total de R$ 11,9 milhões a partir do dia 31 de março. A companhia informou por meio de comunicado que o montante é correspondente à R$ 0,067 por ação e que o valor será computado no dividendo mínimo obrigatório do exercício de 2014. De acordo com a empresa, farão jus ao pagamento os acionistas com posição nos papéis em 23 de março, ficando como data ex-dividendos o dia 24 de março.

No dia 31 de março ainda serão pagos os juros sobre capital próprio aprovados em reunião do dia 19 de dezembro do ano passado, no montante de R$ 5,9 milhões, correspondentes à R$ 0,033 por ação. A companhia acrescentou que deste valor será reduzido o Imposto de Renda na fonte, conforme legislação em vigor, exceto para os acionistas que sejam imunes ou isentos.

Oi
O Cade condenou a Oi (OIBR4) nesta quarta a pagar R$ 26,5 milhões em multa por abuso de posição dominante no mercado de telecomunicações, em caso do início dos anos 2000. De acordo com o conselho, a companhia detinha mais de 90% do mercado de telefonia fixa no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Amapá, Amazonas e Roraima. O Cade ainda informou que a Oi monitorava as ligações de seus clientes para uma concorrente, chamada Vésper, e tentava impedir a migração destes clientes para a rival.

ALL e Rumo
O Cade recusou ontem recurso apresentado por dois terceiros interessados contrários à fusão autorizada pelo órgão entre a ALL (ALLL3) e Rumo Logística, do grupo Cosan (CSAN3). Houve questionamentos sobre a fiscalização de restrições impostas pelo tribunal para aprovar, em fevereiro deste ano, a criação de uma nova empresa avaliada no mercado em R$ 11 bilhões. O tribunal manteve a decisão, afirmando que preservou o mercado, e manteve as restrições à ALL/Rumo. 

Triunfo 
A Triunfo (TPIS3) divulgou após o fechamento da Bolsa na quarta seus dados operacionais de fevereiro deste ano. De acordo com comunicado da companhia, houve uma queda de 6,4% no tráfego total das rodovias, passando de 20,3 milhões de veículos equivalentes em fevereiro de 2014 para 19 milhões de veículos no mesmo período deste ano. 

Gol
Depois de ter sido cortada ontem pelo Bank of America Merrill Lynch, a Gol (GOLL4) foi rebaixada hoje pelo Santander de compra para manutenção. Segundo os analistas, o rebaixamento reflete postura mais cautelosa baseada na depreciação de 18% do real em 2015 e a expectativa de alguma fraqueza na rentabilidade do primeiro semestre deste ano, apesar da racionalização da capacidade. 

Energias do Brasil
A Energias do Brasil (ENBR3) informou que seu conselho de administração aceitou o pedido de renúncia de Miguel Dias Amaro ao cargo de diretor vice-presidente e de finanças e relações com investidores pelo fato de ter assumido novas funções na empresa. Assume as funções de Dias o atual diretor presidente da empresa Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas.