Ibovespa Futuro tem queda com inflação; Levy e EUA ficam no radar

Tensões políticas seguem no radar enquanto mercado internacional fica à espera de dados de emprego na maior economia do mundo para dar indicações quanto ao aumento de juros pelo Fed

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro tem queda de 0,27%, a 50.730 pontos às 9h35 (horário de Brasília) após a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acima do esperado e enquanto o mercado espera pelos dados de emprego nos Estados Unidos. Tensões políticas no cenário doméstico que podem atrapalhar os planos de ajuste fiscal propostos pelo governo continuam no radar. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que não mudará a meta de superávit primário de 1,2% do PIB (Produto Interno Bruto). 

Medidor oficial de inflação, o IPCA saiu com um avanço de 1,22% em fevereiro após alta de 1,24% em janeiro, informou. Com isso, o índice em 12 meses já chega a 7,7%, bem acima do teto da meta do governo de 6,5% ao ano. O crescimento do nível de preços foi o maior desde 2005. 

Levy disse em entrevista por e-mail para a Folha de S. Paulo que a rapidez do Congresso na definição das medidas é essencial para a economia e que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem dado apoio ao ajuste. 

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No noticiário corporativo, mantém-se o destaque para a Petrobras (PETR3PETR4), que pode cortar pela metade a encomenda de 28 sondas à Sete Brasil, devido à falta de dinheiro em caixa e das dificuldades para levantar financiamento com o endividamento atual. 

Ainda na noite de ontem,a estatal informou ao mercado que o juiz da causa movida contra a estatal em Nova York nomeou Universities Superannuation Scheme como autor líder da ação conjunta. Ainda de acordo com comunicado da petrolífera, amanhã será realizada uma teleconferência entre o juiz, a Petrobras e o autor líder para agendar as próximas etapas do processo. 

Cenário externo
As bolsas mundiais operam com cautela nesta sexta-feira (6) à espera de dados dos dados de emprego nos Estados Unidos. Um dos indicadores mais importantes para saber quando o Federal Reserve elevará as taxas de juros, o emprego deve continuar crescendo 200 mil pelo 12º mês seguido. 

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As ações asiáticas subiram nesta sexta-feira, com o dólar se fortalecendo enquanto investidores aguardavam um relatório de emprego nos Estados Unidos.

As ações em Xangai caíram 0,2 por cento após o ministro das Finanças da China dizer que uma política fiscal expansionista é necessária para ajudar a evitar uma forte desaceleração econômica.

O índice japonês Nikkei teve alta de 1,2 por cento, para 18.971 pontos, seu maior nível de fechamento desde abril de 2000.

Analistas consultados pela Reuters esperam que tenham sido criados 240 mil empregos no mês passado nos EUA e que a taxa de desemprego caia para 5,6 por cento ante 5,7 por cento.

Europa
No velho continente, os índices ainda veem um resquício da alta de ontem provocada pelo anúncio de que o programa de compra de ativos para injetar dinheiro na economia da zona do euro começará na semana que vem no dia 9. 

A produção industrial da Alemanha subiu 0,6% em janeiro deste ano ante dezembro do ano passado, em cálculo ajustado, segundo dados do Ministério da Economia do país. O resultado ficou levemente acima da previsão dos analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que esperavam alta de 0,5%.

No setor manufatureiro, a produção ficou estável em janeiro ante novembro, e o setor de construção subiu 5,0% na mesma comparação. Em relação a janeiro de 2014, a produção industrial alemã registrou avanço de 0,9%.

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.

(Com Reuters)