Novo sócio da Oi, Petrobras, adiamento de plano da ex-OGX e mais 7 notícias no radar

MRV, Cetip, Alupar e mais 2 resultados também agitam a manhã desta sexta-feira

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O noticiário desta sexta-feira (6) segue agitado antes da abertura do último pregão da semana, com destaque para a Petrobras (PETR3; PETR4) que ainda na noite de ontem informou ao mercado o juiz da causa movida contra a estatal em Nova York nomeou Universities Superannuation Scheme como autor líder da ação conjunta.

Ainda de acordo com comunicado da petrolífera, amanhã será realizada uma teleconferência entre o juiz, a Petrobras e o autor líder para agendar as próximas etapas do processo. No dia 13 de fevereiro a estatal contratou um escritório de advocacia norte-americano especializado que irá a defender das acusações.

Além disso, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams disse que a Petrobras deverá ser responsável por definir o valor do ressarcimento a ser pago à estatal por empresas investigadas na operação Lava Jato e que teriam causado prejuízos à petroleira devido a sobrepreços em contratos. 

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 Os ressarcimentos de valores superfaturados deverão estar entre as obrigações previstas nos acordos de leniência que eventualmente serão assinados por empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção, segundo Adams. Ele disse que o valor será fixado pela Petrobras de acordo com o contrato que ela tinha com a empresa envolvida no escândalo, que envolveu ex-diretores da estatal, além de dirigentes de empreiteiras e políticos, suspeitos de receber dinheiro do sobrepreço.

Oi (OIBR3)
O jornal Valor Econômico afirma que a Oi optou por buscar um novo sócio, uma vez que esfriou a aproximação com a Telecom Itália, negociando agora com um investidor russo, segundo uma fonte. A negociação, agora, envolve a participação da Portugal Telecom SGPS, que detém 25,6% da Oi. A tele portuguesa foi vendida, em janeiro, por € 7,4 bilhões para a francesa Altice. Esta operação deve ser finalizada no segundo semestre.

Ex-OGX (OGXP3)
A OGPar, ex-OGX, informou ao mercado na noite de quinta-feira que foi solicitada à ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), e concedida, a postergação da entrega do novo plano de desenvolvimento do campo de Tubarão Martelo do dia 8 de março, para o dia 31 de dezembro deste ano.

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MRV Engenharia (MRVE3)
A MRV Engenharia viu seu lucro líquido avançar 42,1% no quatro trimestre na comparação anual, apoiado em vendas e lançamentos maiores, que compensaram o impacto de despesas e distratos no período.

A construtora e incorporadora teve lucro líquido de R$ 103 milhões no quarto trimestre ante R$ 72 milhões um ano antes. A média das estimativas de analistas apontava lucro líquido de R$ 112,7 milhões. Em relação ao terceiro trimestre, porém, o lucro caiu 24%.

Enquanto as despesas comerciais aumentaram 60,3% (a R$ 110 milhões), as despesas gerais e administrativas subiram 22,1% no quarto trimestre (a R$ 79 milhões).

Cetip (CTIP3)
A Cetip registrou um lucro líquido contábil de R$ 117,6 milhões no quarto trimestre, uma alta de 22,4% ante mesmo período do ano passado. O Ebitda da companhia ficou em R$ 181,2 milhões no período, com avanço de 11,1%. No acumulado de 2014, o lucro líquido da Cetip foi de R$ 427,1 milhões, uma alta de 18,3%. Já o Ebitda do ano ficou em R$ 669,9 milhões, avanço de 10,8%.

A receita bruta da companhia foi de R$ 328,4 milhões no quarto trimestre, com crescimento de 14,1% na comparação com o ano anterior. Enquanto isso, a dívida bruta da companhia encerrou 2014 em R$ 798,4 milhões, com avanço de 22,6% na comparação anual. Já a dívida líquida da companhia caiu 46% no mesmo período, para R$ 124,2 milhões.

Além disso a Cetip mostrou que planeja elevar a remuneração a seus acionistas e recomprar ações este ano, enquanto enfrenta aumento da aversão ao risco e redução da atividade do mercado de capitais brasileiro. O Conselho da companhia propôs elevar a remuneração aos acionistas para 85% do lucro anual de 2014, frente a 75% em 2013, de acordo com o relatório de resultados da empresa. A proposta será levada a assembleia geral a ser realizada em abril.

O plano vem paralelamente a outra proposta de recompra de 5,4 milhões de ações da companhia, ou 2,13% do total, com o objetivo de “maximizar a geração de valor para acionistas por meio de uma estrutura de capital mais eficiente”, disse o relatório. O prazo é 3 de março de 2016.

CSU Cardsystem (CARD3)
A CSU Cardsystem informou nesta quinta-feira após o fechamento dos mercados que o conjunto de fundos e carteiras geridos pela Polo Capital e Polo Capital Internacional venderam ações ordinárias da companhia e passaram a deter, a partir de hoje, menos de 5% de participação nos ativos.

Suzano (SUZB5)
A votação que ocorreria nesta quinta-feira na CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) sobre liberação de plantio comercial de eucalipto geneticamente modificado da Futuragene, empresa da Suzano Papel e Celulose, foi adiada para abril após protestos de manifestantes contrários à tecnologia. Cerca de 1.000 mulheres integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram a sede da empresa de biotecnologia em Itapetininga (SP) e, em paralelo, manifestantes protestaram em Brasília no prédio da AEB (Agencia Espacial Brasileira), onde ocorreria a votação.

Alupar (ALUP11)
A Alupar Investimento, holding nacional de transmissão e geração de energia elétrica registrou lucro líquido de R$ 114,6 milhões no quarto trimestre de 2014, em alta de 68,7% ante os R$ 67,9 milhões apurados no mesmo período de 2013. O lucro líquido acumulado do ano passado ficou em R$ 362,7 milhões, em alta de 25,1% ante o lucro líquido de R$ 289,8 milhões registrado no ano de 2013.

A receita líquida da companhia ficou em R$ 423,4 milhões no quarto trimestre, ante R$ 348,8 milhões no mesmo período do ano anterior, uma alta de 21,3%. Já o Ebitda do quarto trimestre de 2014 foi de R$ 301,6 milhões, alta de 20,9% sobre os R$ 249,3 milhões do quarto trimestre de 2013. No total do ano, o Ebitda de 2014 foi de R$ 1,088 bilhão, em alta de 8,8% sobre o R$ 1,001 bilhão em 2013.

Positivo (POSI3)
A Positivo Informática teve lucro líquido de R$ 5,3 milhões no quarto trimestre de 2014, o que representa queda de 83% ante o mesmo período de 2013. Por outro lado, no acumulado de 2014, o lucro foi de R$ 23,3 milhões, valor 49,3% maior que o verificado um ano antes.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 27,8 milhões de outubro a dezembro do ano passado, queda de 34,1% sobre um ano antes. no acumulado do ano, o Ebitda cresceu 10,9% ante 2013, para R$ 115,3 milhões.

A receita líquida da companhia foi 19,6% menor no quarto trimestre de 2014 na comparação com igual intervalo de 2013, ficando em R$ 618,3 milhões. Em todo o ano de 2014, a receita líquida totalizou R$ 2,331 bilhões, queda de 9,2% ante 2013.

Contax (CTAX3)
A Contax Participações, encerrou 2014 com lucro líquido de R$ 96,6 milhões, queda de 5,5% ante os R$ 102,3 milhões de 2013. A receita operacional líquida atingiu R$ 3,452 bilhões, queda de 4,6% sobre os R$ 3,618 bilhões do ano anterior. O Ebitda ficou em R$ 412,7 milhões em 2014, com margem Ebitda de 12%. Um ano antes, o Ebitda fora de R$ 403,5 milhões, o que representa alta de 2,3% de 2013 para 2014.

(Com Reuters)

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.