Ibovespa Futuro consolida queda em meio a cenário político e Copom

Decisão do comitê veio em linha com o esperado pelo mercado e principal driver do dia se mantém o cenário político

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro caía nesta quinta-feira (5) refletindo a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), que fez mais uma elevação de 50 pontos-base na Selic, assim como esperava o mercado. O cenário político conturbado também continua no radar dos investidores. Na quarta-feira o presidente do Senado, Renan Calheiros, devolveu a Medida Provisória 669, das desonerações, impondo mais dificuldades ao ajuste fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Também. 

Às 9h05 (horário de Brasília), o contrato futuro do Ibovespa para abril tinha leve baixa de 0,34%, a 51.175 pontos. 

Nos destaques do noticiário corporativo, a Petrobras (PETR3PETR4) segue no holofote do mercado. Segundo à Bloomberg, a estatal deve ter aval da União para captação de até US$ 19 bilhões, o que equivale a R$ 60 bilhões que o mercado calcula que precise para preservar seu caixa. De acordo com uma matéria do Valor, o caixa da petroleira teria caído US$ 20 bilhões em fevereiro. 

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Além disso, já está em curso na Petrobras estudos para avaliar quais ativos serão desinvestidos pela empresa. Uma lista dos possíveis ativos está sendo revisada internamente e provavelmente mudará antes de chegar ao mercado, de acordo com duas pessoas com conhecimento ao assunto disseram à Bloomberg. No Brasil, teriam menos de 10 ativos, incluindo gasodutos. Os ADRs (American Depositary Receipts) da petroleira negociados no pré-market da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) subiam 0,65%, a US$ 6,22.

Cenário externo
As ações asiáticas recuaram nesta quinta-feira (5) seguindo o movimento de baixa de Wall Street na sessão anterior e repercutindo a previsão de crescimento mais baixa para a China este ano. A maior economia da região colocou como objetivo para seu PIB (Produto Interno Bruto) em 2015 uma expansão de 7%, o menor alvo de crescimento para o país em 11 anos e significativamente menor que a de 7,5% estabelecida para o ano passado. 

A Bolsa de Xangai recuou 0,96%, a 3.248 pontos.

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Ainda assim, o otimismo gerado pelo abrangente afrouxamento monetário sustentou outros mercados acionários da região. O índice japonês Nikkei fechou com alta de 0,3 por cento e o índice da Kospi da Coreia do Sul encerrou a sessão estável.

“Estrangeiros estão continuando suas compras apoiados pela maior liquidez global após medidas de estímulo do BCE”, disse o economista da Daishin Securities Lee Kyung-min.

Europa
No velho continente, as bolsas apresentavam leve alta com expectativa de que o BCE (Banco Central Europeu) traga mais detalhes de como será o seu programa de compra de ativos para estimular a economia da zona do euro aos moldes do “Quantitative Easing” norte-americano. O presidente da autoridade monetária europeia falará a jornalistas no Chipre. 

Ao mesmo tempo, os preços do barril do petróleo subiam, trazendo alta às ações do setor energético na região.

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.

(Com Reuters)