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SÃO PAULO – Em um dia de agenda fraca tanto no cenário doméstico quanto nos mercados internacionais, o Ibovespa fechou em alta de 0,56%, a 51.304 pontos. Entre os principais drivers esteve o anúncio do plano de desinvestimento da Petrobras, que irá se livrar de R$ 13,7 bilhões em ativos. A estatal também firmou contrato de auditoria dos seus balanços com a PwC (PricewaterhouseCoopers) até 2016. O volume financeiro negociado na Bolsa foi de R$ 5,349 bilhões.
Ao contrário do benchmark, que teve um desempenho bem regular durante todo o pregão, o dólar comercial teve momentos de disparada e de estagnação, mas acabou fechando perto do patamar em que abriu, subindo 1,13%, a R$ 2,9260, na compra e a R$ 2,9280, na venda.
Do lado dos futuros de DI, os juros para janeiro de 2020 ficavam estáveis em 12,53%, às vésperas da próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). O mercado trabalha com uma elevação na Selic em 0,5 ponto percentual, passando para 12,75% ao ano.
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Para o analista da Leme Investimentos, João Pedro Brugger, o principal driver do dia é mesmo o noticiário da Petrobras, mas a alta da estatal está exagerada. “Quem está acompanhando a empresa sabe que era isso mesmo que ela tinha que fazer, mas não é o suficiente para resolver toda a situação dela”, afirmou. O analista disse ainda que as incertezas no cenário político deixam os investidores “perdidos” em relação ao que fazer.
Ações em destaque
As ações da Petrobras (PETR3, R$ 9,51, +2,51%; PETR4, R$ 9,60, +2,60%) subiram com as notícias positivas no seu cenário corporativo. Segundo fato relevante, a estatal pretende se livrar de US$ 13,7 bilhões em ativos até o ano que vem. A estatal ainda informou ao mercado que em reunião do dia 27 de fevereiro, seu conselho de administração aprovou a contratação da PwC para a prestação de serviços de auditoria contábil nos exercícios sociais deste ano e 2016.
A Vale (VALE3, R$ 20,79, +1,12%; VALE5, R$ 18,08, +0,84%) ampliou o contrato com a canadense Silver Wheaton para venda de ouro produzido como subproduto da extração de cobre da mina de Salobo, no Brasil. O aditivo ao acordo original de compra de ouro, datado de fevereiro de 2013, prevê a compra de um fluxo adicional de 25% do ouro pagável durante toda a vida útil da mina.
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O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou sem restrições a criação de uma joint venture da Ambev (ABEV3, R$ 18,43, +1,94%) e a Whirlpool para a criação de uma empresa focada em pesquisar, desenvolver, produzir, vender, distribuir, comercializar, importar e exportar o B.Blend, que produz bebidas mediante a utilização de cápsulas. A decisão foi divulgada no Diário Oficial da União.
As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano |
---|---|---|---|---|
OIBR4 | OI PN | 6,36 | +6,53 | -26,13 |
DTEX3 | DURATEX ON | 8,10 | +5,74 | +1,72 |
USIM5 | USIMINAS PNA | 4,29 | +3,37 | -15,05 |
GOAU4 | GERDAU MET PN | 11,00 | +2,61 | -2,65 |
PETR3 | PETROBRAS ON | 9,51 | +2,48 | -0,83 |
As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano |
---|---|---|---|---|
NATU3 | NATURA ON | 26,16 | -4,18 | -14,76 |
ESTC3 | ESTACIO PART ON | 18,05 | -3,73 | -24,22 |
POMO4 | MARCOPOLO PN ED N2 | 2,20 | -3,51 | -33,01 |
ALLL3 | ALL AMER LAT ON | 5,30 | -3,46 | +4,74 |
MRFG3 | MARFRIG ON | 4,68 | -3,31 | -23,28 |
As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram:
Código | Ativo | Cot R$ | Var % | Vol1 |
---|---|---|---|---|
PETR4 | PETROBRAS PN | 9,60 | +2,13 | 401,76M |
BBSE3 | BBSEGURIDADE ON | 32,75 | +0,28 | 324,11M |
ITUB4 | ITAUUNIBANCO PN ED | 36,60 | +0,77 | 287,41M |
BBDC4 | BRADESCO PN EJ | 37,15 | +0,21 | 284,90M |
VALE5 | VALE PNA | 18,08 | +0,84 | 235,31M |
KROT3 | KROTON ON | 10,05 | -2,62 | 195,10M |
ABEV3 | AMBEV S/A ON EJ | 18,43 | +1,94 | 163,53M |
BRFS3 | BRF SA ON | 64,40 | +0,78 | 150,91M |
CIEL3 | CIELO ON | 44,40 | +1,49 | 123,41M |
PETR3 | PETROBRAS ON | 9,51 | +2,48 | 110,85M |
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)
Cenário externo
As bolsas nos Estados Unidos operam em leve queda depois de fecharem nas máximas na segunda-feira (2). Por lá, o dia foi de realização e espera pelo livro Bege do Federal Reserve.
Já as bolsas europeias fecharam em queda nesta terça-feira (3) em um pregão marcado pela queda do dólar em relação à maior parte das moedas mundiais. Das divisas que sobem, destaque para o dólar australiano, que tem forte alta depois do Banco Central do país decidir manter as taxas de juros em 2,25%.
As vendas no varejo da Alemanha subiram pelo quarto mês consecutivo. Em janeiro, houve alta de 2,9% em relação a dezembro, no cálculo sazonalmente ajustado, informou nesta terça-feira o escritório de estatísticas do governo. O resultado surpreendeu os analistas consultados pela Dow Jones Newswires, que aguardavam queda de 0,3%.
Já os preços ao produtor da zona do euro caíram mais do que o esperado em janeiro, pressionados pela queda dos custos de energia, informou nesta terça-feira a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat. A Eurostat informou que os preços nos portões das fábricas dos 19 países que usam o euro caíram 0,9 por cento em janeiro sobre o mês anterior e 3,4 por cento na comparação anual. Economistas consultados pela Reuters esperavam queda mensal de 0,7 por cento e recuo anual de 3 por cento.
Do outro lado do mundo, a maioria das ações asiáticas fechou em queda nesta terça-feira, com as ações chinesas caindo mais de 2 por cento diante do enfraquecimento do entusiasmo de investidores com o corte nos juros e o índice japonês Nikkei fechando em queda após o iene recuperar força ante o dólar.
O índice Nikkei de Tóquio anulou ganhos do começo da sessão e fechou em queda de 0,06 por cento após o iene se recuperar de uma mínima de três semanas ante o dólar atingida na sessão. Investidores realizaram lucros de recentes avanços para máximas de 15 anos.
A bolsa chinesa em Xangai fechou com queda de mais de 2 por cento, uma vez que o entusiasmo de investidores acerca do corte nas taxas de juros no final de semana diminuía, com uma leva de novos IPOs provocando preocupações sobre liquidez mais apertada.