Caixa Econômica dá uma ajuda para Eike pagar sua dívida; banco esclarece

Segundo a coluna de Lauro Jardim, da Veja, o banco entrou sem necessidade no caso da dívida da OSX e deixará o empresário pagar em quarenta anos

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Finalmente uma notícia boa para o empresário Eike Batista. Depois de ter seus bens apreendidos, o ex-bilionário agora terá uma ajuda da Caixa Econômica Federal, que, segundo a coluna de Lauro Jardim, da Veja, aceitará que ele pague o R$ 1,1 bilhão que deve parcelado em quarenta anos.

De acordo com o colunista, o banco teria entrado sem necessidade no processo de recuperação judicial do estaleiro OSX. A Caixa, segundo a Lei de Falências, deveria estar blindada porque o pagamento do financiamento estava garantido pela alienação fiduciária de bens da OSX, suficiente para cobrir quase duas vezes o valor da dívida, explica Lauro Jardim. Ainda segundo o colunista, toda operação na Caixa foi tocada pelo diretor jurídico Jailton Zanon, indicado por Ricardo Berzoini.

No início de fevereiro, a Polícia Federal iniciou uma operação para apreender diversos bens do empresário, incluindo seis carros de luxo, iate, jet-skis e um piano de cauda. O objetivo é garantir o bloqueio de R$ 3 milhões determinado pela Justiça. Caso Eike seja condenado por crime contra o mercado financeiro, o dinheiro obtido a partir do leilão desses bens será usado para o pagamento de indenizações e multas do processo.

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A assessoria de imprensa da Caixa prestou esclarecimento sobre o assunto enviando a seguinte nota:

“A Caixa Econômica Federal informa que são inverídicas as informações da nota “um presente para Eike” publicada na coluna Radar, da Revista Veja. A Caixa não teve qualquer prejuízo com a recuperação judicial do grupo OSX, tanto em relação aos valores, taxas e prazos, quanto as garantias. As garantias estão mantidas com a fiança pessoal do acionista controlador, fiança bancária de bancos de primeira linha, alienação fiduciária de equipamentos e cessão fiduciária de direito de uso de superfície.

Na operação de capital de giro, à qual a nota se refere, a Caixa receberá 100% do valor do banco fiador, em até 2 anos, sem qualquer redução de taxa até o vencimento. O plano de recuperação judicial aprovado prevê ainda uma ordem de pagamentos no qual o crédito de longo prazo da CAIXA possui prioridade em relação aos demais credores. Assim, os demais credores somente recebem algum recurso se o plano estiver em dia com o crédito da Caixa. Portanto, todos os interesses da Caixa estão preservados, ao contrário do que afirmou o colunista”.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.