Futuro vira para queda com piora nas projeções do Focus; China no radar

Índice tem leves ganhos e acompanha humor internacional; Boletim Focus mostra alta nas projeções para inflação e Selic este ano

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro virou para queda nesta segunda-feira (2) após abrir com leve alta. Às 09h24 (horário de Brasília), o índice recuava 0,25%, aos 52.175 pontos. No radar dos investidores ficam as projeções do Boletim Focus, que apontou para inflação ainda maior, alta da Selic e piora no PIB. No exterior, as bolsas sobem após corte de juros anunciado na China e bateria de indicadores na Europa.

Por aqui, destaque para a nova pesquisa Focus do Banco Central, que mostrou alta nas projeções para inflação e para a Selic neste ano. A mediana dos analistas para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu pela nona semana consecutiva, de 7,33% para 7,47%, enquanto para o dólar a perspectiva subiu para R$ 2,91, ante R$ 2,80 há quatro semanas.

Neste cenário, a estimativa para a Selic, que ficou estacionada por algum tempo em 12,50%, há duas semanas subiu para 12,75% e, agora, para 13%. Atualmente a taxa básica de juros está em 12,25% ao ano. Lembrando que ocorre nesta quarta-feira (4) a decisão da nova reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que deve elevar novamente a Selic.

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Na China, destaque para o corte na taxa de juros. O país intensificou no sábado seu ritmo de afrouxamento e cortou os juros de empréstimo e depósito conforme a segunda maior economia do mundo tenta afastar a deflação. 

No domingo, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) mostrou que a atividade no setor industrial do país contraiu pelo segundo mês seguido em fevereiro. O PMI oficial subiu para 49,9 em fevereiro contra 49,8 em janeiro, pouco abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração, mas acima da projeção de analistas de leitura de 49,7.

Na zona do Euro a semana começou agitada, com a divulgação de diversos dados econômicos. O crescimento da indústria da zona do euro manteve-se estável em fevereiro, na máxima de seis meses atingida em janeiro, sustentada pelo euro mais fraco que impulsionou as encomendas para exportação e um ritmo mais rápido de contratações, mostrou nesta segunda-feira a Pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês). Mas o PMI ainda indica um ritmo apenas modesto de crescimento nas fábricas da região. 

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.