Ex-OGX pode devolver campo “salvador”; Bradespar propõe dividendos e mais 5 notícias

O valor pago aos acionistas da Bradespar é de US$ 140 milhões, que será pago em duas parcelas semestrais de R$ 70 milhões em maio e novembro

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Nesta sexta-feira (27), logo após o fechamento do mercado, duas companhias já haviam divulgado informações importantes aos seus acionistas por meio de comunicado enviado à CVM. Entre elas está a Bradespar, holding que detém participação na mineradora Vale, que enviou ao conselho de administração proposta de pagamento de remuneração mínima aos seus acionistas de US$ 140 milhões, ou R$ 399,8 milhões, de acordo com cotação do dólar desta sexta-feira, que fechou em R$ 2,856.

Veja abaixo os destaques da noite desta sexta:

Bradespar (BRAP4)
A holding que detém participação na Vale divulgou após o fechamento dos mercados nesta sexta-feira que os membros da diretoria da companhia resolveram enviar ao conselho de administração da empresa uma proposta de pagamento de remuneração mínima aos acionistas da Bradespar em 2015 no montante de US$ 140 milhões. O conselho deverá deliberar sobre a proposta em reunião nos dias 24 de abril e 30 de outubro. Caso aprovada, o pagamento será feito em duas parcelas semestrais de US$ 70 milhões cada, com pagamento nos dias 15 de maio e 13 de novembro, convertidas em real de acordo com as cotações do dólar um dia antes das reuniões do conselho. 

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Tecnisa (TCSA3)
Após ter sido questionada pela BM&FBovespa sobre notícia de que a empresa estaria avaliando seus ativos para compará-los com a precificação das ações para decidir se manteria seu capital aberto, publicada na Agência Estado, a Tecnisa informou logo após o fechamento da Bolsa, que “não há, no momento, qualquer avaliação por parte dos administradores ou do acionista controlador com relação ao cancelamento de registro de companhia aberta junto à Comissão de Valores Mobiliários”.

Totvs (TOTS3)
A companhia informou nesta sexta que seu conselho de administração aprovou hoje um programa de recompra de até 
1.600.000 ações ordinárias da companhia, correspondentes à 1,2% do total de ações da companhia em “free float” (circulação no mercado). De acordo com comunicado, a Totvs acrescenta que o programa tem prazo de até 365 dias, contados a partir do dia 2 de março, com final em 1 de março do ano que vem.

A companhia ainda informou que o objetivo do programa é maximizar a geração de valor aos acionistas, sendo que as ações poderão ser utilizadas para atender exercícios de opção de compra de ações no Plano de Incentivo baseado em Ações da Companhia, podendo ainda ser mantidas em tesouraria, canceladas ou alienadas posteriormente.

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Iochpe-Maxion (MYPK3
A companhia teve seus ratings rebaixados de “brA” para “brA-” pela agência de risco Moody’s, com perspectivas negativas. “O perfil de risco de negócios da Iochpe-Maxion tem enfraquecido em função da deterioração estimada na demanda doméstica, com baixas taxas de confiança da indústria e dos consumidores, elevação do custo de financiamento de veículos e inflação alta, o que pode impactar a eficiência operacional da empresa no médio prazo”, declarou a equipe de analistas da Moody’s em relatório.

Ainda de acordo com a agência, “a perspectiva negativa reflete nossa visão de que a eficiência operacional da Iochpe poderá ser pressionada por um cenário desafiador no mercado brasileiro, o que poderá resultar em menor utilização de capacidade e em rentabilidade mais fraca e volátil”.

JBS (JBSS3)
A JBS informou nesta sexta-feira que cancelou de pedido da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de sua subsidiária JBS Foods, tendo em vista a atual conjuntura do mercado. No início de fevereiro, a companhia de locação de veículos e equipamentos pesados Ouro Verde desistiu de sua oferta, também devido a condições econômicas desfavoráveis. Esta é a quarta vez que a filial da JBS, maior produtora de carnes do mundo, suspende esta emissão, que foi reaberta em outubro passado.

Ex-OGX (OGXP3)
A companhia petrolífera Óleo e Gás Participações afirmou que a forte queda nos preços do petróleo nos últimos meses obrigou a empresa a reavaliar a viabilidade econômica do campo de Tubarão Martelo – considerado no passado o campo que poderia “salvar” a companhia -, algo que pode culminar com a devolução do ativo à Agência Nacional do Petróleo (ANP). “Em virtude da queda vertiginosa do preço do petróleo (…) a companhia se viu impossibilitada de obter os financiamentos necessários para garantir o incremento da produção”, do campo de Tubarão Martelo, informou a Óleo e Gás em comunicado ao mercado.

Diante do quadro, a empresa contratou uma empresa especializada para elaborar uma previsão independente da produção do campo e, a partir desta estimativa, os conselhos das companhia envolvidas vão “avaliar se as medidas de redução de custos implementadas ou em negociação serão suficientes para manter a continuidade da operação do campo e decidirão por sua manutenção, pela desativação temporária das instalações de produção ou pela devolução para a ANP”.A autarquia deu prazo até o próximo dia 8 de março para a Óleo e Gás reapresente um plano de desenvolvimento do campo.

Triunfo (TPIS3)
Segundo a Bloomberg, citando fontes com conhecimento no assunto, a Triunfo contratou o BTG Pactual para vender suas fatias em participações de subsidiárias. A notícia surge após as ações da companhia registrarem dois dias de fortes quedas, acumulando 15% de desvalorização, sendo 8% apenas nesta sexta, atingindo os R$ 3,95, seu menor patamar desde maio de 2010.

(Com Reuters)

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.