Ibovespa Futuro vira para queda e dólar comercial sobe a R$ 2,91

Do lado internacional, petróleo sobe e bolsas mundiais operam com cautela; resultados de empresas ficam no radar   abre estável em dia de PIB dos EUA e reunião da Petrobras

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro virou para queda com meia hora de negociação e aponta para um dia volátil. Lá fora, a tendência de cautela das bolsas internacionais é de cautela, à espera da divulgação da segunda prévia do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos no quarto trimestre. Por aqui, fica nos holofotes a reunião do Conselho de Administração da Petrobras, no qual espera-se que sejam discutidas as baixas contábeis relacionadas a denúncias de corrupção. 

Às 9h44 (horário de Brasília), o contrato futuro do Ibovespa para abril operava em queda de 0,64%, a 52.315 pontos. Já o dólar comercial tem alta de 0,89%, a R$ 2,9110 na venda. 

Segue nos destaques a Petrobras, e a reunião do seu conselho de administração. Os membros do colegiado podem discutir baixas contábeis relacionadas às denúncias de corrupção apresentadas na Operação Lava Jato que impedem que a companhia divulgue o balanço auditado, segundo o que fonte a par do assunto disse à Bloomberg. Ontem, a companhia reforçou que só falará sobre a renovação do contrato com a auditoria independente PwC para 2015 e 2016. Os ADRs (American Depositary Receipts) da petroleira negociados no pré-market da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) subiam 0,16%, a US$ 6,30.

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No cenário político, a presidente Dilma Rousseff (PT) vai se reunir com cúpula do PMDB em 2 de março de acordo com informação da Folha de S. Paulo. 

Já no noticiário corporativo, uma peso-pesado da Bolsa, a BRF (BRFS3) divulgou resultado ontem, reportando um aumento do lucro em 335% no quarto trimestre de 2014 em relação ao mesmo período do ano anterior, saltando de R$ 228 milhões para R$ 991 milhões. No anualizado, o lucro da empresa mais que dobrou, passando de R$ 1,02 bilhão em 2013 para R$ 2,14 bilhões no ano passado (uma alta de 110%).

Cenário externo
As bolsas mundiais têm um dia de cautela nesta sexta. Mesmo após discursos mais “dovish” (moderados) da presidente do Federal Reserve – o banco central norte-americano -, Janet Yellen no Congresso dos Estados Unidos, as especulações para um aumento dos juros na maior economia do mundo se renovaram. O mercado ficará de olho na segunda prévia do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA que será divulgada às 10h30.

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Ontem, o núcleo do CPI (Índice de Preços ao Consumidor) nos EUA foi divulgado e mostrou alta de 0,2% em janeiro, lembrando que um dos principais motivos para a espera do Fed antes de subir juros é o risco de deflação. 

Na Alemanha, o Parlamento aprovou a extensão do resgate da Grécia, após o ministro das Finanças, Wolfgang Schaeuble, que tem expressado dúvidas sobre a confiabilidade da Grécia, ter dito que não será permitido a Atenas que “chantageie” seus parceiros da zona do euro.

Com 542 parlamentares votando a favor, incluindo quase todos da coalizão da chanceler Angela Merkel mais o Partido Verde, de oposição, a proposta obteve a maioria mais ampla para qualquer pacote de resgate da zona do euro até agora na câmara de 631 assentos.

Ásia
Do outro lado do mundo, a maioria das bolsas asiáticas fechou em queda após uma queda abrupta nos preços do petróleo na sessão anterior ter minado o apetite por risco. No entanto, depois de cair forte ontem, o petróleo volta a subir nesta sexta, o barril do WTI (West Texas Intermediate) tendo alta de 1,72%, a US$ 49. 

Contudo, no Japão, dados sólidos sobre a atividade industrial e um iene fraco levaram o índice Nikkei a subir 0,06%, a 18.797 pontos, nível mais alto de fechamento desde abril de 2000. “Os estímulos parecem estar animando alguns dos principais mercados do mundo, incluindo o Japão e a zona do euro. Os dados europeus recentes também têm mostrado alguns sinais positivos e isso realmente animou os investidores a impulsionar o avanço das ações”, disse o estrategista de mercado do IG Stan Shamu, em nota. 

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.

(Com Reuters)