Veja o que os CEOs da Vale, Ambev e BTG falaram após os resultados

Os CEOs de Vale, Ambev e BTG Pactual falaram em teleconferência hoje sobre os resultados do quarto trimestre de 2014 e do acumulado do ano

Marina Neves

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SÃO PAULO – Nesta quinta-feira (26), três grandes companhias da Bolsa divulgaram seus resultados. Para comentar os números, os CEOs (Chief Executive Officer) da Vale, Ambev e BTG Pactual falaram, em teleconferências, com acionistas, analistas de mercado e imprensa sobre os números do quarto trimestre de 2014 e acumulado do ano, comentando ainda suas projeções para este ano que promete ser dfícil dado as expectativas de desaceleração da economia. 

Veja abaixo o que os presidentes da Vale, Ambev e do BTG Pactual falaram nesta 5ª:

Vale (VALE3; VALE5)
Em teleconferência com analistas nesta quinta, Murilo Ferreira, CEO da Vale, informou que mesmo sendo “muito desafiador” neste cenário, a companhia irá avançar em seu plano de IPO (Inicial Public Offering) da divisão de metais básicos, na medida que os preços do níquel e do cobre se recuperem. Comentando os resultados da companhia para o quarto trimestre de 2014 e para o acumulado do ano, o presidente ainda comentou que projeta um reequilíbrio do mercado de minério de ferro depois do excesso de oferta, sendo que mesmo com o ano difícil que a blue chip passou com a queda nos preços das commodities, Ferreira acredita que a Vale soube se adaptar bem ao cenário negativo.

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No acumulado do ano de 2014, o minério de ferro despencou 47% com a desaceleração da economia chinesa, principal compradora dos produtos da Vale, o que acarretou em um impacto negativo para a companhia, como explicou o CEO. Diante desse ambiente, Ferreira reforçou que a companhia deverá acentuar iniciativas de redução de custos em 2015, ao mesmo tempo em que vai acelerar programas de desinvestimentos e de parcerias neste ano. 

Ambev (ABEV3)
Já o vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Ambev, Nelson Jamel, disse que prevê para 2015 crescimento de gastos abaixo da inflação e investimento igual ou inferior ao nível de 2014. Jamal ainda garantiu aos acionistas grande distribuição de dividendos. A deterioração do cenário macroeconômico brasileiro em 2014 não teve efeito negativo nas vendas da companhia, de acordo com Jamel, no entanto, a crise hídrica no sudeste do País poderá mudar as projeções de produção da companhia, ou reorganizar a produção nas fábricas, mesmo com a Ambev assegurando a oferta de água e energia ao longo do ano.

O executivo ainda ressaltou que a companhia vai se voltar em 2015 ao fortalecimento do seu crescimento orgânico e à melhora dos resultados financeiros. Já o presidente da Ambev, Bernardo Pinto Paiva, relembrou a época da Copa do Mundo e disse que, em um ano sem o evento, a expectativa é de crescimento menor em vendas, na faixa de “um dígito alto”. A demografia do País foi outro assunto que o presidente abordou, declarando que o alto número de crianças e adolescentes entram nas estatísticas como possíveis futuros consumidores das bebidas frias produzidas pela Ambev.

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Ainda na teleconferência, os executivos disseram que a Ambev vai centrar seu foco na ampliação das vendas de cervejas de mais alto valor agregado, como Stella Artois e Budweiser. Além disso, a companhia vai buscar oportunidades de desenvolver inovações e ampliar o consumo de cerveja em diferentes ocasiões. Paiva citou como exemplo do trabalho de inovação a parceria anunciada recentemente com a cervejaria artesanal Wäls.

BTG Pactual (BBTG11)
O presidente da companhia, André Esteves, declarou nesta quinta que o banco ficou bastante satisfeito com os resultados apresentados no quarto trimestre e no acumulado do ano, dizendo ainda que os custos ficaram sob controle no período e que permanecem confiantes em entregar um ROE (Return on Equity ou retorno sobre patrimônio, em português) em torno de 20% ou maior, mesmo se a Sete Brasil “virar pó”. A Sete Brasil tem o BTG Pactual como maior acionista individual da companhia e se vê com dinheiro apenas para pagar despesas gerais e administrativas, após investigações da Lava Jato.

De acordo com o presidente, eles estão “chocados” com as declarações sobre a Sete Brasil, e que não possuem exposição em crédito na companhia e que o BTG tem investimento proprietário de R$ 1 bilhão na companhia “encrencada”. No entanto, Esteves diz que ainda tem esperança de resolver o problema da companhia, que é responsável pela construção de 28 sondas de perfuração para a Petrobras (PETR3; PETR4), e que estão preparados para o pior dos casos para a empresa.

O executivo ainda falou aos acionistas que o banco possui investimento considerável em debêntures conversíveis da rede D’Or e que a exposição que o BTG Pactual possui na estatal Petrobras é muito baixa, declarando ainda que eles não pretendem aumentar esta exposição.