CSN dispara 11%, Vale salta 7% e Petrobras avança; veja outros destaques

Confira os principais destaques da Bolsa nesta segunda-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – Após operar no vermelho durante a manhã, a Bolsa virou para alta nesta tarde, com o Ibovespa registrando alta de 1,16%, a 49.358 pontos por volta das 14h46 (horário de Brasília). Entre os destaques estão os papéis da Petrobras, que após caírem até 4%, também viraram para alta nesta tarde – o que ajudou a puxar o índice. O investidor ainda fica de olho nas ações das siderúrgicas, que disparam nesta sessão em meio à expectativa de novos estímulos para economia chinesa. Veja os destaques desta segunda-feira:

Vale e siderúrgicas
As ações da Vale e siderúrgicas figuram entre os maiores ganhos do Ibovespa nesta segunda-feira, ainda que o minério de ferro tenha começado a semana em leve baixa. Na ponta positiva do índice, aparecem as ações da Usiminas (USIM5, R$ 3,89, +9,89%), CSN (CSNA3, R$ 5,10, +11,35%), Gerdau (GGBR4, R$ 10,49, +7,37%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 11,14, +6,10%), além dos papéis da Vale (VALE3, R$ 21,86, +7,05%; VALE5, R$ 18,79, +5,50%) e Bradespar (BRAP4, R$ 13,09, +5,99%), holding que detém participação na mineradora.

Dados fracos das exportações e importações da China em janeiro refletem no mercado. Mas a notícia que poderia soar negativa, abre espaço para novas medidas de estímulo por lá, segundo a Guide Investimentos. Na semana passada, o Banco do Povo da China anunciou corte de 0,5 ponto percentual no compulsório – o primeiro corte em quase três anos. Com isso, a taxa para os grandes bancos passou a ser de 19,5%. 

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Petrobras (PETR3, R$ 9,30, +2,99%; PETR4, R$ 9,33, +2,30%)
Após chegar a cair 4%, as ações da Petrobras viraram para alta em meio à valorização do petróleo, que opera com alta de 3,71%, a US$ 53,61 o barril no caso do WTI, negociado nos EUA, e de 1,57%, a US$ 58,71 no caso do Brent, negociado no Reino Unido. A alta vem após forte derrocada dos papéis com o anúncio da mudança em sua diretoria, com a substituição da presidente Maria das Graças Foster por Aldemir Bendine, então presidente do Banco do Brasil. Em meio às incertezas sobre o cenário da companhia, o Credit Suisse cortou hoje a recomendação da estatal de neutra para underperform (desempenho abaixo da média), com preço-alvo dos ADRs (American Depositary Receipts) passando de US$ 7,30 para US$ 5,00. Em uma adaptação para o mercado brasileiro, a revisão corresponderia a um corte no preço-alvo dos papéis ordinárias da empresa de R$ 10,00 para R$ 6,50.   

Hoje, Mark Mobius, presidente executivo da Templeton para mercados emergentes falou em evento que a petrolífera deveria vender os ativos que possui, inclusive Campos, além de declarar que Aldemir Bendine deve aumentar a transparência na companhia, mas que o mercado tem que dar tempo a Bendine para vermos o que ele fará.

Abril Educação (ABRE3, R$ 11,84, +16,88%)
Relativamente blindadas pelas novas regras do Fies (programa de financiamento estudantil) no início do ano, as 
ações da Abril Educação acordaram hoje com mais uma boa surpresa no radar. A Thunnus Participações, sociedade detida por fundos de investimentos geridos pela Tarpon Investimentos, adquiriu o controle da Abril Educação, com preço fixado de R$ 12,33 por ação ordinária.

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Com o preço fixado bem acima da cotação de fechamento do papel na sexta-feira (R$ 10,13), o esperado era que a ação atingisse o patamar dos R$ 12,33. Isso não acontece, no entanto, porque os minoritários terão direito à extensão da oferta nas mesmas condições (preço) ofertados pela Thunnus, o famoso “tag along”, pois configurou-se troca no controle e ala será obrigada a fazer uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) para o restante das ações, explica a casa de research Empiricus.

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 22,05, +0,68%)
As ações do Banco do Brasil dão uma trégua nesta sessão após baixa de quase 4% na última sexta-feira, quando foi anunciada a saída de Aldemir Bendine da presidência do banco. Segundo a XP Investimentos, a confirmação de Bendine na Petrobras é um fator de preocupação sobre o banco, que é o principal credor da petroleira e de empresas relacionadas a ela, e pode ser uma outra empresa de forte interferência do governo.  

ALL (ALLL3, R$ 4,53, -1,52%) e Cosan Logística (RLOG3, R$ 2,74, -0,72%)
O Cade (Conselho de Administração de Defesa Econômica) incluiu na pauta da próxima sessão extraordinária de julgamento, marcada para dia 11, o ato de concentração entre Rumo Logística, controlada da Cosan (CSAN3), e ALL, quando o relator deve apresentar seu parecer. A decisão do Cade é amplamente aguardada pelo mercado, que tem expectativa de que a autarquia dê parecer favorável, ainda que com a possibilidade de alguma restrição. Na semana passada, os papéis da ALL dispararam 19,5%, enquanto as ações da Cosan Logística subiram 26%.  

Banco ABC Brasil (ABCB4, R$ 11,90, 0,00%)
O Banco ABC Brasil teve sua recomendação eleva para outperform (desempenho acima da média) pelo BB Investimentos.  

Hypermarcas (HYPE3, R$ 17,51, -0,51%)
A companhia de medicamentos e produtos de consumo Hypermarcas teve alta de mais de 30% em seu lucro líquido no quarto trimestre na comparação com o mesmo período de 2013, impulsionado pela redução das despesas financeiras líquidas. O lucro líquido foi de R$ 71,5 milhões de outubro a dezembro, avanço de 30,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A média dos analistas ouvidos pela Reuters antecipava alta de 65,8% do lucro líquido. 

Eletrobras (ELET3, R$ 5,14, -0,19%ELET6, R$ 6,14, 0,00%)
Depois da PwC ter se recusado a assinar o balanço da Petrobras, a KPMG está exigindo que a Eletrobras e outras estatais de energia provisionem em seus balanços a conta da corrupção, informou hoje a coluna Radar, da Veja. 

Braskem (BRKM5, R$ 12,65, -1,86%)
A Braskem (BRKM5) afirmou que pode interromper produção em meio à indefinição sobre fornecimento de nafta pela Petrobras, segundo reportagem do Estadão. Hoje, a petroquímica é a única compradora de nafta do Brasil e a maior fornecedora da indústria química. De acordo com a empresa, que tem como sócios o grupo Odebrecht (38%) e a própria Petrobras (36%), se a situação chegar ao limite, três polos petroquímicos brasileiros podem ter de interromper a produção. 

Qualicorp (QUAL3, R$ 21,96, -5,83%)
As ações da Qualicorp desabam 19,3% em quatro pregões. Os papéis caem desde a semana passada, quando foram derrubados por notícias de que haverá mudanças de regras nos planos de saúde individuais, para ampliar a concorrência. A companhia até tentou reverter o cenário pessimista na quinta-feira, afirmando que houve um equívoco na interpretação da matéria, dizendo que não haverá alterações na regra de reajuste dos planos individuais, mas o mercado seguiu vendendo os papéis. 

Localiza (RENT3, R$ 35,07, -0,65%)
A locadora de veículos Localiza lucrou R$ 102,2 milhões no quarto trimestre do ano passado, crescimento de 13,6% na comparação com o mesmo período de 2013. No fechado do ano, o lucro foi de R$ 410,6 milhões, com melhora de 6,8%.