ONS espera chuvas na metade da média sobre hidrelétricas do Sudeste em fevereiro

As informações são de relatório de previsão de vazões e cenários de geração de energia do ONS, que traz estimativas iniciais preliminares do operador para fevereiro

Reuters

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SÃO PAULO – As chuvas que devem chegar aos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste do país para geração de energia em fevereiro, importante mês do período úmido, serão de cerca de 52 por cento da média histórica, segundo estimativas iniciais do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Já a região Nordeste deverá ter chuvas equivalentes a 18 por cento da média histórica e o Norte a 76 por cento. Apenas o Sul deverá continuar tendo afluências acima da média, a 126 por cento em fevereiro.

As informações são de relatório de previsão de vazões e cenários de geração de energia do ONS, que traz estimativas iniciais preliminares do operador para fevereiro. Ainda nesta sexta-feira, o ONS deverá divulgar outras informações sobre previsões de chuvas para o próximo mês.

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A previsão divulgada para o Sudeste está em linha com a estimativa da empresa de meteorologia Climatempo divulgada à Reuters no final de janeiro, de que as chuvas para o Sudeste em fevereiro seriam de “no máximo” 60 por cento da média.

As estimativas de chuva são atualizadas semanalmente pelo ONS, já que as previsões de tempo podem mudar bastante devido às rápidas alterações das condições meteorológicas. Mas até agora, neste período úmido, as previsões iniciais têm se mostrado muito mais otimistas que o verificado.

As chuvas deverão vir com mais intensidade na primeira quinzena de fevereiro, segundo o gerente de regulação da Safira Energia, Fábio Cuberos. Mas ele explicou que os dados de afluências são ruins porque o solo ainda está muito seco.

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“Mesmo havendo a previsão de uma chuva interessante para a próxima semana, a mesma não deve se refletir na Energia Natural Afluente (ENA) imediatamente pois há a necessidade de anteriormente molhar o solo para que as chuvas posteriores tenham efeito mais imediato (sobre o nível das represas)”, disse ele.

As chuvas verificadas no país em janeiro, com exceção das que ocorreram na região Sul, ficaram bem abaixo da média histórica e das estimativas iniciais e as preocupações em relação ao suprimento de água e energia aumentaram ao longo do mês.

A estação úmida vai até abril, quando as represas precisam estar recuperadas o bastante para garantir o abastecimento até o próximo período úmido, que costuma começar entre outubro e novembro.

As ações de empresas de energia sofriam perdas nesta sexta-feira, com o índice do setor recuando 3,2 por cento, mais que o recuo de 2,3 por cento do Ibovespa às 11h11.