Ibovespa Futuro cai quase 2% depois de balanço sem baixas da Petrobras; FOMC no radar

Após frustradas as expectativas de que a petroleira divulgasse seus resultados, índice futuro cai; lá fora, as bolsas mundiais caem, operando cautelosamente antes da reunião do FOMC, enquanto ADRs da Petrobras caem 6% na NYSE

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em baixa nesta quarta-feira (28) depois da divulgação do balanço não auditado da Petrobras, que não registrou baixa contábil, ao contrário do que esperava o mercado. Lá fora, fica a espera pelo resultado da reunião do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto) nos Estados Unidos. Às 9h05 (horário de Brasília), o contrato futuro do índice para fevereiro caía 1,63%, a 48.105 pontos. 

Aqui, o principal driver é a divulgação do resultado do terceiro trimestre de 2014 da Petrobras, ainda não aprovado por uma auditoria. As expectativas do mercado eram de que o balanço registraria baixas contábeis relacionadas aos desvios de dinheiro dos cofres da empresa para o pagamento de propinas a empresários e políticas, como foi descoberto pela Operação Lava Jato da Polícia Federal. Contudo, essas previsões foram frustradas e a estatal mostrou apenas um lucro líquido de R$ 3,087 bilhões no terceiro trimestre de 2014, ante R$ 3,395 bilhões no mesmo período de 2013. Uma queda forte mesmo sem contabilizar a corrupção. 

Os ADRs (American Depositary Receipts) da petroleira negociados no pré-market da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) caíam 6,04%, a US$ 7,00. Segundo fonte ouvida pelo Valor Econômico, o fato de não fazer uma baixa contábil nesse momento, como era esperado, não significa que isso não será feito no futuro. “Haverá dentro de alguns meses alguns números confiáveis para serem publicados”, explicou a fonte.

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Cenário externo
Lá fora, fica a espera pela reunião do FOMC, com as taxas de juros básicas da economia norte-americana. Os EUA devem esperar mais antes de aumentar os juros, principalmente depois que os dados de pedidos de bens duráveis ontem veio bem mais fraco do que as projeções indicavam (queda de 3,4% ante uma estimativa de avanço de 0,3%).  

Seria razoável a China reduzir a meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 para cerca de 7%, de 7,5% no ano passado, afirmou nesta quarta-feira um assessor graduado do governo chinês. A meta oficial de Pequim para o PIB será anunciada na abertura do Congresso Nacional do Povo, no início de março.

Na Grécia, o primeiro-ministro recém-eleito da Grécia, Alexis Tsipras, afirmou nesta quarta-feira que o governo está pronto para negociar com seus credores sem que haja embates. Antes da sua primeira reunião de gabinete, o novo líder também anunciou planos para um programa econômico de ajuste fiscal em quatro anos, sem medidas de austeridade e nem superávits primários inalcançáveis.

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O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.

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