Bolsas mundiais têm dia de cautela à espera de próximos passos da Grécia

Partido grego Syriza prometeu voltar atrás com as medidas de austeridade depois de garantir a vitória em eleição parlamentar

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As bolsas asiáticas fecharam sem direção comum nesta segunda-feira depois que o partido grego Syriza prometeu voltar atrás com as medidas de austeridade depois de garantir a vitória em eleição parlamentar, colocando Atenas em rota de colisão com credores internacionais.

Em meio às crescente preocupações de que os resultados da eleição grega poderia levar a renovadas instabilidades na Europa, o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão recuava 0,11 por cento às 7h33 (horário de Brasília). O índice japonês Nikkei fechou com queda de 0,25 por cento.

Enquanto isso, o dia é de instabilidade na Europa: apesar de destacar o fim da austeridade no país, o líder do partido, Alexis Tsipras afirmou que não irá romper com os credores, mas apresentará um novo plano. Renegociar com outros governos da zona do euro pode até mesmo levantar o risco de a Grécia eventualmente deixar a união monetária, embora a maioria dos players do mercado espere que Tsipras se comprometa a evitar a saída grega.

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Mas não foi só a eleição na Grécia que chamou a atenção no último final de semana: de acordo com o noticiário internacional, os presidentes do Banco Central da Holanda e da Alemanha afirmaram não apoiar o novo programa de compra de títulos do BCE (Banco Central Europeu). 

O presidente do Banco Central da Holanda, Klaas Knot, disse em entrevista à televisão holandesa que ele não estava convencido da “necessidade e eficácia” do programa.

Já o presidente do banco central da Alemanha (Bundesbank), Jens Weidmann, não votou a favor do programa de compra de ativos anunciado na semana passada pelo Banco Central Europeu (BCE), de acordo com entrevista publicada pelo jornal alemão Welt am Sonntag. Weidmann afirma não ver necessidade do programa. ” A inflação está muito baixa no momento, mas isso se deve ao baixo preço do petróleo. Portanto, há muitas razões para presumir que a baixa inflação é um fenômeno temporário”, afirmou, de acordo com entrevista publicada pelo jornal alemão Welt am Sonntag.

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(Com Reuters e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.