Nem “Papai Noel” mais magro em 10 anos tira “boa visão” para ações do varejo em 2015

Preocupações com o cenário econômico brasileiro prejudicaram a confiança do consumidor, que reduziu seus presentes de Natal neste ano

Marina Neves

Girl Holding Christmas Gift

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SÃO PAULO – O Natal e o Ano Novo já passaram, a champagne já foi estourada e o brasileiro já comemorou as festividades natalinas – com menos presentes neste ano, é verdade. O setor de varejo ainda sente o gosto ácido que as más vendas de Natal trouxeram no final de 2014, sendo este o “Papai Noel” mais magro do setor em 10 anos. No entanto, uma análise mais criteriosa pode mostrar que isso não foi necessariamente uma má notícia para algumas empresas listadas na Bolsa.

O relatório do Deutsche Bank, assinado por Marcel Moraes, aponta que as vendas das varejistas entre 18 e 24 de dezembro caíram 1,7% na comparação com o mesmo período de 2013. a preocupação crescente com a deterioração da economia neste ano, aliada à alta inflação, o que prejudicou o poder de compra dos brasileiros. No entanto, eles ressaltam que a Black Friday tem cativado os consumidores por aqui, ganhando cada vez mais notoriedade, o que faz com que as pessoas comprem seus presentes de Natal em um período maior, dessazonalizando o que costumava ocorrer em apenas uma semana.

A tabela abaixo deixa bem claro qual foi o saldo das 8 varejistas listadas na Bolsa brasileira que fazem parte da cobertura do banco alemão – Lojas Renner (LREN3), Arezzo (ARZZ3), B2W (BTOW3), Lojas Americanas (LAME4), Magazine Luiza (MGLU3), Marisa (AMAR3), Hering (HGTX3) e Natura (NATU3). As quatro linhas do quadro trazem, respectivamente: a estimativa de crescimento para o 4º trimestre de 2014 no quesito de “vendas mesmas lojas” (que considera a venda apenas das lojas que já estavam abertas no período de comparação anterior, desconsiderando as novas unidades abertas no intervalo); a avaliação para as vendas de dezembro (ilustrada com um simpático rostinho de boneco); o período de apuração; e o máximo de desconto dado, que deve ser visto pelos investidores como parte de uma estratégia de marketing da companhia, sem refletir em suas condições comerciais, ressalta o Deutsche.

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Fonte: Deutsche Bank

Confira as recomendações e preços-alvo do Deutsche Bank para cada uma das 8 empresas:

Companhias Preço-alvo
Lojas Marisa (AMAR3) R$ 14,50
Arezzo (ARZZ3) R$ 29,00
B2W (BTOW3) R$ 26,50
Cia. Herging (HGTX3) R$ 33,50
Hypermarcas (HYPE3) R$ 22,00
Lojas Americanas (LAME4) R$ 19,40
Lojas Renner (LREN3) R$ 74,00
Magazine Luiza (MGLU3) R$ 13,00
Natura (NATU3) R$ 41,00