Produção e Conselho agitam Petrobras; Embraer assina acordo com empresa de Buffett

Estatal é mais uma vez o destaque, após afirmar que não foi informada pela União da intenção de alterar a composição do Conselho; Dilma citada em ação contra a estatal e produção em queda movimentam companhia

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A última semana do ano começa movimentada no noticiário corporativo com destaque, mais uma vez, para a Petrobras (PETR3;PETR4). A companhia divulgou nota na noite da última sexta-feira, 26, na qual afirma que não foi informada pelo seu acionista controlador, a União, da intenção de alteração na composição do seu conselho de administração nem na Diretoria Executiva da companhia.

Também no comunicado, a estatal ressalta que o conselho de administração é composto por dez membros, sendo sete indicados pelo acionista controlador. Os conselheiros são eleitos na assembleia geral ordinária da companhia, a se realizar nos primeiros quatro meses seguintes ao término do exercício social. Já a diretoria executiva da Petrobras é composta de um presidente, escolhido dentre os membros do conselho de administração e sete diretores, eleitos pelo conselho de administração, “podendo ser destituídos a qualquer tempo”.

Possíveis mudanças na Petrobras são cogitadas pelo mercado, diante das denúncias de corrupção na estatal investigadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

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Na última segunda-feira, em café da manhã com jornalistas, a presidente Dilma Rousseff disse que não pretende mudar a diretoria da empresa, e sim o conselho de administração da estatal.

Ainda sobre a companhia, a Petrobras informou na última sexta-feira que sua produção de petróleo no Brasil em novembro atingiu 2,111 milhões de barris/dia em média, pouco abaixo do recorde de 2,126 milhões de barris/dia, registrado em outubro.

A produção total de petróleo e gás da Petrobras no Brasil registrou 2,556 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), contra 2,579 milhões do mês anterior, disse a estatal em comunicado.

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A empresa afirmou que, conforme planejado, foram executadas paradas para manutenção de algumas plataformas em novembro, como da P-43, da PMXL-1 e dos FPSOs Cidade de Angra dos Reis e Cidade de Paraty, mas que as unidades já voltaram a produzir.

“Além das paradas, a necessidade de ajuste de parâmetros da planta de processo, bem como interrupções para permitir a entrada de novos subsistemas nas plantas das plataformas P-55, P-58 e P62, levaram à redução pontual de 0,7 por cento na produção observada entre outubro e novembro”, disse a Petrobras na nota.

“Com tais ajustes, a tendência de crescimento da produção deverá ser retomada em dezembro”, acrescentou. A produção total de petróleo operada pela Petrobras no Brasil, que inclui a parcela operada pela companhia para seus parceiros, foi de 2,255 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) em novembro, tendo alcançado em 30 de novembro o recorde histórico de produção diária de 2,384 milhões de barris.

Na camada pré-sal, a produção de petróleo em novembro “atingiu sucessivos recordes diários, destacando-se o último realizado no dia 28 de novembro, de 673 mil bpd”, segundo a empresa.

Ainda sobre a companhia, destaque para a notícia de que a presidente Dilma Rousseff e outras autoridades públicas foram citadas em ação contra a Petrobras de escritório dos EUA.

Constam da lista o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o empresário Jorge Gerdau, do grupo Gerdau, e o executivo Fábio Barbosa, presidente do Grupo Abril, todos ex-integrantes do conselho de administração da estatal.

Embraer
A unidade de aviação executiva da Embraer (EMBR3) e a NetJets, empresa norte-americana do grupo Berkshire Hathaway, do bilionário Warren Buffett, assinaram acordo para a conversão de 10 opções de compra do Phenom 300 em pedidos firmes, informou a companhia brasileira nesta segunda-feira.

Considerando preços atuais de lista, este acréscimo ao contrato tem valor de US$ 89,55 milhões, que será incluído na carteira de pedidos firmes do quarto trimestre de 2014.

Dasa 
A Dasa (DASA3) informou que acertou a venda da Pro-Echo Cardiodata Serviços Médicos e Lafê Serviços Diagnósticos para a Newscan Serviços Médicos por R$ 66 milhões.

Em fato relevante, enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), informa que a decisão segue orientação do Termo de Compromisso e Desempenho, entre a DASA e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). A conclusão das operações objeto do Contrato de Compra e Venda está sujeita à obtenção de aprovação do órgão regulador.

Cosan
A Raízen, do grupo Cosan (CSAN3), investirá US$ 1 bilhão para expandir produção de etanol, segundo o Financial Times. 

A empresa, maior produtora de etanol do Brasil, vai investir cerca de R$ 2,5 bilhões (US$ 930 mil) em oito plantas até 2024, em um esforço para aumentar sua produção de biocombustíveis em até 50%.

Minerva
De acordo com comunicado divulgado no site da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), dois executivos da Minerva (BEEF3) fecharam acordo de R$ 600 mil para extinguir processo na autarquia. 

O presidente, Fernando Galleti de Queiroz, e o diretor financeiro, Edison Ticle, apresentaram proposta de pagamento à CVM no valor individual de R$ 300 mil. 
Os executivos foram investigados por manterem ações em tesouraria além do limite autorizado pelo conselho de administração e negociarem ações 15 dias antes da divulgação de informações trimestrais e anuais.

Oi
O noticiário também é movimentado para a Oi (OIBR4). A Glass Lewis recomenda voto favorável à venda da PT Portugal. A companhia convocou assembleia de debenturistas para 26 de janeiro para votar a venda da PT Portugal e suspensão temporária de
covenants.

Raia Drogasil
De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, a Raia Drogasil (RADL3) pretende investir até R$ 190 milhões em 2015 e pretende abrir 130 lojas. 

 Em entrevista com o presidente da companhia, Marcílio Pousada, a expectativa é de crescimento para o setor de varejo farmacêutico, por conta do envelhecimento da população.  

(Com Reuters e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.