Ibovespa abre em alta com FOMC e repique das commodities; dólar cai a R$ 2,68

Índice continua movimento de ontem e sobe novamente com boas notícias no cenário internacional e falta de novidades aqui

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa abriu em alta nesta quinta-feira (18) com otimismo após reunião do FOMC (Federal Open Market Comittee) indicar que o Fed deve esperar mais um pouco antes de elevar os juros nos Estados Unidos. Além disso, a alta nas commodities pela amanhã trazia para cima as principais bolsas europeias puxadas por ações ligadas ao setor. Às 10h39 (horário de Brasília), o índice subia 1,28%, a 49.339 pontos.

Ontem, a reunião do FOMC, seguida pela fala da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, mostrou que apesar do Fed ver uma consistente melhora na economia norte-americana, preocupações com a inflação devem manter a autoridade monetária cautelosa para reduzir os estímulos ao crescimento. Assim, um aperto monetário na maior economia do mundo, que poderia levar a uma fuga de capitais principalmente nos mercados emergentes se torna um cenário mais distante. 

Por conta disso, o dólar caía novamente seguindo o movimento de ontem, depois de chegar a bater R$ 2,74 na terça-feira. O câmbio comercial à vista caía 0,88%, a R$ 2,6780 e o dólar futuro para 2015 despencava 1,45%, a R$ 2,684. 

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Já o DI, amenizava mais um pouco a alta que teve após o aumento dos juros na Rússia de 10,5% para 17%. No dia, o juro futuro para janeiro de 2016 tinha dado um salto de até 80 pontos-base na máxima com previsão do mercado de que a atitude dos russos abriria espaço para uma “guerra dos juros” entre os países emergentes. 

Copom e emprego
Segundo a Folha de S. Paulo, a equipe do Banco Central renegou a expressão “com parcimônia” que usou no comunicado e na ata da última reunião que elevou em 50 pontos-base a taxa Selic para 11,75% ao ano. A matéria do jornal diz que: “Em conversas reservadas, a equipe do presidente do BC, Alexandre Tombini, evita antecipar qual será sua decisão no início de 2015, mas enfatiza que “será feito tudo o que for necessário” para levar a inflação para o centro da meta no final de 2016, de 4,5%, evitando que ela supere o teto, de 6,5%, no próximo ano”.

Entre os drivers do dia aqui no Brasil ainda fica a expectativa para a divulgação dos dados de emprego do Caged, que deve apresentar criação de vagas negativa em 32 mil postos em novembro segundo estimativas da pesquisa Bloomberg. 

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Destaques
As ações preferenciais da Petrobras (PETR3, R$ 9,58, +5,97%; PETR4, R$ 10,19, +5,49%) abriram em alta de mais de 2%. Apesar disso, continua a crise na estatal, que vive uma “tempestade perfeita” apesar dos últimos alívios nos preços das suas ações. Entre escândalos de corrupção, endividamento alto e preços do petróleo nos menores níveis desde 2009, tornando mais difícil a viabilização da exploração do pré-sal, a empresa vê seu valor de mercado desabar. Ontem, o Itaú BBA reduziu o preço justo dos papéis preferenciais da empresa para 2015 de R$ 23,70, a R$ 16,50. 

Ainda no noticiário da petroleira permanecem as especulações acerca da possível troca da presidente Graça Foster no comando da companhia. O nome do presidente da Vale (VALE3, R$ 19,98, +1,37%; VALE5, R$ 17,31, +2,06%) já foi ventilado para o cargo.

As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

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Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 PETR3 PETROBRAS ON 9,56 +5,75 -38,08 20,10M
 PETR4 PETROBRAS PN 10,19 +5,49 -36,51 95,70M
 BBAS3 BRASIL ON EJ 24,10 +3,97 +4,00 17,79M
 GGBR4 GERDAU PN 9,28 +3,11 -48,45 6,45M
 CSNA3 SID NACIONAL ON 5,67 +2,72 -60,57 6,89M

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 FIBR3 FIBRIA ON 30,45 -1,96 +10,13 574,67K
 SANB11 SANTANDER BR UNT 12,97 -1,52 +7,68 402,95K
 SUZB5 SUZANO PAPEL PNA 10,90 -1,36 +19,88 2,18M
 SBSP3 SABESP ON 16,41 -0,85 -35,62 624,57K
 KLBN11 KLABIN S/A UNT N2 13,44 -0,74 n/d 359,48K
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)

Desacelera
Do outro lado do mundo, a China deu mais um indício de que sua economia está desacelerando. O preço dos imóveis residenciais no gigante asiático caíram pela terceira vez vez consecutiva em novembro, aumentando as especulações de que o governo deverá tomar medidas mais firmes para prevenir uma desaceleração maior na economia. O preço das casas novas caiu 3,7% em novembro na comparação anual, depois de cair 2,6% em outubro.

Uma bolha imobiliária é vista como o maior risco que a economia chinesa poderia correr, uma vez que setor tem um peso de mais de 15% no PIB chinês.

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