Novo nome para comando da Petrobras, Ambev e mais 6 empresas no radar desta 5ª

Decisão sobre tributação de bebidas frias deve afetar Ambev, enquanto credores da OSX aprovam plano de recuperação da companhia

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO –  A quinta-feira (18) tem início com diversas notícias envolvendo as empresas listadas na Bolsa. Caso da Ambev (ABEV3), que deve ver algum movimento em seus papéis relacionado a aprovação de MP 656, sobre a tributação de bebidas frias. Pelo que foi decidido, as alíquotas passarão a incidir sobre o valor de venda e não mais sobre o volume de produção ou sobre um preço médio.

A sistemática atual procurava compensar pequenos produtores com alíquotas finais menores devido às distorções da competição com os grandes produtores. Quando a MP virar lei, as alíquotas serão maiores a partir de 2018 e todos os produtores terão de instalar medidores de produção para contar o volume e identificar o tipo de produto e sua embalagem comercial.

De 2015 a 2017, o texto estabelece redutores sobre as alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), PIS/Pasep e Cofins e PIS/Pasep – Importação e Cofins – Importação.  As alíquotas cheias, que valerão a partir de 2018, são: 6% de IPI para cerveja e 4% para as demais bebidas frias; 2,32% de PIS/Pasep e PIS/Pasep – Importação; 10,68% para Cofins e Cofins-Importação.

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Petrobras (PETR3; PETR4)
Segundo o Blog Veja Mercados, assinado por Geraldo Samor, a presidente Dilma Rousseff está considerando agora o nome de Nildemar Secches para assumir o comando da Petrobras. Nos últimos dias, muito tem se falado sobre o fato da presidente estar buscando um novo nome para o lugar de Graça Foster, que já confirmou ter deixado o cargo à disposição de Dilma.

Secches foi CEO da Perdigão de 1994 a 2007, indicado para o cargo pelos acionistas majoritários da companhia: Previ, Petros e BNDES. Em 2006, Secches resistiu à oferta de aquisição hostil feita pela Sadia. Dois anos depois, quando a Sadia perdeu R$ 2,5 bilhões com derivativos cambiais, Secches, já no conselho da Perdigão, liderou a oferta pela arquirrival e ganhou a parada. Ele ainda foi presidente do conselho da BRF até 2013, quando foi substituído no cargo pelo empresário Abilio Diniz, numa articulação liderada pela Tarpon Investimentos e apoiada por outros acionistas.

Gerdau (GGBR4)
A Gerdau já fechou cinco de suas unidades nos últimos seis meses tentando reduzir custos diante das vendas mais fracas no Brasil, foi o que informou a Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, as usinas paralisadas têm condições de produzir 1 milhão de toneladas de aço por ano, mas estavam operando com 60% de capacidade ociosa. A matéria ainda afirma que 400 funcionários foram demitidos.

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Em comunicado enviado à Folha, a companhia disse que “a redução de postos de trabalho foi o último recurso da empresa, após a tomada de uma série de medidas”.

OSX Brasil (OSXB3)
Em assembleia realizada ontem, os credores da OSX aprovaram o plano de recuperação judicial das três empresas do grupo – OSX Brasil, OSX Construção Naval e OSX Serviços. De acordo com os planos, a companhia deve fazer a captação de, no mínimo, R$ 30 milhões em dinheiro a partir da emissão de debêntures por credores.

O plano foi aprovado por 96,5% dos credores presentes na assembleia, sendo que esses credores que se manifestaram favoráveis ao plano detém 91,47% do crédito da empresa. Enquanto isso, o plano da OSX Construção Naval teve a menor taxa de aprovação, de 89,61% dos presentes, que correspondem a 60,29% das dívidas. Já o plano da OSX Serviços foi aprovado por 100% dos credores presentes.

Ao todo, a dívida do grupo OSX chega a R$ 6,7 bilhões e inclui ainda a OSX Leasing, apesar de a empresa não ter entrado no processo de recuperação.

Queiroz Galvão (QGEP3)
A Queiroz Galvão Exploração e Produção anunciou a assinatura de contrato de unidade de produção para desenvolvimento do Campo de Atlanta, na Bacia de Santos. Segundo fato relevante, o campo iniciará produção por meio de Sistema de Produção Antecipada (SPA), cujos investimentos somam 520 milhões de dólares, contemplando dois poços.

O início da produção está programado para meados de 2016. O consórcio – formado por QGEP com 30 por cento de participação e operadora do bloco, Óleo e Gás com 40 por cento e Barra Energia do Brasil com 30 por cento – considera a perfuração de um terceiro poço de produção, informou a QGEP.

O custo operacional total de afretamento e manutenção estimado para o SPA é de 480 mil dólares por dia, incluindo os custos de leasing, serviços, logística, seguro, entre outros, disse a companhia.

Biosev (BSEV3)
A sucroalcooleira Biosev anunciou que assinou um acordo para receber um aporte de até R$ 128 milhões do IFC (International Finance Corporation (IFC). A companhia, que é o braço de investimentos do Banco Mundial no setor privado, se comprometeu a subscrever a totalidade das ações a serem emitidas em um aumento de capital.

Segundo o jornal Valor Econômico, o grupo francês Louis Dreyfus, controlador da Biosev, já sinalizou que vai abrir mão de seu direito de preferência. É provável que os minoritários façam o mesmo, já que as ações da empresa acumulam queda de mais de 42% desde a abertura de capital, no ano passado. Os papéis fecharam ontem cotados a R$ 7,40, queda de 0,13%.

Energias do Brasil (ENBR3)
A Energias do Brasil aprovou por unanimidade a celebração, na qualidade de fiadora e principal pagadora, de contratos de financiamento junto ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) para suas controladas Bandeirante Energia e Espírito Santo Centrais Elétricas – Escelsa, segundo comunicado. O contrato envolvendo a Bandeirante chega a R$ 296,8 milhões, enquanto o da Escelsa é de R$ 270,9 milhões.

Anima (ANIM3)
A rede privada de ensino Anima Educação informou na quarta-feira que assinou contrato para compra dos 50% que ainda não detinha da HSM, que oferece educação corporativa, por R$ 39,2 milhões. O negócio foi assinado por sua subsidiária BREE com a RBS Mídia, Digital e Participações e a RBS Participações. O valor será pago a vista, em até dez dias a partir desta quarta-feira.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.