JBS sobe 5%, Eneva cai 51% em 2 dias e Rossi despenca 11,5%; veja 16 destaques

Entre os destaques estiveram ainda os papéis da Vale, que fecharam em queda em meio às incertezas sobre economia chinesa

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em dia volátil para a Bolsa, com o Ibovespa fechando com alta de 0,63%, a 49.861 pontos – após operarem com queda durante a manhã e parte da tarde -, os destaques ficaram por conta dos papéis da Rossi, que despencaram pelo sexto pregão seguido. Entre os papéis que chamaram atenção estiveram ainda a Petrobras, que próximo ao fechamento ganhou força, mas fechou com leve queda nesta quinta-feira (11).

Além delas, a Vale também se destacou, fechando no negativo em meio às incertezas sobre a economia chinesa, principal destino das exportações da mineradora. Ainda no radar dos investidores, também estiveram os papéis da TIM, que fecharam com desvalorização na sessão após dizer que desconhece qualquer oferta de aquisição de Oi, Claro e Vivo, que supostamente ofereceriam juntas US$ 15 bilhões pela companhia.

Fora do Ibovespa, no entanto, as ações do Banco Pine (PINE4) chegaram a disparar 10% em meio a rumores de que o banco estaria negociando a venda de seu controle, mas amenizaram após ele ter negado qualquer acordo, por meio de comunicado enviado à CVM (Comissão Valores Mobiliários) no final desta manhã. Ainda vale mencionar os papéis da Eneva, que despencaram mais de 10% nesta sessão.

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Confira os principais destaques da Bolsa nesta sessão:

Petrobras (PETR3, R$ 10,04, -0,69%; PETR4, R$ 10,82, -0,09%)
As ações da Petrobras fecharam próximas da estabilidade, após caírem até 5% um dia antes de divulgar seu balanço não auditado do terceiro trimestre e após o GBM (Grupo Bursátil Mercantil) retomar cobertura dos papéis da companhia com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 12, afirmando que ainda é muito arriscado comprar os papéis da companhia.

Ainda no radar da estatal aparece a notícia de que o governo prepara uma operação de socorro que pode gerar R$ 7 bilhões ao caixa da companhia. Por meio de uma engenharia financeira, a petroleira poderá vender no mercado, com garantia do Tesouro, títulos lastreados em uma dívida de R$ 9 bilhões que a Eletrobras tem com a empresa, informou hoje a Folha de S. Paulo

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Frigoríficos
Nesta sessão os papéis de JBS (JBSS3, R$ 11,97, +5,09%) e Marfrig (MRFG3, R$ 5,75, +3,60%) fecharam como as maiores altas do Ibovespa, em meio à retrospectiva da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne) das exportações de carne bovina em 2014. Em outubro, a associação registrou aumento na exportação de carne bovina. De acordo com o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos, as altas podem ser relacionadas também à alta do dólar. Hoje, a moeda norte-americana fechou com alta de 1,34%, a R$ 2,648. 

O movimento da moeda ainda beneficiou os papéis da Embraer (EMBR3, R$ 24,15, +2,42%), que possui seus lucros cotados na moeda. 

Vale (VALE3, R$ 19,37, -2,81%; VALE5, R$ 16,48, -2,94%)
As ações da Vale fecharam no vermelho nesta quinta-feira ainda em meio às incertezas sobre a economia chinesa, principal destino das exportações da mineradora. Acompanharam o movimento as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 11,99, -3,38%), holding que detém participação na Vale. Ontem, o governo disse que a pressão sobre a economia da China é relativamente grande. A economia deve crescer ao ritmo mais lento em quase um quarto de século neste ano, pressionada pelo arrefecimento do mercado imobiliário, pelo investimento mais fraco e pelos altos níveis de dívida. 

Telecoms
As ações da TIM (TIMP3, R$ 12,50, -2,34%) fecharam entre as principais perdas do Ibovespa após disparada de 14% no último pregão em meio à notícia de que a companhia poderia ser vendida para a Oi (OIBR4, R$ 1,14, -2,56%), Vivo (VIVT4, R$ 48,25, -0,08%) e Claro em uma operação de US$ 15 bilhões. Nesta manhã, a TIM disse, por meio de fato relevante, desconhecer acordo, negociação ou oferta envolvendo a empresa e as demais companhias mencionadas. De acordo com informações da Bloomberg, em entrevista com jornalistas nesta tarde, Rodrigo Abreu, presidente de Tim afirmou que a companhia vale “muito mais” que US$ 15 bilhões, mas que a empresa não descarta fusões ou aquisições. Assim como as ações da TIM, os papéis da Oi e Vivo operam em queda hoje.

Ainda segundo informações da Bloomberg de ontem, a oferta seria apresentada pelo BTG Pactual atuando como comissário mercantil, enquanto a Telefônica, que está sendo assessorada pelo Santander na operação, entraria no negócio somente depois da compra da GVT ser aprovada pelas autoridades brasileiras. A agência de notícia diz que, no negócio, a Oi ficaria com cerca de 25% da Tim, enquanto Claro e Vivo dividiriam o restante.

ALL (ALLL3, R$ 4,95, -1,20%)
As ações da ALL fecharam em queda hoje após a companhia e a Triunfo (TPIS3, R$ 5,03, -2,52%) decidirem descontinuar o projeto de criação da produtora integrada de minério de ferro Vetria Mineração, desfazendo um plano lançado em 2011 que previa investimento de mais de 11 bilhões de reais. A decisão pelo encerramento ocorreu diante da contínua queda dos preços do minério de ferro nos mercados internacionais. 

Ainda no radar da empresa, a Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) encerrou na segunda-feira sua análise sobre a fusão entre o grupo de ferrovias ALL e a Rumo, controlada pelo grupo Cosan. Agora, o caso segue para a etapa final: o julgamento no Tribunal do órgão antitruste. Apesar de o fato ter sido visto pelo mercado como positivo em um primeiro momento, por representar mais uma etapa cumprida em direção à operação, o parecer é duro. A Superintendência negou a operação como foi apresentada e defendeu imposição de medidas para o negócio receber a aprovação final. A palavra final, no entanto, é do Tribunal do Cade. Mesmo assim, ao impugnar (se opor) à fusão, a Superintendência indica que não serão aceitas as propostas feitas pelas empresas. E que serão exigidas mais condições no julgamento final que será feito pela Corte. No mercado, também acredita-se ser difícil que o aval final seja completamente diferente do parecer da Superintendência – por exemplo, aprovando a operação conforme foi apresentada -, disse a XP Investimentos.

Rossi (RSID3, R$ 2,07, -11,54%)
Em uma tendência de queda, os papéis da Rossi fecharam em seu sexto dia seguido de perdas, acumulando no período desvalorização de 41,62%. Ainda na ponta negativa também estão os papéis do setor de construção e imobiliário, com destaque para MRV (MRVE3, R$ 7,56, -4,18%) e Gafisa (GFSA3, R$ 2,18, -2,68%).  

Gol (GOLL4, R$ 15,25, +3,46%)
Entre as poucas altas do Ibovespa hoje apareceram os papéis da Gol, que sobem ainda beneficiados pela queda recente dos preços do petróleo. Hoje, os preços da commodity têm leve recuperação mas os preços dos insumos atingiram mínimas em cinco anos nos últimos dias. Desde o dia 18 até hoje, os papéis da companhia já dispararam 22%. Essa é a quarta alta seguida dos papéis na Bolsa. 

Usiminas (USIM3, R$ 9,56, +1,70%; USIM5, R$ 4,61, -1,50%)
As ações ordinárias da Usiminas dispararam pelo sétimo pregão seguido, acumulando no período uma valorização de quase 50%. As ações ON sobem em meio ao imbróglio das duas partes do bloco de controle da companhia, que brigam na justiça após a destituição de três grandes executivos da companhia, incluindo o CEO da Usiminas (Chief Executive Officer).

Banco Pine (PINE4, R$ 6,10, +1,67%)
Fora do Ibovespa, destaque para as ações do Banco Pine, que chegaram a disparar 10,8% nesta sessão em meio a rumores de que o banco estaria negociando a venda de seu controle, mas amenizaram o movimento depois do banco ter desmentido a notícia. Segundo informações do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, um acordo já estaria sendo costurado com o Original, do grupo J&F. O banco, no entanto, disse no final desta manhã que não há qualquer negociação em curso para alienação do seu controle acionário. 

Eneva (ENEV3, R$ 0,35, -25,53%)
A companhia, controlada pela alemã E.ON, comunicou na terça-feira à noite que entrou com pedido de recuperação judicial na Comarca do Estado do Rio de Janeiro, após não ter conseguido renovar acordo com bancos credores. Ontem, as ações da empresa caíram mais de 30%, acumulando até hoje desvalorização de 50,70%.

O pedido ocorreu após a não revalidação do acordo para suspender a amortização e o pagamento de juros de operações financeiras contratadas pela companhia com os credores, expirado em 21 de novembro, disse a Eneva nesta terça-feira em fato relevante.