Usiminas dispara 26% em 3 dias e construtora desaba 30% em 10 dias; veja destaques

Elétricas caem em meio a um noticiário agitado para o setor; siderúrgicas sobem em meio à notícia sobre reajustes de preços do aço

Paula Barra

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SÃO PAULO – A sexta-feira (5) foi positiva para a Bolsa, com o Ibovespa fechando com alta de 1,10%, a 51.992 pontos. O índice foi puxado por alta dos papéis da Petrobras e da Vale. Além delas, os papéis dos bancos também fecharam com valorização, com destaque para os papéis do Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 37,03, +1,90%), Bradesco (BBDC3, R$ 35,90, +0,81%; BBDC4, R$ 37,46, +2,21%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 27,23, +2,21%).

Vale mencionar também a alta dos papéis da Usiminas, que viu seus ativos ordinários descolarem-se dos preferenciais e dispararem na Bolsa nos últimos pregões, sendo que em três dias, os ativos USIM3 valorizaram 26%, enquanto os ativos USIM5 acumularam alta de 7,20% no período. De acordo com o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos, este movimento geralmente é visto em ocasiões de venda de parte societária da companhia.

Já na ponta de baixo do índice, vale mencionar os papéis da Rossi, que fecharam como a maior perda do Ibovespa na sessão. Nos últimos 10 dias, os papéis da construtora desabaram 31,42%, renovando hoje seu menor patamar desde julho de 2003.

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Confira abaixo os principais destaques da Bolsa:

Siderúrgicas
As ações de empresas do setor de siderurgia fecharam entre as maiores altas da sessão. No radar dessas empresas, os produtores de aço do Brasil estão informando as fabricantes de autopeças do País sobre reajustes de preços do aço, afirmou nesta quinta-feira a Anfavea, associação que representa as montadoras de veículos. Às 13h43, os papéis das siderúrgicas ficam assim: CSN (CSNA3, R$ 5,53, +1,65%), Gerdau (GGBR4, R$ 10,25, +1,79%) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 12,09, +2,11%).

Ainda no setor, a Usiminas (USIM3, R$ 8,38, +16,71%; USIM5, R$ 5,11, +3,23%) viu seus papéis ordinários descolarem-se dos preferenciais e dispararem na Bolsa nos últimos pregões, sendo que em três dias, os ativos USIM3 valorizaram 26%, enquanto os ativos USIM5 acumularam alta de 7,20% no período. De acordo com o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos, este movimento geralmente é visto em ocasiões de venda de parte societária da companhia. Porém, para o analista, “este não me parece o caso da Usiminas, mesmo com o noticiário da companhia”.

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Vale mencionar que na terça-feira a Nippon Steel, que divide com o grupo Ternium Techint o controle da Usiminas, pediu à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que investigasse atos do grupo Ternium envolvendo disputa no Conselho de Administração da companhia. Em comunicado enviado à imprensa, a Nippon afirma que a “Ternium Techint não age em favor dos melhores interesses da Usiminas”. A Ternium, por sua vez, considerou as acusações da sócia como levianas e avaliou a postura do grupo japonês como violenta e desproporcional. A companhia afirmou que manterá estratégia de tomar todas as medidas legais e societárias para proteger a Usiminas “dos efeitos nefastos da conduta ilegal e irresponsável da Nippon e de seus representantes”.

Petrobras (PETR3, R$ 11,45, +0,17%; PETR4, R$ 12,26, +0,25%) 
As ações da Petrobras fecharam em alta nesta sexta, após terem chegado a cair mais de 1%. Nos últimos 10 pregões, os papéis acumulam perdas de 15,3%. A queda do preço do petróleo volta a pressionar a estatal. Ontem, a Arábia Saudita anunciou redução de seus preços de exportação para a Ásia e os Estados Unidos. Em janeiro, os preços do petróleo saudita para os importadores asiáticos serão reduzidos em US$ 1,50 e US$ 1,90 por barril em comparação a dezembro; os preços para os EUA serão reduzidos em US$ 0,10 e US$ 0,90 por barril. 

Vale (VALE3, R$ 21,88, +0,97%; VALE5, R$ 18,70,+1,08%)
A Vale fechou em alta nesta sessão em meio a notícias de que ela deverá vender uma fatia de seu projeto de carvão Moatize, em Moçambique, para a trading de commodities japonesa Mitsui & Co. A empresa confirmou que mantém acordo para negociações futuras. 

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Além disso, a companhia promove hoje o Vale Day com analistas e investidores em Londres. Na última terça-feira, a mineradora promoveu reunião similar em Nova York, e chamou atenção ao anunciar planos de fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da área de divisão de metais básicos. 

Rossi (RSID3, R$ 3,03, -9,01%)
As ações da Rossi voltaram a fechar como a maior queda do Ibovespa nesta sexta-feira, com desvalorização superior a 9%. Nos últimos 10 dias, os papéis da construtora desabaram 31,42%, renovando hoje seu menor patamar desde julho de 2003.  

Oi (OIBR4, R$ 1,22, 0,00%) 
As ações da Oi fecharam com valorização na sessão desta sexta-feira, apesar das notícias de que o Conselho teria aprovado, por unanimidade, a venda da operadora Portugal Telecom (PT) para o grupo francês Altice em reunião do conselho de administração, segundo fontes a par do assunto ouvidas pela Bloomberg.

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Com a venda dos ativos portugueses, a Oi, que tem dívida de R$ 48 bilhões, aumenta o fôlego para participar da consolidação do setor, segundo a fonte. 

Elétricas
As ações de elétricas, como a Light (LIGT3, R$ 19,41, +0,15%), Copel (CPLE6, R$ 33,50, -1,76%), Cemig (CMIG4, R$ 13,33, -0,74%) fecharam em queda nesta sessão, em meio a noticiário agitado para o setor.

Segundo o jornal O Globo, o governo condicionou uma nova ajuda ao setor elétrico no valor de R$ 3 bilhões à aprovação da mudança na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2014, que o libera de fazer superávit primário em 2014.

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O Tesouro Nacional poderá destinar mais este valor para cobrir o rombo financeiro das distribuidoras do setor elétrico até o fim do ano, caso a mudança na lei se confirme. O texto básico do projeto foi aprovado pelo Congresso na madrugada desta quinta-feira, mas falta votar um destaque e a tramitação continua na terça-feira. 

Além disso, a Aneel promove hoje de manhã o ‘Leilão A-1’, para compra de energia gerada por empreendimentos já existentes. Os contratos terão períodos de suprimento distintos, com início em 1 de janeiro de 2015 e término em 31 de dezembro de 2017 (disponibilidade e quantidade) e início em 1o de janeiro de 2015 e término em 31 de dezembro de 2019 (somente para o produto quantidade).

Ambev (ABEV3, R$ 16,00, +1,85%)
As ações da Ambev fecharam entre os ganhos nesta sessão. No radar da empresa, o novo modelo de tributação de bebidas frias, já acordado entre o governo e as companhias, que aumentará a carga do setor em 10% já no próximo ano. A mudança trará um adicional de arrecadação de R$ 1,5 bilhão em 2015. O governo espera, porém, que o aumento não seja repassado para os preços – o entendimento é que já houve reajuste nas bebidas este ano com expectativa de alta nos impostos.  

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Brookfield (BISA3, R$ 1,60, 0,00%)
Após as ações da Brookfield abrirem esta sexta-feira somente às 10h52, com queda de mais de 8%, a R$ 1,47, os papéis fecharam com leve queda na sessão. Como a empresa foi alvo de OPA (Oferta Pública de Aquisição), as poucas ações que restaram perderam totalmente a liquidez. Sendo assim, para o investidor se desfazer dos papéis, acaba tendo que aceitar preços menores para vendê-los.

Duratex (DTEX3, R$ 7,84, -0,13%)
A Duratex fechou parceria para a criação de base florestal de eucalipto em Alagoas, mirando o abastecimento de sua futura fábrica de painéis MDF a ser instalada na região. A Duratex Florestal, subsidiária da Duratex, e a Usina Caeté, no ramo sucroenergético, vão inserir, em conjunto, R$ 72 milhões até o fim de 2020 na joint venture Caetex Florestal.