Petrobras sobe 5%, JBS e Marfrig disparam 9% e micos agitam a Bolsa; veja mais

Entre os destaques estiveram ainda os papéis da Vale, que fecharam em alta após evento em NY e as ações da Eneva, que fecharam com fortes perdas após rumores de recuperação judicial

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em quarta-feira (3) marcada pela expectativa da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre aumento na Selic – esperado em 0,50 p.p. -, a Bolsa teve dia de alta, com o Ibovespa fechando com alta de 1,37%, a 52.320 pontos, após cinco quedas consecutivas do índice. Entre os destaques estiveram as ações da Petrobras e dos bancos, que fecharam a sessão também em alta ajudando a puxar o bechmark.

No topo dos ganhos do índice estiveram os papéis dos frigoríficos JBS e Marfrig, que buscaram recuperação na sessão após fortes perdas registradas na véspera. Vale mencionar ainda os papéis do setor imobiliário, que fecharam também entre os maiores ganhos, já que as companhias possuem beta elevado, e portanto, tendem a seguir o movimento do índice no qual estão inseridas. Logo, com o Ibovespa subindo, estes papéis tendem a reagir também com altas. Destaque para os papéis da Gafisa (GFSA3, R$ 2,67, +4,30%), Even (EVEN3, R$ 5,68, +3,27%), MRV Engenharia (MRVE3, R$ 8,30, +1,84%), PDG Realty (PDGR3, R$ 1,04, +0,97%) e Rossi (RSID3, R$ 3,58, +1,70%).

Já entre as maiores quedas do índice estiveram os papéis da Cosan Logística (RLOG3, R$ 3,08, -2,53%), que saiu do Ibovespa na última prévia da carteira teórica, divulgada na segunda, e da ALL (ALLL3, R$ 5,57, -1,42%). Junto delas, estiveram também na ponta de baixo do índice os papéis da BR Properties (BRPR3, R$ 10,28, -2,47%), Estácio (ESTC3, R$ 26,20, -2,96%), Kroton (KROT3, R$ 16,89, -1,46%) e BB Seguridade (BBSE3, R$ 31,85, -1,12%).

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Vale mencionar ainda que fora do Ibovespa, as ações da Pet Manguinhos (RPMG4, R$ 0,34, -5,56%), que mesmo fechando em queda, chegou a subir 5% na sessão, após a Justiça do Rio de Janeiro condenar a Petrobras a pagar R$ 935 milhões à Refinaria Manguinhos por prejuízos causados entre 2002 e 2008. A decisão também determinou que a petrolífera pague prejuízos provocados entre 2009 e 2014, mas o montante ainda precisa ser calculado, informou nesta quarta-feira O Estado de S. Paulo. Embora publicado somente hoje, a decisão foi tomada na última sexta-feira, 28, mas ainda cabe recurso.

Confira abaixo os principais destaques desta quarta-feira:

Petrobras (PETR3, R$ 12,00, +5,26%; PETR4, R$ 12,73, +4,95%)
As ações da Petrobras tiveram hoje seu primeiro dia de alta após cair por sete pregões seguidos em dia de recuperação dos preços do petróleo na Nymex. Operadores destacam ainda notícia de que a Arábia Saudita, principal integrante da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), estaria disposta a reduzir sua produção se países que não pertençam ao cartel fizerem o mesmo, o que puxou a commodity nesta manhã. 

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JBS (JBSS3, R$ 11,77, +8,98%) e Marfrig (MRFG3, R$ 6,03, +9,64%)
As ações da JBS e Marfrig ficaram entre as maiores altas do Ibovespa nesta quarta-feira, recuperando parte das fortes perdas de ontem, quando caíram 4,4% e 9%, respectivamente.

Em relação à JBS, destaque para a decisão da Superintendência de Registro de Valores Mobiliários da CVM, que revogou na véspera a suspensão da oferta pública inicial de ações da JBS Foods, cujo pedido de registro está em análise na autarquia. Já sobre a Marfrig, a empresa informou ontem que a receita bruta preliminar não auditada no período de outubro e novembro de 2014 totalizou cerca de R$ 1,4 bilhão, crescimento de aproximadamente 40% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Vale (VALE3, R$ 21,95, +1,39%; VALE5, R$ 18,81, +0,37%)
As ações da Vale fecharam em alta nesta sessão. Ontem, a empresa informou que cortará seus investimentos em evento realizado em Nova York. Após apresentação da mineradora, analistas do BTG Pactual decidiram cortar o preço-alvo dos ADRs (American Depositary Receipts) da mineradora de US$ 13 para US$ 12, com recomendação neutra. Em relatório, o Santander comentou que a estratégia da Vale de reduzir os investimentos pode contribuir para um aumento de dividendos em 2015.  

Ambev (ABEV3, R$ 15,76, +0,38%)
De acordo com informações do Valor, o novo modelo de tributação do setor de bebidas será gradual. Em relação ao PIS/Pasep e Cofins, serão aplicados redutores de 5% a 20% do imposto integral, a tributação será cobrada integralmente apenas a partir de 2018. Para o IPI incidente no setor, as novas alíquotas vão variar em uma faixa de 4% a 6%. Já para produtos importados, será cobrada uma alíquota de 22% em 2015, que subirá para 25% a partir de 2016. Segundo a Guide Investimentos, as ações das empresas do setor já responderam ao aumento dos impostos e a definição sobre as novas alíquotas deve acabar com o cenário de incertezas. 

Eneva (ENEV3, R$ 0,77, -3,75%)
As ações da Eneva, antiga MPX Energia, empresa fundada por Eike Batista, fecharam com fortes perdas hoje, após chegarem a despencar 18,75% em sua mínima intradiária, em meio a rumores de que a companhia aprovará hoje pedido de recuperação judicial, conforme publicado na coluna de Sonia Racy, de O Estado de S. Paulo. A companhia, no entanto, informou nesta tarde que continua em entendimentos construtivos com seus acionistas e credores financeiros com o intuito de implementar um plano de estabilização, mas que, até o momento, nenhum acordo vinculante foi firmado. 

Se a notícia se confirmar, essa será a quarta empresa criada pelo empresário a pedir recuperação judicial. As outras foram OGX Petróleo (OGXP3) – atual Óleo e Gás -, OSX Brasil (OSXB3) e MMX Mineração (MMXM3).