Ibovespa anda de lado em novembro com volatilidade provocada por nova equipe econômica

No primeiro mês completo depois das eleições presidenciais, o índice teve uma leve alta de 0,07%; mês foi marcado por espera por trio econômico do governo

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa fechou novembro estável com leve alta de 0,07% depois de oscilar todas as semanas entre altas e baixas. O primeiro mês completo depois das eleições presidenciais foi marcado pela volatilidade, enquanto o mercado esperava pelos nomes da nova equipe econômica do governo Dilma. 

No começo do mês, a ata da reunião do Copom que elevou a taxa Selic de 10,75% para 11,25% foi, junto com o reajuste dos combustíveis pela Petrobras de 3% para a gasolina e 5% para o óleo diesel, os principais drivers do mercado. No dia 6, o índice caiu 1,98%, fechando a 52.637 pontos com os investidores tendo visões conflitantes a respeito do quanto o Banco Central estaria disposto a realizar um combate mais sério à inflação.

Depois do pregão a Petrobras divulgou um reajuste de 3% para o preço da gasolina e 5% para o do óleo diesel. Os valores foram vistos como menores que o esperado pelo mercado para desafogar os cofres da estatal, que sofreram durante meses por conta da defasagem dos preços internos em relação aos internacionais. 

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As expectativas giravam em torno dos nomes de Henrique Meirelles, Luiz Carlos Trabuco e Nelson Barbosa. O ex-presidente do BC era visto como a melhor alternativa pelo mercado e a opção do ex-presidente Lula. Quando seu nome foi ventilado como a opção mais provável o Ibovespa chegou a subir mil pontos em 15 minutos durante a “hora do almoço”. No fim do dia, negativa do próprio Meirelles sobre sua ida à Fazenda fez com que o índice amenizasse os ganhos e fechasse o pregão em alta de 0,96%, a 52.978 pontos.

No dia 18, o mercado ainda acreditava que haveria uma “dobradinha” Meirelles-Tombini na Fazenda e no Banco Central respectivamente. A notícia saiu ncoluna da jornalista Tereza Cruvinel, do Brasil 247 e fez com que o Ibovespa fechasse em alta de 1,57%, a 52.061 pontos. 

No dia 19, o nome de Luiz Carlos Trabuco se tornou mais forte, mas depois de se reunir com a presidente Dilma no dia 20, ele rejeitou o pedido para ser ministro da Fazenda. No dia não houve pregão por conta do feriado do Dia da Consciência Negra. 

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Já no dia 20, ficou definido o nome da nova equipe econômica com Joaquim Levy na Fazenda, Nelson Barbosa no Planejamento e Alexandre Tombini no Banco Central. O Ibovespa subiu 5,02%, a 56.084 pontos. Foi a maior alta desde 9 de agosto de 2011. 

Na última semana, o índice oscilou entre ganhos e perdas à espera da oficialização e no dia 27, ele teve queda mesmo com o anúncio. O movimento é conhecido como “sobe no boato, cai no fato”, em que o investidor compra ações diante de um rumor positivo e realiza os lucros com a confirmação deste rumor. Outro driver relevante foi a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de manter a produção da commodity apesar dos baixos preços. Como resultado o Brent caiu 6% e os papéis da Petrobras mergulharam 5%. O Ibovespa fechou em queda 0,68%, a 54.721 pontos, puxado principalmente pela estatal.