Petrobras cai pelo 5° dia, Vale sobe apesar do Credit e Saraiva dispara 8%

Ibovespa tem dia positivo após cair por três vezes em quatro pregões em meio ao anúncio da nova equipe econômica

Paula Barra

(Agência Petrobras)

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SÃO PAULO – O Ibovespa tem alta nesta sexta-feira (28) após cair por três vezes em 4 pregões em meio ao anúncio da nova equipe econômica. O que o mercado vê é que a nomeação de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda, Nelson Barbosa para o Planejamento e Alexandre Tombini para o Banco Central deixa as perspectivas positivas.

Apesar do índice ter um pregão positivo, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) têm sua quinta baixa consecutiva em meio à queda no preço de petróleo. Os papéis são pressionados pela decisão da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) ontem de manter sua cota de produção. Às 14h30 (horário de Brasília), as ações da petrolífera figuravam como a maior queda do Ibovespa. 

Os papéis eram seguidos pelo setor imobiliário, com algumas das ações registrando perdas superiores a 1%, como: MRV Engenharia (MRVE3, R$ 8,44, -1,86%), Even (EVEN3, R$ 5,72, -1,89%) e Rossi (RSID3, R$ 3,90, -2,01%). 

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Confira os principais destaques desta sessão:

Petrobras (PETR3, R$ 12,41, -2,67%; PETR4, R$ 13,12, -2,38%)
As ações da Petrobras dão continuidade ao movimento negativo nos últimos dias. Somente ontem os papéis recuaram mais de 5% em meio à oficialização da nova equipe econômica e a queda dos preços do petróleo. Segundo a XP Investimentos, o preço da commodity deve seguir pressionando as ações. Ontem, a Opep decidiu ampliar as discussões no mercado sobre o futuro do petróleo. No mercado já existem previsões de petróleo na casa de US$ 60 por barril.   

Vale (VALE3, R$ 23,20, +0,96%; VALE5, R$ 19,95, +1,01%)
Já as ações da Vale sobem apesar do Credit Suisse ter cortado o preço-alvo dos papéis da mineradora de US$ 11,00 para US$ 10,70, com recomendação underperform (desempenho abaixo da média). 

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Gol (GOLL4, R$ 14,91, +2,40%)
As ações da Gol dão continuidade ao movimento de forte alta visto ontem, quando dispararam 7,6%. Os papéis da companhia se beneficiam pela queda dos preços do petróleo, uma vez que a commodity representa 40% dos seus custos. Com a arrancada, os papéis figuram em seu maior patamar desde setembro. 

Ambev (ABEV3, R$ 16,81, +1,51%)
O governo e o setor de bebidas frias, que inclui água, cerveja, refrigerantes e isotônicos, entraram em acordo acerca do novo modelo de tributação que incidirá sobre as vendas do setor, informou o Valor. Serão instituídas alíquotas fixas sobre o valor da venda dos produtos. Haverá, no entanto, um valor mínimo por unidade vendida para evitar fraudes contábeis e garantir receita para a União. Essa é a primeira alta das ações da empresa depois de quatro dias seguidos de quedas. 

BR Malls (BRML3, R$ 18,50, -1,60%)
A BR Malls anunciou a venda de totalidade de sua participação no Shopping Center Fashion Mall, localizada no Rio de Janeiro, por R$ 175 milhões. Segundo a XP Investimentos, isso faz parte da estratégia da companhia de reduzir e mesmo vender participações em alguns shoppings. Neste caso, como a companhia adquiriu em 2007 4 ativos juntos, já era esperado e até mesmo demorou a ocorrer a venda do ativo. “Temos uma visão positiva sobre o ativo”, disseram os analistas.

Sabesp (SBSP3, R$ 19,16, -1,29%)
A Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado do São Paulo) autorizou a Sabesp a aplicar um reajuste de 6,49% nas tarifas vigentes. O reajuste passará a valer em 27 de dezembro. A revisão tarifária aprovada pela agência foi a maior que a autorizada pela Arsesp em abril, de 5,44%. 

Saraiva (SLED4, R$ 8,49, +6,13%)
Fora do Ibovespa, as ações da Saraiva disparam 8% nesta sessão, deixando uma queda de 43% do início deste mês até a última quarta-feira. No radar da empresa, a Santander Corretora divulgou relatório em que recomenda compra para as ações, com preço-alvo de R$ 38 por ação, um potencial de valorização de 381,6% na comparação com o fechamento de ontem. Os analistas afirmaram que mantêm opinião cautelosa sobre a empresa uma vez que a reestruturação das operações de varejo da empresa deve ocultar grande parte das melhores na unidade editorial.

MMX Mineração (MMXM3, R$ 0,67, -6,94%)
As ações da MMX mostram leve queda após fortes movimentações nos últimos dias. Ontem, os papéis chegaram a subir 22% depois de terem fechado em alta de 70% na quarta-feira, mas encerraram a sessão em baixa de 7,69%, a R$ 0,72. Com esse desempenho recente, os papéis atingem seu maior patamar desde setembro deste ano.

Ontem, a empresa informou que seu conselho da companhia aprovou em 25 de novembro a desistência da oferta pública de aquisição voluntária “envolvendo permuta de valores mobiliários de remuneração variável baseados em royalties decorrentes do terminal portuário” de propriedade da Porto Sudeste do Brasil, segundo comunicado.

OSX Brasil (OSXB3, R$ 0,35, -28,57%)
As ações da OSX caem forte após acentuada alta desde o fechamento do dia 13 de novembro, quando subiu 155% até ontem. Nos últimos dias, além da forte valorização, chamou atenção o forte volume financeiro movimento com o papel. Hoje, o giro financeiro atinge R$ 7,1 milhões, contra média diária de cerca de R$ 500 mil no mês passado.