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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abriu em queda nesta sexta-feira (28) seguindo o movimento de ontem quando o mercado se decepcionou com as declarações da nova equipe econômica, consideradas evasivas. Ao mesmo tempo, a queda dos preços do petróleo com a manutenção do nível de produção pela OPEP fez despencar as ações da Petrobras ontem e os ADRs hoje. Às 9h25 (horário de Brasília), o contrato futuro do índice para dezembro caía 0,76%, a 54.760 pontos.
Depois da divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trismestre, a queda foi acentuada. Na comparação com os três meses anteriores, a economia brasileira subiu 0,1%, mas na comparação com o mesmo período do ano anterior houve queda de 0,2%. O resultado veio abaixo das previsões dos analistas.
Na coletiva de anunciação da nova equipe econômica do governo o discurso foi de austeridade, mas pouco foi adiantado além da meta das contas fiscais para 2015 e 2016. O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o superávit primário do ano que vem deve ser de 1,2%, uma meta considerada factível pelo mercado.
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Os outros nomeados pela presidente Dilma Rousseff (PT) foram Nelson Barbosa para o Ministério do Planejamento e Alexandre Tombini, que se mantém à frente do Banco Central. O trio escapou de perguntas sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias deste ano, mudanças no Conselho de Administração da Petrobras e um novo nome para Secretário do Tesouro.
Os ADRs da Petrobras, negociados no pré-market da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) caíam 5,75%, a US$ 9,99. A forte queda se dá por conta da decisão tomada pela OPEP ontem de manter os níveis de produção do petróleo apesar do nível baixo dos preços. O valor do barril do Brent para janeiro caiu 6% ontem.
Vale lembrar que hoje é o último dia antes da divulgação da primeira prévia da nova carteira do Ibovespa. Ações como as da Cosan Logística e Eletropaulo devem sair do índice, enquanto Raia Drogasil e Multiplus devem ser adicionadas, segundo o Santander. Qualquer mudança na carteira do Ibovespa tem grande impacto porque os fundos que acompanham o índice exercerão pressão vendedora ou compradora aos papéis que saírem ou entrarem nele.
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Cenário externo
Os preços do petróleo dominam os holofotes no fechamento da Ásia e no pregão da Europa nesta sexta-feira (28), com as bolsas recuando na esteira da decisão da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de não cortar a produção apesar do excesso na oferta.
Com os mercados norte-americanos fechados na quinta-feira pelo Dia de Ação de Graças, investidores focaram na reunião da Opep em Viena, na qual a Arábia Saudita bloqueou os pedidos de membros mais pobres do cartel de cortar a produção para conter uma queda nos preços globais.
As ações australianas caíram 1,63 por cento à medida que companhias de energia foram impactadas, com o subíndice de energia despencando 7,64 por cento. As ações chinesas tiveram rali, no entanto, com o índice de Xangai indo em direção ao seu maior ganho mensal em quase dois anos após o surpreendente corte nos juros na semana passada, num mês que também teve o lançamento do esquema de conexão entre as bolsas de Xangai e Hong Kong. O índice japonês Nikkei também contrariou a tendência regional e subiu 1,23 por cento, marcando altas de 0,6 por cento para a semana e de 6,4 por cento no mês.
Na Europa, destaque ainda para os dados de inflação e para os dados de desemprego. Na Itália, a taxa de desemprego atingiu 13,2% em outubro.
A inflação anual na zona do euro recuou a 0,3 por cento em novembro, informou o escritório de estatísticas da União Europeia nesta sexta-feira, puxada pelos preços de energia e sugerindo que o risco de deflação continua real, ameaçando o Banco Central Europeu (BCE).
(Com Reuters)
