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SÃO PAULO – As ações do “mundo X” mostram um movimento atípico nos últimos dias. Sem nenhum alarde por parte das empresas, os papéis da MMX Mineração (MMXM3) chegaram a disparar 103% nos últimos dois dias enquanto as ações da OSX Brasil (OSXB3) alcançaram alta de impressionantes 304% no acumulado de novembro, atingindo nesta quinta-feira seu maior patamar de fechamento desde março deste ano.
Nesta sessão, os dois papéis operam entre leilões. Às 14h24 (horário de Brasília), as ações da MMX registravam valorização de 2,56%, a R$ 0,80, depois de ter subido 20,51%, a R$ 0,94, no maior patamar desde agosto deste ano. Por sua vez, a OSX registrava ganhos de 16,67%, a R$ 0,56, após ter subido 33,33%, a R$ 0,64.
Apesar da disparada, operadores do mercado comentam que não há nenhuma informação nova que pudesse ter acionado essa “compra desenfreada” em cima dos papéis. Em comunicado divulgado nesta tarde, a MMX informou que desconhece qualquer motivo que possa justificar as oscilações registradas na cotação de suas ações, enquanto a OSX não foi encontrada quando procurada pelo InfoMoney.
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Em comum, os dois papéis têm mostrado arrancada na Bolsa juntamente com um forte volume financeiro. No caso da MMX, a ação, que subiu 70% somente ontem, atingindo naquela sessão um giro financeiro de R$ 4,8 milhões, contra média diária dos últimos 21 períodos de R$ 554 mil. A “manada” segue para esta sessão, atingindo neste momento R$ 5,9 milhões. Quem liderava as compras eram a Bradesco Corretora e Itaú, que intermediavam um saldo positivo de R$ 325 mil e R$ 136 mil, respectivamente.
No caso da OSX Brasil, o volume financeiro atingia no mesmo horário R$ 3,7 milhões, contra média diária dos últimos 21 pregões de R$ 1,6 milhão. Vale mencionar, no entanto, que no mês passada, antes dos papéis iniciarem essa forte arrancada na Bolsa, o volume financeiro médio diário figurava próximo a R$ 500 mil. Hoje, os maiores compradores dos papéis da companhia eram o Itaú e Rico Investimentos.
O que as empresas comunicaram nos últimos dias?
Na última terça-feira, a MMX informou, por meio de comunicado ao mercado, que não vê base legal ou contratual para alegações de inadimplência e mencionou que está procurando encontrar uma solução para negociar com a Cefar. Caso as companhias não entrem em acordo sobre os direitos e deveres de cada uma em relação aos contratos, a MMX declarou que irá tomar as medidas necessárias e cabíveis para defender seu patrimônio. No dia 22 de novembro, a companhia foi questionada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) após notícia do Diário do Comércio dizer que a companhia poderia perder os direito minerários das minas de minério de ferro de Serra Azul, da companhia Mineração da Serra da Farofa.
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Já a empresa de construção naval OSX informou no dia 17 de novembro que apresentou seu novo plano de recuperação judicial, perante o juízo da 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, no âmbito de seu processo de recuperação judicial. A empresa também informou que convocou assembleia geral de credores para o dia 10 de dezembro deste ano, em primeira convocação, e para 17 daquele mês, em segunda convocação.
