Expectativa por anúncio de Dilma guia alta do Ibovespa em dia sem EUA

Dia é de ganhos à espera do anúncio da equipe econômica; siderúrgicas tem dia de recuperação e a Petrobras sobe

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa tem leve alta nesta quinta-feira (27), com o mercado à espera do tão esperado anúncio da equipe econômica de Dilma Rousseff, que contará com Joaquim Levy no ministério da Fazenda, Nelson Barbosa no Planejamento e a continuidade de Alexandre Tombini na presidência do Banco Central. Desta forma, a expectativa pelo anúncio agita o mercado, ainda mais em uma sessão sem os EUA por conta do feriado de Ação de Graças. 

Às 12h12, o Ibovespa tinha alta de 1,01%, a 55.655 pontos, enquanto o dólar ficava estável em leve queda deía 0,06%, a R$ 2,5053. Ontem o índice fechou em queda de 0,83%. 

Fora do noticiário nacional, o destaque fica para o presidente do BCE Mário Draghi, que anima as bolsas lá fora ao sinalizar que pode adotar novas medidas para impulsionar a economia da zona do euro. 

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Destaques
As ações da Petrobras (PETR3, R$ 13,61, +2,56%; PETR4, R$ 14,42, +2,27%) registram alta na abertura do pregão desta quinta-feira enquanto o mercado aguarda pelo anúncio oficial da nova equipe econômica, que deverá sair às 15h (horário de Brasília). A expectativa é que seja confirmado os nomes de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda, Nelson Barbosa para o Planejamento e Alexandre Tombini para o Banco Central. Vale mencionar que diante da indefinição os papéis da petrolífera mostraram forte volatilidade nos últimos pregões, tendo registrado ontem seu terceiro pregão consecutivo de leves quedas.  

Enquanto isso, do lado das mineradoras e siderurgicas, passado o pregão extremamente negativo na véspera, quando CSN e Usiminas caíram mais de 7% e Vale despencou cerca de 4%, esses papéis buscam um dia positivo na Bolsa hoje, no embalo da alta do Ibovespa. Nesta sessão, os papéis da Vale (VALE3, R$ 23,32, +1,22%; VALE5, R$ 19,97, +1,11%), CSN (CSNA3, R$ 6,18, +0,49%), Usiminas (USIM5, R$ 5,22, +1,95%), Gerdau (GGBR4, R$ 10,58, +0,76%) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 12,61, +0,72%) operam no positivo. As altas das ações da Rio Tinto e da BHP no exterior também contribuem para a melhora.  

As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

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Cód. Ativo Cot R$ % Dia
 ALLL3 ALL AMER LAT ON 6,15 +3,71
 RLOG3 COSAN LOG ON 3,45 +3,60
 ECOR3 ECORODOVIAS ON EDJ 10,82 +3,15
 GOLL4 GOL PN N2 13,95 +3,10
 BRPR3 BR PROPERT ON 10,97 +2,91

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia
 ELPL4 ELETROPAULO PN N2 8,98 -1,21
 EMBR3 EMBRAER ON 22,83 -1,04
 MRVE3 MRV ON 8,67 -0,91
 JBSS3 JBS ON 11,76 -0,76
 KROT3 KROTON ON 18,00 -0,44

Bolsas mundiais
Os mercados asiáticos atingiram nova máxima de um mês nesta quinta-feira, com investidores apostando que mais estímulos dos bancos centrais na China e na Europa vão fortalecer a economia global. Já na Europa, os investidores reagem a novos dados da economia da zona do euro e de olho na decisão da Opep, em um dia de menor liquidez para as bolsas mundiais devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA. 

No continente europeu, a fala de Mário Draghi, presidente do BCE (Banco Central Europeu) de que a autoridade monetária pode usar mais instrumentos para ativar a economia leva a uma nova sessão de ganhos para a maior parte dos índices. 

No gigante asiático, “o corte nos juros mostrou claramente que as autoridades chinesas estão muito atentas para sustentar a economia. Então mesmo que os dados econômicos da China venham bastante fracos, os investidores estão convencidos que não haverá um pouso forçado”, disse o presidente da TS China Research, Naoki Tashiro.

O índice japonês Nikkei caiu 0,78 por cento à medida que o iene teve leve retomada, mas registra ganhos de 5,1 por cento até agora no mês, segundo melhor desempenho entre mercados na região, atrás da China, na sequência do surpreendente estímulo do banco central do Japão ao final de outubro.

(Com Reuters) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.