Ibovespa Futuro sobe à espera de medidas após anúncio de equipe e de dados dos EUA

Equipe econômica de Dilma Rousseff deve ser anunciada amanhã e já sinalizar ajuste fiscal; bateria de indicadores dos EUA também será olhada com atenção

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro registra alta na sessão desta quarta-feira (26), ainda na expectativa pela divulgação da nova equipe econômica, que deverá ser anunciada oficialmente amanhã, com Joaquim Levy no ministério da Fazenda. Às 09h05 (horário de Brasília), o contrato futuro de dezembro registra alta de 0,95%, a 56.380 pontos. 

As expectativas são para o que pode ser anunciado como medida de ajuste logo após a oficialização dos noms:Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, a presidente Dilma Rousseff prepara a posse do ex-Secretário do Tesouro para provavelmente amanhã, juntamente com o economista Nélson Barbosa no Ministério do Planejamento – e também o pacote inicial de ajuste das contas públicas com o qual pretende acalmar os agentes econômicos.

Do pacote, além dos cortes não explicitados, constará mesmo, segundo reportagem da “Folha de S. Paulo”, o aumento da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) dos combustíveis. A Cide foi zerada nos últimos anos, em várias etapas, para evitar um aumento maior da gasolina e o óleo diesel. Em 2008, era cobrado R$ 0,28 por litro de gasolina e R$ 0,07 por litro de diesel. Não estaria ainda definido o valor da nova alíquota. Além disso, espera-se que hoje seja aprovada em Congresso a alteração da meta do superávit primário. 

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No noticiário corporativo, em destaque, mais uma vez, está a Petrobras (PETR3;PETR4), que teve mais bens bloqueados, no valor de R$ 126,7 milhões. A estatal anunciou ainda o cargo de diretor de governança

Bolsas mundiais
Nesta quarta-feira, as bolsas asiáticas fecharam predominantemente em alta, repercutindo bons dados econômicos vindos dos Estados Unidos. O governo norte-americano elevou sua perspectiva para o PIB de 3,5% no ano, para 3,9%. 

Destaque para o índice chinês Shangai Composite, que fechou com alta de 1,45%, atingindo maior patamar em três anos pela quarta sessão consecutiva, repercutindo ainda o anúncio de sexta-feira sobre o corte da inflação do Banco Central.

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Já o índice japonês Nikkei fechou praticamente estável após uma sessão de instabilidade com uma alta do iene, moeda japonesa. O investidor também seguiu preocupado com dados econômicos divulgados na sexta-feira, que incluíram inflação, gastos domésticos e produção industrial.

Na Europa, os índices abriram em alta repercutindo os dados positivos vindos dos Estados Unidos, mas também com investidores apostando em mais medidas de estímulo vindas do Banco Central Europeu (BCE). Vale mencionar que no radar europeu desta quarta-feira estão ainda as commodities, após o preço do barril de petróleo Brent caiu para US$ 78 após conversa sobre excesso de oferta do produto entre Arábia Saudita, Venezuela, membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), além de Rússia e México. 

O investidor ainda segue de olho na agenda norte-americana, que trará a divulgação de muitos dados econômicos ainda hoje, já que amanhã é feriado de ação de graças e as bolsas americanas não abrirão. Entre os dados a serem acompanhados estão gastos e rendas pessoais e confiança do consumidor. Para ver nossa agenda completa, clique aqui.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.