Retiradas do MSCI, ações se tornam as quedas mais previsíveis da Bolsa

Ações que serão retiradas do MSCI global sofrem forte desvalorização desde o anúncio do Morgan Stanley

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A renda variável só é chamada assim por ser cheia de volatilidades que podem apanhar de surpresa tanto quem opera na compra quanto quem opera na venda. É impossível prever com 100% de certeza se um ativo irá se valorizar ou não no futuro. Apesar disso, alguns movimentos e padrões são facilmente identificáveis e um caso claro é a desvalorização dos papéis que são retirados de algum índice acionário.

Exemplo disso é o que houve com as ações das empresas que sairão do MSCI (Morgan Stanley Capital International) global. Após o anúncio no dia 7 de novembro, quase todas as ações tiveram queda. Mas por que isso acontece?

Uma explicação simples é a ação dos fundos estrangeiros. Não é só para o Ibovespa que existem fundos ativos – que possuem carteiras de ações tentando ter um desempenho um pouco melhor que o do índice – e passivos – que possuem carteiras de ações tentando ter desempenho igual ao do índice. Para o MSCI também existem fundos assim, que como precisam acompanhar o índice, são obrigados a vender participação nos papéis que vão deixando de ter peso nele.

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Assim, os fundos exercem pressão vendedora e derrubam as ações dessas empresas. Um desses casos foi o da BR Properties (BRPR3) que custava R$ 11,62 em 6 de novembro e desde o anúncio da retirada de seus papéis do MSCI global, sendo rebaixada para o índice de small caps, já perdeu 5,77% do seu valor, chegando a R$ 10,95.

Por outro lado, um dos únicos papéis que se valorizaram foi justamente aquele que foi elevado para o índice de small caps da MSCI. Ações da Tupy (TUPY3) foram de R$ 17,79 no dia 6 para R$ 18,2 no dia 24, uma alta de 2,3%.

Uma das exceções à regra foi a ação da ALL (ALLL3), que custava R$ 6,62 e continua custando os mesmos R$ 6,62 depois de recuperar perdas no pregão da sexta-feira, marcado por uma alta de 5,02% no Ibovespa com notícia da nova equipe econômica da presidente Dilma Rousseff (PT).

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A estratégia sempre recomendada por analistas em uma situação como essa é: compre o que entrou e venda o que saiu do MSCI

Empresa Ticker Valor de fechamento em 6/11 (em R$) Valor de fechamento em 21/11 (em R$) Variação
ALL ALLL3 6,62 6,62 0,00%
BR Properties BRPR3 11,62 10,95 -5,77%
Copasa CSMG3 25,79 24,72 -4,15%
Tupy TUPY3 17,79 18,2 +2,3%
Brasil Agro AGRO3 7,84 7,7 -1,49%
Eucatex EUCA4 4,35 4,1 -5,75%
Log-In LOGN3 4,55 4,00 -12,09%
Profarma PFRM3 11,62 10,6 -8,78%
Rodobens RDNI3 9,65 10,16 +5,28%
Rossi RSID3 4,35 4,54 +4,37%
Saraiva SLED4 13,13 8,71 -33,66%

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