8 ações devem agitar a abertura da Bovespa nesta segunda-feira

Entre os destaques, a novela da Petrobras continua enquanto os acionistas da Cemig veem no radar notícia de que o governo eleito de Minas Gerais pode reduzir o valor de dividendos pagos pela companhia no próximo ano

Paula Barra

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SÃO PAULO – A semana começa com o noticiário econômico agitado e já pode mexer na abertura da Bovespa desta segunda-feira com 8 ações. Entre os destaques, a novela da Petrobras (PETR3; PETR4) continua. Sobre as investigações da empresa, foi noticiado na sexta-feira que o empresário Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano, apontado como operador do PMDB no esquema de propinas e corrupção na estatal, afirmou à Polícia Federal que começou a fazer negócios com a companhia ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, em 2001. 

Vale mencionar, no entanto, que mesmo em meio às investigações os papéis da Petrobras dispararam no último pregão diante da expectativa pelo anúncio do substituto de Guido Mantega no Ministério da Fazenda. Naquele dia, as ações dispararam quase 12%. Possivelmente esse tema pode seguir guiando os papéis da companhia por enquanto. Lá fora, os ADRs (American Depositary Receipts) da petrolífera subiam 0,74% na Bolsa de Nova York, segundo cotação das 09h33 (horário de Brasília).

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Já a BM&FBovespa (BVMF3) planeja comprar até 15% do capital das principais Bolsas em operação na América Latina, afirmou o presidente da Bolsa, Edemir Pinto, ao Financial Times. O objetivo é aumentar sua influência na região. Até o momento, foi contratado dois bancos de investimentos no mês passado para fazer as aquisições nas Bolsas do México, Colômbia, Chile, Peru e Argentina. 

Segundo a XP Investimentos, com as eventuais aquisições de participações significativas na região, a instituição se posiciona em locais que, atualmente, possuem melhores perspectivas de crescimento do que o mercado brasileiro.

Bradesco e BB

O Bradesco (BBDC3; BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) anunciaram a criação de uma empresa para atuar na área de microcrédito chamada Movera, informou O Estado de S. Paulo. A empresa foi desenvolvida para orientar, prospectar e acompanhar microempreendedores na tomada de linhas específicas de crédito. A companhia nasce com uma carteira de R$ 70 milhões e um projeto piloto de cerca de 60 mil contratos. 

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Telecom Italia e Oi

Uma reunião do Conselho de Administração da Telecom Italia, dona da TIM (TIMP3), autorizou Marco Patuano, presidente da Telecom Italia, a avaliar de forma concreta uma possível fusão com a operadora brasileira. Notícias de agências italianas não informaram o valor, mas apontaram que a Telecom Italia ainda está apurando rigorasamente a operação – o que seria mais uma onda de consolidação no setor de telecomunicação. 

Além disso, o conselho de administação da TIM aprovou na última sexta-feira a venda de até 6.481 torres de telecomunicação, hoje de propriedade da TCEL, para a American Tower do Brasil (Cessão de Infraestrutura “ATC”) pelo valor de cerca de R$ 3 bilhões, assim como contrato de alocação desses ativos no rpazo de 20 anos. 

Segundo a Guide Investimentos, essas notícias tendem a manter os ativos do setor voláteis. As ações da Oi devem se beneficiar, já que devem receber novas propostas por seus ativos no curto prazo. Vale lembrar ainda que os fundos de private equity Bain Capital e Apax devem apresentar propostas pelos ativos da operadora.

Cemig

O governador eleito em Minas Gerais, Fernando Pimental (PT), quer reduzir o valor pago em dividendos aos acionistas pela Cemig (CMIG4), informou nesta segunda-feira o Valor. O que o núcleo petista do futuro governo vê é que o valor distribuído aos acionistas é alto demais quando considera que a empresa tem que aumentar os investimentos e resolver problemas na qualidade dos serviços prestados. Atualmente, o governo mineiro é controlador da empresa e recebe 22% dos dividendos.

Para a Guide, a notícia não é negativa por si só, principalmente em um momento desfavorável para o setor elétrico, com baixo nível dos reservatórios, preços elevados no mercado à vista e possibilidade de racionamento dependendo do volume de chuvas nos próximos meses. O que parece negativo, segundo a corretora, são as incertezas na estratégia da companhia para os próximos quatro anos.