Petrobras dispara 12%, Vale tem melhor pregão desde 2009 e BB salta 9%

Ibovespa intensificou os ganhos na tarde desta sexta-feira e fechou no seu melhor pregão desde agosto de 2011 com notícia sobre Fazenda; índice tem melhor semana desde maio de 2009

Paula Barra

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SÃO PAULO – O Ibovespa intensificou os ganhos na tarde desta sexta-feira (21) e fechou no seu melhor pregão desde agosto de 2011 com notícias da Folha de S. Paulo informando que a presidente Dilma Rousseff vai anunciar Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa como titular no Planejamento, enquanto Alexandre Tombini permanecerá no Banco Central. Minutos após os rumores, o Planalto, no entanto, decidiu adiar o anúncio da nova equipe, que era esperado para ocorrer hoje. Em meio ao rumor, 11 ações do Ibovespa encerraram com alta superior a 8%, enquanto somente 4 papéis fecharam no negativo. 

Nos destaques de alta, as ações da Rossi, Petrobras (PETR3; PETR4) e Eletrobras lideram os ganhos do índice. Outros papéis do setor de construção civil, assim como siderúrgico aparecem na lista daqueles que subiram mais de 8% hoje. 

Por outro lado, figuraram os papéis das exportadoras, que caíram em meio ao movimento de queda do dólar, além da TIM (TIMP3), que fechou em baixa de 2,40%, a R$ 12,63. Fora do Ibovespa, destaque para os papéis da OSX (OSXB3), que deram sequência à sua quinta alta, período em que acumulam ganhos de 142%

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Confira os principais destaques da Bolsa hoje:

Petrobras (PETR3, R$ 13,63, +11,17%; PETR4, R$ 14,30, +11,89%)
As ações da Petrobras dispararam com nome de Joaquim Levy, ex-secretário do Tesouro e atual diretor executivo do Bradesco Asset, no Ministério da Fazenda. O mercado vê Levy como um “excelente” nome dado a sua capacidade de sozinho contrapor as diretrizes de política econômica que serão impostas, escreveu hoje a casa de research Empiricus. 

Bancos
Os papéis do setor financeiro operavam em forte alta nesta sexta-feira à espera do anúncio do novo ministro da Fazenda. A expectativa do mercado é que o setor seja beneficiado por um esperado resgate da credibilidade de uma mudança, principalmente, na Fazenda. Destaque para as ações do Banco do Brasil (BBAS3, R$ 29,83, +8,32%), Bradesco (BBDC3, R$ 39,68, +7,61%; BBDC4, R$ 41,00, +7,61%) e Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 39,98, +6,58%). 

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Segundo matéria do jornal O Estado de S. Paulo, Dilma Rousseff (PT) está reunida com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para decidir ainda hoje o nome do substituto de Guido Mantega. A escolha estaria entre Nelson Barbosa, ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, e Joaquim Levy, ex-secretário do Tesouro e atual diretor executivo do Bradesco Asset Management. 

No caso do Banco do Brasil, aparecia no radar também a notícia de que o banco teria formado uma joint venture com a Cielo, no valor de R$ 11,6 bilhões, para o segmento de cartões. Em relatório, o Bradesco disse que o anúncio é bastante positivo para o BB. “O acordo permite ao banco destravar valor sem precisar fazer um IPO (Initial Public Offering) de sua unidade de cartões”, aponta o relatório.

Vale (VALE3, R$ 23,59, +6,45%; VALE5, R$ 20,22, +6,93%)
As ações da Vale disparam após notícias vindas da China. Em sua máxima intradiária, quando as ações subiram 8,30%, cotadas a R$ 20,48, os papéis preferenciais da mineradora viveram seu melhor pregão desde 4 de maio de 2009, quando fechou em alta de 8,76%. O Banco do Povo da China (PBOC, na sigla em inglês) cortou as taxas de juros, em um movimento inesperado pelo mercado, após meses de enfraquecimento da atividade econômica do País – que é o principal destino das exportações da mineradora. Além disso, o PBOC afirmou que utilizará instrumentos monetários, caso necessário, para aumentar a liquidez do sistema bancário, nesta sexta-feira. Acompanham o movimento os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 14,89, +6,89%), holding que possui participação na Vale.  

Siderúrgicas
Nesta sexta-feira, as ações das siderúrgicas sobem em meio a euforia na Bolsa. Figuram no positivo nesta sessão os papéis da Gerdau (GGBR4, R$ 10,82, +4,04%), Gerdau Metalúrgica (GOAU4, R$ 12,64, +1,69%), Usiminas (USIM5, R$ 5,40, +7,57%) e CSN (CSNA3, R$ 6,68, +4,70%).

Cielo (CIEL3, R$ 43,25, +0,12%)
Na contramão das ações do BB, os papéis da Cielo operavam em queda hoje. Na mínima do dia, eles chegaram a cair 4,4%, a R$ 41,30. Essa, no entanto, é a primeira baixa após quatro pregões seguidos de ganhos, quando subiu 11,5%

Imobiliárias
Os papéis do setor imobiliário sobem hoje em meio ao dia de euforia na Bolsa, já que possuem um beta elevado, o que faz com que eles acompanhem a forte movimentação do Ibovespa. Aliado a isso, a queda dos contratos de DI para janeiro de 2017 também impulsionam essas ações, em meio ao maior apetite dos investidores por ativos de risco após a China anunciar corte em suas taxas de juros. Figuram no positivo hoje as ações de Gafisa (GFSA3, R$ 2,65, +10,42%), Rossi (RSID3, R$ 4,54, +13,50%), PDG (PDGR3, R$ 1,16, +9,43%), MRV (MRVE3, R$ 8,51, +7,04%) e Cyrela (CYRE3, R$ 12,40, +4,03%).

Eletropaulo (ELPL4, R$ 8,55, +10,75%)
As ações da Eletropaulo sobem forte após o BTG Pactual elevar sua recomendação. O banco revisou a classificação dos papéis para compra.  

Exportadoras
Por outro lado, os papéis de empresas voltadas à exportação operam em queda em um pregão bastante positivo no Ibovespa em meio à queda do dólar frente ao real. Um movimento como esse é ruim para essas companhias já que suas receitas são atreladas à moeda americana. Neste momento, destaque para as ações da Embraer (EMBR3, R$ 23,67, -3,47%), Suzano (SUZB5, R$ 10,52, -4,54%) e Fibria (FIBR3, R$ 30,36, -3,50%). 

JBS (JBSS3, R$ 11,98, +3,45%)
A empresa de alimentos brasileira JBS divulgou no fim da quinta-feira a compra do Grupo Primo Smallgoods na Austrália por 1,25 bilhão de dólares, além do Grupo Big Frango no Brasil por R$ 430 milhões, dando impulso ao seu plano de expansão por meio de aquisições. Segundo o diretor presidente da JBS, Wesley Batista, a transação está em linha com a estratégia da companhia de elevar sua exposição a produtos de valor agregado.

OSX (OSXB3, R$ 0,46, +15%)
Fora do Ibovespa, as ações da OSX seguem em disparada nesta sessão, dando sequência ao seu quinto pregão de ganhos, quando acumulam valorização de 142%. A empresa reportou seu balanço na noite da última sexta-feira. A companhia encerrou o terceiro trimestre com prejuízo de R$ 160,7 milhões, uma queda de 91,3% em relação ao prejuízo de R$ 1,7 bilhão registrados no mesmo período de 2013. O resultado é o atribuído aos acionistas controladores da empresa. Já a receita líquida somou R$ 221,3 milhões no terceiro trimestre desse ano, 45,7% maior frente ao igual período no ano passado, quando a receita somou R$ 151,9 milhões. 

CCX (CCXC3, R$ 0,25, +4,17%)
Depois de subirem 16,67% nesta sessão, as ações da CCX operam estáveis em meio à notícia de que o diretor presidente e de relações com investidores da empresa, Gelson Batista, deixou os cargos. Sem dar maiores detalhes, a companhia apenas informou que os postos ficarão vagos até eleição, em nova reunião do conselho de administração a ser oportunamente convocada.