BB e Eletrobras disparam, Petrobras sobe 2% com Deutsche e OSX salta 100% em 4 dias

Entre os destaques estiveram também as ações da Vale, que fecharam entre as altas, além da CSN, que fechou com queda de 4% e B2W, que vê seus papéis caírem mais de 6% hoje

Paula Barra

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SÃO PAULO – A quarta-feira (19) foi positiva para o Ibovespa, que deu continuidade aos ganhos de ontem e fechou com alta de 2,58%, a 53.402 pontos em seu melhor fechamento do mês. Nesta sessão, expectativas sobre um novo nome para o cargo de ministro da Fazenda e declarações positivas vindas de Aloizio Mercadante, da Casa Civil, que declarou que o Brasil terá que realizar reajuste fiscal. Na ponta positiva do principal índice da Bolsa estiveram as ações da Petrobras, que reagiram a um relatório do Deutsche Bank, que iniciou cobertura dos papéis com recomendação de compra. Em sua máxima intradiária as ações da estatal chegaram a disparar 5%.

Vale mencionar também que na ponta negativa do Ibovespa desta sessão hoje, estiveram os papéis das exportadoras, que sofreram nesta terça com nova queda do dólar, que fechou com perdas de 0,50%, a R$ 2,577. Além delas, as ações do setor de siderurgia também figuraram entre as perdas, com destaque para a CSN, que fechou como a maior queda do índice hoje.

Fora do Ibovespa vale mencionar os papéis da Log-in (LOGN3, R$ 4,15, -6,53%), que nesta sessão renovam sua mínima desde 2008, com seus papéis vivendo seu terceiro pregão consecutivo de queda. Vale mencionar que a companhia divulgou seus resultados para o terceiro trimestre no dia 12 e que, no ano, a companhia acumula desvalorização de 49%. Destaque também para as ações da B2W, que fecharam com forte queda na sessão desta quarta.

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Confira os principais destaques da Bolsa abaixo:

Petrobras (PETR3, R$ 12,26, +2,68%PETR4, R$ 12,78, +2,65%)

As ações da Petrobras fecharam a sessão desta quarta em alta em meio a um relatório do Deutsche Bank, que iniciou cobertura das ações da estatal com recomendação de compra. O banco destaca o potencial crescimento de produção da empresa e indica preço-alvo de R$ 18,50 a despeito das denúncias de corrupção e problemas de governança corporativa enfrentados pela companhia. Os analistas esperam desempenho financeiro e operacional sólido para a empresa. 

Bancos 

Os papéis dos bancos deram continuidade ao movimento de alta observado ontem, com o mercado mais otimista com a expectativa do novo nome para o ministério da Fazenda. Crescem no mercado apostas na nomeação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, para a Fazenda, enquanto Henrique Meirelles iria para o BC. Até o momento, no entanto, não há nada de concreto. Nesta sessão, destaque para os papéis do Banco do Brasil (BBAS3, R$ 27,54, +5,92%), Bradesco (BBDC3, R$ 36,63, +3,80%; BBDC4, R$ 38,10, +4,30%) e Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 37,51, +4,02%). 

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Exportadoras

Entre as poucas quedas desta sessão estiveram os papéis das exportadoras, que reagiram a uma nova queda do dólar. Hoje a moeda fechou com queda de 0,58%, a R$ 2,57. Vale mencionar que as companhias são prejudicadas com o movimento, já que seus lucros são cotados na moeda norte-americana. Destaque para os papéis da Fibria (FIBR3, R$ 31,46, -0,22%), Suzano (SUZB5, R$ 11,02, -0,99%) e Embraer (EMBR3, R$ 24,52, -1,05%).

Vale (VALE3, R$ 22,16, +0,59%; VALE5, R$ 18,91, +0,42%)

As ações da mineradora fecharam em alta hoje, após dois dias de perdas. Em sua mínima intradiária os papéis chegaram a queda de quase 2%, pressionados pelo preço do minério de ferro, que voltou a cair. Ontem, com a divulgação dos dados de moradias da China, os preços do minério de ferro tiveram uma forte queda (-4,4%), chegando a US$ 71,80 a tonelada. Os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 13,93, +0,58%), holding que detém ações da Vale, acompanharam o movimento e viraram para alta. 

Siderúrgicas

Nesta sessão os papéis das siderúrgicas fecharam com leves altas, mesmo após declaração de Jorge Gerdau Johannpeter, que comentou que, no momento, não há condições de fixar prazos para revisão dos preços de aço neste cenário de minério de ferro em baixa e propôs um ajuste à “realidade” do momento. Gerdau evitou, no entanto, dar projeções para o próximo ano. Para ele, se ocorrerem mudanças, serão muito pequenas, apontando que metas para investimento são consequências de perspectiva de crescimento do País. Destaque para os papéis da CSN (CSNA3, R$ 6,38, -3,92%), Usiminas (USIM5, R$ 5,02, +0,20%), Gerdau Metalúrgica (GOAU4, R$ 12,43, +0,65%) e Gerdau (GGBR4, R$ 10,40, +0,29%). 

Vale mencionar que nesta sessão a companhia descolou-se das outras siderúrgicas e renovará menor patamar desde agosto de 2013, figurando em sua oitava queda consecutiva, período em que acumula perdas de 19%. De agosto pra cá, a queda dos papéis chega a 45%. Vale mencionar que nos últimos dias a equipe do Credit Suisse divulgou relatório em que rebaixa as ações da CSN de “neutro” para “Underperform” (desempenho abaixo do mercado), equivalente à venda. O preço-alvo do papel também foi reduzido: de R$ 10,00 por ação para R$ 6,40.

Imobiliárias

As ações do setor de construção civil fecharam no positivo nesta sessão em meio à divulgação do IPCA-15, que ajudou a trazer alívio para a Bolsa. O índice de inflação brasileiro desacelerou para 0,38% em novembro, ante 0,42% em outubro. Destaque para as ações da Rossi (RSID3, R$ 0,80, +3,90%) e Gafisa (GFSA3, R$ 2,40, +7,14%), que figuravam entre os maiores ganhos do Ibovespa.  

Eletrobras (ELET3, R$ 5,69, +8,17%; ELET6, R$ 7,30, +4,43%)

Depois de caírem por cinco pregões seguidos, os papéis preferenciais da Eletrobras fecharam hoje entre as maiores altas do Ibovespa nesta quarta-feira. A companhia passou a chamar atenção em meio à expectativa de que o setor elétrico também seja investigado pela Polícia Federal. Foram emitidas notícias que a companhia decidiu investir em hidrelétrica fora do País, com uma das empresas citadas na Operação Lava Jato, que investiga corrupções na Petrobras. Na semana passada, o conselho da companhia aprovou o projeto hidrelétrico Tumarín, na Nicaragua, que será tocado com a Queiroz Galvão.  

Lojas Renner (LREN3, R$ 72,80, +1,11%)

A varejista Lojas Renner anunciou na terça-feira que seu conselho de administração aprovou acordo com o Banco Indusval para exploração conjunta de atividades de emissão, gestão, oferta e vendas de cartões de crédito das bandeiras Visa e Mastercard. A parceria terá prazo mínimo de dois anos, contados do início de suas atividades, o que ocorrerá na medida em que determinadas condições forem implementadas, conforme Acordo de Parceria Comercial. 

Em relatório, analistas da Concórdia disseram que “a notícia já era aguardada pelo mercado, por conta de nova regulamentação do Banco Central, a qual estabelece que a emissão de cartões só pode ser realizada por Instituições de Pagamento autorizadas pelo BC. Dessa forma, a companhia havia antecipado que estava analisando suas alternativas: solicitação de funcionamento como instituição de pagamento ou acordo operacional com uma instituição financeira – a escolhida”. 

Oi (OIBR4, R$ 1,41, +8,46%)

Acionistas da operadora Oi aprovaram na terça-feira o grupamento de ações proposto pelo conselho de administração, sem ressalvas, segundo ata da assembleia. A proposta era agrupar a totalidade de ações ordinárias e preferenciais na razão de dez para uma, conforme fato relevante publicado em 15 de outubro. Recibos de ações da empresa negociadas em Nova York serão agrupadas na mesma proporção.

Como resultado do grupamento, as atuais 2.861.553.190 ações ordinárias e 5.723.166.910 ações preferenciais passarão a representar 286.155.319 ações ordinárias e 572.316.691 ações preferenciais, respectivamente, segundo a ata.

Estácio (ESTC3, R$ 27,55, +2,42%)

As ações da Estácio fecharam em seu segundo pregão seguido de alta em meio ao comunicado da véspera de que a empresa adquiriu o Centro de Ensino Unificado de Teresina (Ceut) por R$ 33 milhões, passando a ter presença em todos os Estados do Brasil. O negócio será pago com recursos financeiros e assunção de dívidas e obrigações em geral, disse a Estácio em fato relevante, sem dar mais detalhes.

De acordo com analistas da Concórdia, apesar dos números aparentemente modestos em relação ao consolidado da companhia, a aquisição possui um caráter estratégico relevante. “Por meio desta operação, a companhia estará presente em todos os estados, mais Distrito Federal, e consolidará presença em uma das região mais promissoras, segundo seu plano de negócios; além de obter uma base para fusões e aquisições futuras no Nordeste. Reiteramos a visão positiva para a Estácio no longo prazo”.

OSX (OSXB3, R$ 0,40, +42,86%)

Fora do Ibovespa, destaque para as ações da OSX, que voltaram a disparar nesta sessão, registrando seu quarto pregão consecutivo de ganhos, período em que acumula impressionante valorização de 116%. Somente hoje os papéis saltaram 46,43% em sua máxima intradiária, atingindo seu maior patamar desde setembro deste ano, com um volume financeiro de R$ 1,847 milhão, bem acima da média diária dos últimos 21 pregões de R$ 368 mil. 

A empresa reportou seu balanço na noite da última sexta-feira. A companhia encerrou o terceiro trimestre com prejuízo de R$ 160,7 milhões, uma queda de 91,3% em relação ao prejuízo de R$ 1,7 bilhão registrados no mesmo período de 2013. O resultado é o atribuído aos acionistas controladores da empresa. Já a receita líquida somou R$ 221,3 milhões no terceiro trimestre desse ano, 45,7% maior frente ao igual período no ano passado, quando a receita somou R$ 151,9 milhões. 

B2W (BTOW3, R$ 27,00, -6,41%)

As ações do braço online da Lojas Americanas foram um dos principais destaques de alta do primeiro semestre do ano, após a injeção bilionária recebida pelo fundo Tiger. No entanto, os papéis vêm acumulando perdas de quase 40% desde setembro e alcançaram nesta quarta-feira seu menor patamar desde junho.