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SÃO PAULO – Depois de oscilação pela manhã, o Ibovespa passou a sustentar uma leve alta nesta terça-feira (18), retomando movimento de correção ensaiado na abertura. O índice à vista teve sua quinta queda em seis pregões na segunda com frustração dos investidores com a Petrobras e incerteza acerca do futuro governo ontem e hoje oscila entre ganhos e perdas. Às 13h11 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha leve alta de 0,26%, a 51.389 pontos, enquanto isso, o dólar caía 0,03%, a R$ 2,6004.
A crise da Petrobras tomou conta do noticiário ontem com a teleconferência da empresa explicando os resultados operacionais e o adiamento do balanço da companhia. Possibilidade de que as investigações da Operação Lava Jato da Polícia Federal, que já prendeu o ex-diretor da estatal, Renato Duque, afetem as demonstrações financeiras da petroleira assustaram investidores. O atual diretor, José Carlos Cosenza foi acusado por delatores de receber “comissões”.
Além disso, embora a Petrobras (PETR3; R$ 12,04, -0,74%; PETR4; R$ 12,51 -0,71%) tenha negado que as crescentes denúncias de corrupção tenham qualquer impacto na distribuição de dividendos da empresa, o mercado já espera que a estatal tenha dificuldades em levar o benefício aos acionistas. Ações ON da empresa ficaram 17 minutos em leilão antes de abrir.
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O mercado continua voltando suas atenções também à indicação da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT) ao Ministério da Fazenda. Os nomes mais cotados atualmente são os de Alexandre Tombini, Henrique Meirelles eNelson Barbosa. A grande esperança dos investidores é que o próximo a ocupar o cargo faça uma ponte entre o mercado e o governo, algo que a maioria acredita que não foi feito por Guido Mantega.
O atual ministro da Casa Civil, Aloysio Mercadante, que já foi citado como possível ministro da Fazenda é, segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, da Veja, o único a conversar com a presidente sobre o Ministério da Fazenda além de Fernando Pimentel e do ex-presidente Lula. Dilma e Mercadante terão reunião sobre o tema às 10h.
Segundo o analista da Leme Investimentos, João Pedro Brugger, a Bolsa deve “andar de lado” entre pequenas quedas e altas até que o novo ministro da Fazenda seja definido.
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Destaques
Papéis do Banco do Brasil (BBAS3; R$ 25,24, +0,64%) tê nova alta no pregão desta terça. O BB bateu recorde de desembolsos no crédito consignado em outubro, após o governo esticar o prazo limite dos contratos para funcionários públicos federais e aposentados. O banco federal liberou, no mês passado, R$ 5,86 bilhões em financiamento com desconto em folha, cifra 73,24% maior do que em igual período em 2013. O recorde anterior havia sido em junho de 2014, com R$ 4,6 bilhões desembolsados. O desempenho do BB se repete, em diferente escala, entre os demais bancos da modalidade.
Depois de sofrer na Bolsa ontem, Eletrobras (ELET3; R$ 5,16, -0,96%; ELET6; R$ 6,97, -4,52%) deve ter mais um dia de cautela por conta da possibilidade da empresa não distribuir dividendos este ano. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) realiza hoje às 10h (horário de Brasília) o leilão de número 4/2014, onde serão ofertados 4.634 mil Kms de linhas de transmissão divididas em 9 lotes. Os projetos estão distribuídos entre os Estados do Amapá, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul e Tocantins e contarão com 33 linhas de transmissão, além de mais de 20 subestações.
Mineradoras e siderúrgicas estão no radar com a divulgação das vendas do setor de distribuição de aço em outubro pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Ontem, o instituto informou que, apesar do aumento de 2,7% na produção de aço brasileira em outubro ante o mesmo mês de 2013, no ano, o resultado caiu 0,7%. As vendas recuaram 10,6% ante outubro do ano passado.
As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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Cenário externo
Lá fora, bolsas asiáticas recuaram nesta terça-feira em meio a realização de lucros nos mercados da China e de Hong Kong, enquanto a bolsa japonesa se recuperou em meio às expectativas de que o Japão irá optar pela eleição antecipada que pode levar a novas medidas de estímulos.
Ainda se refletem nas ações internacionais os sinais de desaceleração da China, grande motor na economia global na última década, com a queda nos preços das novas moradias.
Já na Europa, o destaque fica na conta do indicador de sentimento econômico do instituto alemão ZEW, que subiu mais do que o esperado e animou os mercados por lá. O valor do índice subiu para um ajuste sazonal de 11,5 partindo de -3,6 no mês anterior. Analistas esperavam aumento do valor do índice ZEW de sentimento econômico da Alemanha para 0,9 no mês passado.
Vale lembrar ainda que a fala do presidente do BCE (Banco Central Europeu) Mario Draghi na última segunda-feira, animou o mercado e ajudou as ações europeias a fecharem em alta. Draghi disse que as medidas de estímulo do BCE podem incluir compra de dívida governamental.
