Bolsas no exterior recuam após dados fracos na China, enquanto Nikkei tem nova máxima

A economia chinesa perdeu ainda mais força em outubro, com a indústria desacelerando e o crescimento dos investimentos batendo o menor nível em quase 13 anos

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – As ações asiáticas fecharam em queda nesta sexta-feira, na esteira de novos sinais da desaceleração do crescimento da China, enquanto o índice japonês Nikkei subiu em direção à alta semanal de mais de 3%, renovando sua máxima desde 2007. Às 7h41 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão recuava 0,15%.

A economia chinesa perdeu ainda mais força em outubro, com a indústria desacelerando e o crescimento dos investimentos batendo o menor nível em quase 13 anos. “Conforme a política monetária do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) muda para a direção do aperto monetário, o tipo de aversão a risco com origem em mercados emergentes que vimos no começo do ano pode acontecer de novo”, disse o analista de mercado da IG Securities, em Tóquio, Junichi Ishikawa.

“O Banco Central Europeu terá um papel importante em prevenir tal aversão a risco. Podemos ver a instabilidade continuar nos mercados emergentes até que estejam convencidos de que o BCE e o banco central do Japão podem fornecer sustentação global”, acrescentou.

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O índice Nikkei de Tóquio, que tem tido desempenho melhor que outras bolsas asiáticas nesta semana por expectativas de que o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, convocará uma eleição em dezembro e possivelmente adiará o aumento do imposto sobre vendas, fechou em alta de 0,56 por cento, após tocar na nova máxima de sete anos.

“O ritmo da alta está rápido demais, isso pode causar uma realização de lucros significativa a qualquer momento”, disse o chefe de portfólio da Commons Asset Management, Takatoshi Itoshima.

Na zona do Euro, os índices ficam entre perdas e ganhos com a divulgação dos números da economia, com destaque para a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) de alguns países. Na Alemanha o resultado ficou levemente acima do que era esperado, com a economia mostrando crescimento de 1,2% no terceiro trimestre do ano em relação a igual período do ano passado.

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Já a economia francesa registrou uma expansão de 0,3% no terceiro trimestre deste ano em relação ao segundo trimestre, segundo levantamento preliminar do governo francês. O resultado veio acima da expectativa dos analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, que aguardavam um avanço de 0,1%. O crescimento representa uma melhora para a segunda maior economia da zona do euro, uma vez que houve contração do seu PIB no segundo trimestre.

O crescimento econômico da zona do euro foi mais forte que o esperado no terceiro trimestre deste ano. Segundo a agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat, o PIB dos 18 países que compartilham o euro cresceu 0,2% na comparação trimestral no período de julho a setembro, após expansão de 0,1% nos três meses anteriores. Na comparação anual, a zona do euro cresceu 0,8% no terceiro trimestre, o mesmo ritmo visto no segundo trimestre, ante expectativas de mercado de expansão de 0,7%.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.