As 8 ações para monitorar na abertura do pregão desta terça-feira

Entre os destaques, a Petrobras segue no holofote com notícias negativas, enquanto a Embraer aguarda decisão que pode pautar um possível cancelamento de encomendas da Azul

Paula Barra

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SÃO PAULO – Com temporada de resultados e uma série de notícias no radar, 8 ações devem agitar na abertura do pregão desta terça-feira (11). Entre os destaques, a Petrobras (PETR3; PETR4) segue no holofote com referências negativas. Agora é sobre governança. 

Depois do Departamento de Justiça americano e a SEC estariam investigando as denúncias de corrupção na estatal, hoje, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) realiza julgamento envolvendo a Petrobras sobre governança. Os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef serão julgados pelo colegiado da CVM por terem votado nas eleições para vagas reservadas aos acionistas minoritários nos conselhos de administração e fiscal da petroleira nas assembleias de 2011 e 2012. 

Segundo a XP Investimentos, as notícias negativas devem seguir pesando sobre as ações da companhia. Mercado está menos preocupado com a divulgação do resultado, que deve ser divulgado na próxima sexta-feira, comentaram os analistas.

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Embraer
Sobre a Embraer (EMBR3), segue no radar a possibilidade de a Azul cancelar encomendas da empresa por conta de alteração na Medida Provisória 652/2014, que oferece subsídios à aviação civil regional e que pautará reunião de emergência hoje entre o relator da MP, senador Flexa Ribeiro (PDB-PA) e o líder do governo na Casa, senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Ontem, as ações da companhia caíram 4,12% na Bolsa. 

Saraiva
Na segunda-feira, as ações da Saraiva (SLED4) desabaram em meio à notícia de que o diretor da companhia Michel Jacques Levy solicitou seu desligamento da empresa, tendo trabalhado na Saraiva durante um ano. As ações da companhia fecharam em queda de 12,57%, a R$ 11,40, com volume muito acima da média, de R$ 6,8 bilhões – o maior registrado desde 24 de março. Nesta sessão ainda, os papéis renovaram sua mínima desde março de 2009.

Em nota, a companhia ainda destacou que a partir de hoje, o vice-presidente do Conselho de Administração e diretor presidente da companhia passa a liderar e coordenar o grupo executivo da empresa. A Saraiva frisa ainda que o agora ex-diretor possuía “visão estratégica, e idêntica capacidade de liderança”, tendo compartilhado “suas crenças com a companhia e prestado relevante auxílio na seleção e organização dos profissionais que hoje compõe o destacado grupo executivo da Saraiva”.

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Telefônica
A Telefônica Brasil (VIVT4), líder em telefonia móvel no Brasil com a marca Vivo, viu avanço anual de 34,5% no lucro do terceiro trimestre, a R$ 1,022 bilhão, beneficiada por menor depreciação e ganhos fiscais no período.

Já a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) teve avanço de 7% sobre o mesmo trimestre do ano passado, a 2,548 bilhões de reais. Analistas, em média, esperavam Ebitda de R$ 2,57 bilhões e lucro líquido de R$ 932 milhões, segundo pesquisa da Reuters.

Abril Educação
A Abril Educação (ABRE11) ampliou o prejuízo no terceiro trimestre na comparação anual, mas afirmou que espera iniciar 2015 com metas “mais agressivas”. A empresa teve prejuízo líquido após a participação de minoritários de R$ 18,7 milhões no período, ante resultado negativo de R$ 15,1 milhões um ano antes. 

De julho a setembro, as despesas financeiras subiram a R$ 38,1 milhões, ante R$ 28 milhões um ano antes. No segundo trimestre, a Abril Educação fez uma provisão para reestruturação de R$ 27,9 milhões referentes a gastos não recorrentes. Desse montante, já foram realizados R$ 18,2 milhões, informou a empresa.

Marcopolo
O lucro líquido da fabricante de ônibus Marcopolo (POMO4) caiu mais de 30% no terceiro trimestre, na comparação anual, pressionado por despesas financeiras maiores. 

A empresa divulgou nesta segunda-feira lucro líquido de R$ 56,7 milhões entre julho e setembro, 34,8% menor em relação aos R$ 86,9 milhões um ano antes.

Segundo a XP, o resultado da companhia foi satisfatório, dado o cenário desafiador que o setor enfrenta e resultados ruins no trimestre passado. Observamos uma boa recuperação de produção no segmento Rodoviário Interno, que apesar de manter uma receita abaixo de 2013, mostrou boa evolução com relação a performance do trimestre anterior, comentaram os analistas.

Oi
O Conselho de Administração da operadora de telecomunicações Oi (OIBR4) disse na noite de segunda-feira que a oferta pública de aquisição (OPA) da empresária angolana Isabel dos Santos pela Portugal Telecom SGPS era “inaceitável” por promover mudanças nos termos de sua fusão com a companhia portuguesa. 

O Conselho afirmou ter decidido por unanimidade rechaçar quaisquer propostas para alteração dos termos da união com a Portugal Telecom SGPS, reforçando posição da diretoria da Oi divulgada mais cedo no mesmo dia de considerar “descabida” qualquer mudança nesse sentido.