Itaú Unibanco lucra R$ 5,4 bilhões e Santander tem lucro de R$ 537 mi; veja mais balanços

Em bases recorrentes, o lucro do Itaú foi de R$ 5,457 bilhões, ante R$ 4,022 bilhões um ano antes

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A temporada de balanços esquenta, com grandes companhias divulgando os seus números para o terceiro trimestre. 

O Itaú Unibanco (ITUB4) informou nesta terça-feira que fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 5,404 bilhões, ante R$ 3,995 bilhões em igual período de 2013.   

Em bases recorrentes, o lucro da maior instituição financeira privada da América Latina foi de R$ 5,457 bilhões, ante R$ 4,022 bilhões um ano antes.

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A previsão média de analistas consultados pela Reuters apontava para lucro líquido recorrente de R$ 5,029 bilhões no trimestre.

Santander
O Banco Santander Brasil (SANB11) informou nesta terça-feira que teve lucro líquido societário de R$ 537 milhões no terceiro trimestre deste ano ante resultado positivo de R$ 528 milhões no segundo trimestre.

A carteira de crédito do Santander Brasil cresceu 3,6% no trimestre e 5,6% nos últimos 12 meses, para R$ 234,516 bilhões. Já o índice de inadimplência do banco caiu 0,8 ponto percentual e foi para 3,7% no terceiro trimestre. Também houve baixa na despesa de provisão para devedores duvidosos (PDD), que totalizou R$ 3,070 bilhões, com baixa de 13,1% em relação ao mesmo período de 2013.

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A margem financeira líquida do banco somou R$ 4,514 bilhões, com queda de 6,4% em relação ao terceiro trimestre de 2013.  

BR Properties
A companhia de investimentos em imóveis comerciais BR Properties (BRPR3) viu seu lucro subir mais de 20% no terceiro trimestre sobre um ano antes, impulsionado pela venda de ativos. O lucro líquido da companhia foi R$ 107,9 milhões entre julho e setembro, alta de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O resultado foi beneficiado pela conclusão da segunda parte da venda dos galpões industriais da empresa para a GLP, por R$ 92,1 milhões, e pela comercialização de 64 mil metros quadrados de área locável durante o trimestre, informou a empresa nesta segunda-feira.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu 21% no período, a R$ 170,7 milhões e a margem recuou de 91% para 89%. A BR Properties acertou com a Johnson & Johnson do Brasil contrato de locação cinco andares da “Torre B” do complexo de escritórios de alto padrão JK, em São Paulo, por 60 meses. A empresa ocupará uma área bruta locável de 24.971,55 metros quadrados do imóvel.

Com este contrato, a Torre B do Complexo JK, que será entregue ainda no quarto trimestre, encontra-se 88% locada. “Dado que o imóvel ainda não foi entregue, a sua locação passará a impactar (favoravelmente) a taxa de vacância da companhia apenas a partir do primeiro trimestre de 2015”, disse a BR Properties em seu relatório de resultados.

BB Seguridade
A companhia de seguros BB Seguridade (BBSE3) teve lucro líquido ajustado de R$ 822,3 milhões no terceiro trimestre, crescimento de 50,1% ante os R$ 548 milhões obtidos no mesmo período de 2013. 

A empresa controlada pelo Banco do Brasil mudou algumas projeções para o ano. A estimativa para o crescimento de prêmios emitidos na divisão de seguros de patrimônio Mapfre BB SH2, caiu de 19% a 26% para 12% a 15% em 2014.

A empresa informou que sobre o segundo trimestre, o lucro líquido caiu 2,7%, “explicado principalmente pela queda nas receitas de comissões, em razão da sazonalidade nas vendas, com maior concentração no encerramento de cada semestre”.

Multiplus
A empresa de programas de fidelidade de clientes Multiplus (MPLU3) teve avanço do lucro líquido no terceiro trimestre, apoiada em alta da receita financeira no período, informou a companhia nesta segunda-feira. A empresa teve lucro líquido de R$ 86,7 milhões no terceiro trimestre, alta de 39,4% na comparação com o mesmo período de 2013 e de cerca de 8% sobre o segundo trimestre deste ano.

Na semana passada, a rival Smiles, rede de fidelidade da companhia aérea Gol, divulgou queda de 5,4% no lucro líquido, a R$ 59,6 milhões. A receita líquida da Multiplus atingiu R$ 485,3 milhões entre julho e setembro, 3,1% maior na comparação anual. A rede de fidelização teve incremento de 11,7% em sua base de participantes, com 13,3 milhões de membros.

A empresa atribuiu o crescimento à ampliação das parcerias no período, como a fechada com a montadora de veículos Peugeot e outras com os clubes de futebol Corinthians e Flamengo, segundo comunicado. A receita financeira foi de R$ 35,7 milhões, avanço de 37,4% na comparação com o mesmo período de 2013, apoiada em compra antecipada de passagens aéreas junto à TAM e aumento do CDI.

O faturamento de pontos totalizou R$ 549,6 milhões, avanço de 2,5% sobre igual período de 2013. O faturamento de pontos da TAM subiu 7,3%, enquanto os de bancos, varejo, indústria e serviços teve alta de 2%. Os pontos emitidos subiram 2,6% sobre um ano antes, enquanto os pontos resgatados tiveram queda de 7,7%.

Ainda nesta segunda-feira, a Multiplus informou que seu conselho de administração aprovou proposta de pagamento de cerca de R$ 82,4 milhões em remuneração aos acionistas. Segundo ata da reunião, serão R$ 79 milhões em dividendos intermediários e R$ 3,4 milhões em juros sobre capital próprio. Acionistas com posição na empresa em 6 de novembro terão direito ao pagamento a partir de 20 de novembro.

MMX
A mineradora MMX (MMXM3) informou nesta segunda-feira prejuízo líquido de R$ 1,891 bilhão no segundo trimestre de 2014, ante prejuízo de R$ 441,5 milhões no mesmo período do ano passado. “Este resultado no trimestre é fundamentalmente consequência do teste de recuperabilidade de ativos realizado pela companhia no 2T14, desdobrando em um reconhecimento de impairment (baixa contábil) de R$ 1,807 bilhão”, afirmou a companhia em nota nesta segunda-feira.

A baixa contábil é relativa ao valor remanescente contabilizado para as operações correntes e para o projeto de expansão da unidade Serra Azul de sua subsidiária MMX Sudeste Mineração, que se encontra em processo de recuperação judicial, disse e empresa em fato relevante na semana passada

O atraso na divulgação das demonstrações financeiras do segundo trimestre, publicado apenas agora em plena temporada de resultados do terceiro trimestre, decorreu, segundo a empresa, do entendimento da administração de que tal divulgação deveria não somente contemplar informações financeiras relativas ao período, mas também a revisão do plano de negócios da companhia.

“No cenário de retração de preços vigente no mercado, a viabilidade de novos projetos de minério de ferro passa a ser questionada mundialmente e a capacidade da Companhia em atrair novos sócios que possam dar continuidade ao Projeto de Expansão de Serra Azul é sensivelmente afetada”, disse.

A empresa do grupo de Eike Batista acrescentou que as atividades operacionais da mineradora permanecem interrompidas na presente data.

“A companhia esclarece que a paralisação das atividades na mina de Serra Azul mostrou-se necessária em decorrência não somente da prolongada retração dos preços do minério de ferro no mercado internacional, mas também em função de restrições operacionais impostas pelo órgão ambiental do Estado de Minas Gerais”, frisou a MMX, acrescentando estar empenhada em buscar uma solução junto às autoridades.

Para fazer frente às demandas deste cenário, a companhia implementou uma série de medidas que buscaram preservar o caixa da empresa. “Mediante concordância do acionista controlador e sujeito à ratificação do seu Conselho de Administração, a MMX ajuizou em 16/10/2014… pedido de recuperação judicial… da sua subsidiária MMX Sudeste Mineração S.A…”, afirmou, ressaltando que o pedido configurou-se como a alternativa mais adequada diante da situação econômico-financeira da companhia.


(Com Reuters)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.