Após melhor semana desde o início do rali, Ibovespa consegue fechar o mês em alta

Depois de cair com força após pesquisas, Bolsa sobe na semana após a reeleição da presidente Dilma Rousseff

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – No mês marcado pelas eleições, a Bolsa teve uma alta inesperada de 0,96%. Nesta semana depois da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o Ibovespa subiu 5,18%, com otimismo trazido pela alta da Selic na reunião do Copom de quarta-feira, sinalizando um combate mais forte do governo à inflação. Foi a melhor semana da Bolsa desde o começo do “rali eleitoral” em março. 

Começando em queda com notícias de desidratação da campanha de Marina Silva (PSB) quando ela ainda era considerada a principal concorrente de Dilma, o índice subiu com a surpresa da quantidade de votos que o candidato Aécio Neves (PSDB) recebeu no primeiro turno, 10% a mais do que o que os institutos de pesquisa mostravam.

A segunda-feira (6) depois das eleições foi um dia de euforia, com alta de 4,72% do Ibovespa, que chegou a subir quase 8% na máxima. Pesquisas eleitorais seguintes mostrando o tucano na frente da presidente fizeram com que a Bolsa subisse até atingir 58.015 pontos no dia 14, quando o Instituto Veritá mostrou Aécio com 57% das intenções de voto ante 43% de Dilma.

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Nas semanas seguintes, a petista ganhou terreno e passou a aparecer na frente de Aécio nas pesquisas. No dia 23, o Ibovespa caiu 3,23% após Datafolha e Ibope mostrarem Dilma à frente do tucano fora da margem de erro pela primeira vez desde o início do segundo turno. 

Após as eleições, a Bolsa caiu 2,77%, tendo o mercado já precificado o resultado das urnas e se voltado mais aos fundamentos. Exportadoras e papéis mais defensivos como os das empresas de educação e infraestrutura tiveram alta enquanto o “kit eleições”, composto por ações de estatais e bancos caiu como o esperado. 

O que moveu o Ibovespa depois foram as especulações sobre o ministro da Fazenda que Dilma deve nomear. Nomes de Henrique Meirelles, Luiz Carlos Trabuco e Nelson Barbosa foram sugeridos pelo ex-presidente Lula. 

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Também teve forte peso o comunicado do FOMC – Comitê Federal de Mercado Aberto – na quarta-feira (29), dando fim ao programa de estímulos à economia conhecido como “Quantative Easing”. O fim da compra de ativos pela autoridade monetária norte-americana trouxe uma queda de 2,4% à Bolsa, recuperada nos dois últimos dias com a alta da Selic, mostrando que o governo deve combater com mais força a inflação e as expectativas por um reajuste nos preços de combustíveis. No último pregão do mês, a Bolsa subiu 4,38%.

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