Oi dispara 15% com rumor de oferta pela TIM; Petrobras sobe 4% à espera de reajuste

Ainda entre os destaques, as ações da Suzano sobem depois de resultado e puxam os papéis da Fibria; ações da Magazine Luiza também recebem positivamente o balanço do 3° trimestre

Paula Barra

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SÃO PAULO – Com a temporada de balanços do terceiro trimestre ganhando força e uma série de notícias no radar, a Bolsa tem um pregão bem agitado nesta sexta-feira (31) e acelera ganhos nesta tarde. Entre os destaques, as ações do setor de telecomunicação, que disparavam em meio a rumores de que a Oi pode ser vendida e fatiada entre Claro, Vivo e TIM, enquanto os papéis das construtoras avançam puxados pela valorização da PDG Realty após resultado. A Petrobras também ganha força em meio a notícias sobre reajuste. Confira os principais destaques da Bolsa de hoje, segundo cotação das 16h04 (horário de Brasília):

Teles
As ações do setor de telecomunicação disparam hoje com a notícia da Folha de S. Paulo de que a Vivo (VIVT4, R$ 49,88, +6,58%) e Claro fecharam um acordo com o banco BTG Pactual (BBTG11, R$ 31,19, +2,43%), em conjunto com a Oi (OIBR4, R$ 1,33, +15,65%), para comprar a TIM (TIMP3, R$ 13,17, +12,76%) e depois reparti-la em três. O negócio poderia chegar ao valor de R$ 31,5 bilhões. Hoje, o valor de empresa da TIM é de R$ 29,2 bilhões, ou seja, se confirmada a operação a ação teria um prêmio de 7,64% em relação ao fechamento de ontem, apontou a XP Investimentos. 

Com o negócio, a Oi reduzirá seu endividamento para bancar parte na oferta da TIM, com a oferta estando condicionada à venda, por parte da Oi, da Portugal Telecom em Portugal, um negócio que pode ser fechado já na próxima semana. Há ainda notícia de que, nas conversas com o BTG Pactual, a Telecom Italia disse que a TIM Brasil não estaria à venda e fez contraproposta para fusão com a Oi, mas que só seria fechado caso assumisse o controle da nova empresa. Nesta hipótese, a Telecom Italia pagaria R$ 3 por ação da Oi, praticamente o dobro do seu valor no mercado. Apesar da euforia do mercado, o presidente do conselho da Telecom Italia afirmou nesta sexta-feira que não recebeu nenhuma oferta para vender a TIM Brasil. 

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Petrobras (PETR3, R$ 14,36, +4,21%; PETR4, R$ 14,94, +4,33%)
As ações da Petrobras acentuam ganhos nesta tarde à espera do anúncio de reajuste dos preços dos combustíveis. Postos já trabalham com um aumento dos preços na bomba de cerca de 6% a partir de amanhã, a meia noite. A Petrobras deve anunciar o reajuste ainda hoje, até o final da tarde. 

Bancos
Impulsionadas ontem pelo resultado do Bradesco, que agradou os analistas do mercado, as ações do setor financeiro voltam a subir hoje: Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 36,46, +2,47%), Itaúsa (ITSA4, R$ 9,79, +2,41%), holding que detém participação no Itaú, Bradesco (BBDC4, R$ 36,82, +2,14%) e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 27,50, +0,92%). Na véspera, esses papéis chegaram a subir cerca de 7%. A exceção é Santander (SANB11), que segue descolado do setor por conta da OPA (Oferta Pública de Aquisição) – conforme apresentado abaixo.  

Santander (SANB11, R$ 13,38, -6,24%)
Os papéis do Santander desabam um dia após a OPA (Oferta Pública de Aquisição). Segundo a XP Investimentos, a distorção entre o resultado operacional do banco e o preço observado no mercado, além da perda de liquidez das units após a oferta, corroboram para essa queda. A corretora aponta ainda para a possibilidade do Santander deixar o Ibovespa, o que pode estar levando fundos atrelados ao índice a se desfazerem do papel. 

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Ambev (ABEV3, R$ 16,22, +3,25%)
Depois de figurarem na segunda maior queda do Ibovespa, as ações da Ambev se recuperam após divulgação de dados do terceiro trimestre. A maior empresa de bebidas da América Latina teve alta no lucro no terceiro trimestre, beneficiada por um melhor resultado financeiro ante igual etapa do ano passado, mas viu o volume de cervejas cair no Brasil em um período também marcado por compressão nas margens. Entre julho e setembro, o lucro líquido da companhia somou R$ 2,89 bilhões, alta de 23% sobre um ano antes. O resultado ficou exatamente em linha com a média de estimativas de analistas em pesquisa da Reuters. 

PDG (PDGR3, R$ 1,24, +11,71%)
A PDG aparece entre as maiores altas do Ibovespa nesta manhã após divulgação de resultado do terceiro trimestre. A incorporadora teve prejuízo de R$ 174,7 milhões no terceiro trimestre ante resultado negativo de R$ 111,3 milhões um ano antes, informou a companhia nesta quinta-feira. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 111,5 milhões entre julho e setembro, avanço de 64% na comparação anual. 

A alta do papel da PDG hoje puxa outras ações do setor de construção na Bolsa, com destaque para MRV Engenharia (MRVE3, R$ 8,10, +4,11%), Gafisa (GFSA3, R$ 2,68, +8,50%) e Rossi (RSID3, R$ 0,99, +10,0%).

Suzano (SUZB5, R$ 10,14, +3,89%)
A Suzano vê suas ações subirem nesta sessão depois do balanço do terceiro trimestre. A empresa divulgou nesta quinta-feira um prejuízo de R$ 362 milhões no terceiro trimestre, revertendo lucro líquido de R$ 43 milhões um ano antes, num resultado prejudicado por efeitos da forte depreciação do real frente ao dólar. O prejuízo já era aguardado pelo mercado, mas veio acima da expectativa média de analistas em pesquisa da Reuters, que via prejuízo de R$ 293 milhões no período. Acompanham o movimento as ações da Fibria (FIBR3, R$ 28,99, +3,35%), também do setor de papel e celulose. 

Magazine Luiza (MGLU3, R$ 8,36, +5,96%)
As ações da Magazine Luiza sobem forte hoje após divulgação do resultado. A empresa de móveis e eletrodomésticos registrou avanço anual de 65,8% no lucro líquido do terceiro trimestre, a R$ 42,1 milhões, beneficiada por aumento de vendas e melhorias operacionais no período. Entre julho e setembro, a receita líquida da companhia subiu 18,3% ante igual etapa do ano passado, a R$ 2,4 bilhões. 

Segundo a Planner Corretora, a empresa teve um bom resultado, mostrando consistência nos seus resultados. “Acreditamos que com a maturação das novas lojas e com o crescimento do mercado em áreas em que a empresa é mais competitiva, os resultados deverão seguir em evolução nos próximos períodos”, disseram os analistas. 

Fleury (FLRY3, R$ 15,65, +4,33%)
As ações do Fleury sobem forte hoje após divulgação de balanço. A companhia registrou no terceiro trimestre aumento nas últimas linhas do balanço. O lucro líquido cresceu quase 70% para R$ 31 milhões no período, enquanto o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 97,5 milhões, alta de 29% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida avançou apenas 2,8% para R$ 452,3 milhões no terceiro trimestre. 

BicBanco (BICB4, R$ 6,30, -5,12%)
As ações do BicBanco caem hoje em meio à notícia de que sua controladora CCB Brazil Financial Holding, subsidiária do China Construction Bank, entregou notificação ontem indicando que o preço pago pelo banco estaria sujeito a um ajuste de redução de aproximadamente R$ 287,8 milhões. O montante corresponde a uma diminuição de R$ 1,58 por cada ação ordinária ou preferencial do banco, com o valor final da transação ficando em aproximadamente R$ 7,32 por papel.