Vale derrete e Bradesco dispara 6% após balanço; BR Malls sobe 7% e Totvs cai 6%

Acompanhe a atualização dos principais destaques de ações da Bolsa nesta quinta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em uma sessão positiva para o Ibovespa, o mercado divide suas atenções entre resultados, elevação da Selic e um possível aumento dos preços dos combustíveis. A temporada de resultados ajuda hoje na alta do Bradesco, enquanto um balanço ruim derruba os papéis da Vale nesta quinta-feira (30). Enquanto isso, a surpresa elevação da Selic para 11,25% e a forte queda do dólar pesam para exportadoras e companhias ligadas à este cenário cambial. Na ponta positiva do Ibovespa, aparecem as ações da BR Malls (BRML3), que disparam 7,56%, a R$ 19,07, segundo cotação das 15h04 (horário de Brasília). Veja os destaques:

Bradesco (BBDC3, R$ 34,23, +6,01%; BBDC4, R$ 36,05, +6,78%)
Refletindo o balanço do terceiro trimestre, as ações do Bradesco lideram os ganhos do Ibovespa nesta manhã e puxam outros papéis do setor de bancos, como Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 35,30, +7,23%), Itaúsa (ITSA4, R$ 9,49, +6,87%), holding que detém participação do Itaú, e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 27,20, +6,83%).

O primeiro do setor financeiro a reportar seu resultado, o Bradesco mostrou lucro líquido de R$ 3,875 bilhões no terceiro trimestre, crescimento de 28,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A previsão média de sete analistas consultados pela Reuters apontava lucro recorrente de R$ 3,849 bilhões.

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Gol (GOLL4, R$ 12,19, +4,28%)
As ações da Gol sobem forte hoje em meio à queda do dólar nesta sessão. Como boa parte dos custos da empresa são em moeda americana, o movimento beneficia a companhia. Na máxima do dia, os papéis da empresa chegaram a subir 5,05%, a R$ 12,28. Em sua mínima do dia, a moeda norte-americana chegou a cair quase 3% e perder os R$ 2,40.

Vale (VALE3, R$ 23,90, -3,47%VALE5, R$ 20,69, -3,59%)
As ações da Vale derretem nesta quinta-feira após resultado do terceiro trimestre vir abaixo das expectativas do mercado. Com esse desempenho, a Vale renova mínima de julho de 2009. Acompanham o movimento os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 15,80, -3,89%), holding que detém participação nas ações da Vale.

A mineradora reverteu lucro em prejuízo líquido de R$ 3,38 bilhões entre os meses de julho e setembro, ante estimativa média de lucro de R$ 4,43 bilhões feita por analistas consultados pela Bloomberg. Segundo o BTG Pactual, a primeira leitura é que o resultado foi bem fraco, com volumes ruins no segmento de minério de ferro (8% abaixo do esperado), por conta do bloqueio na ferrovia de Carajás, além da estratégia de formação de estoques da companhia na Malásia. 

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Siderúrgicas
As ações das siderúrgicas caem forte hoje em meio à queda do dólar e há um dia da divulgação do resultado da Usiminas (USIM5), que, segundo analistas do mercado, foi fraco no terceiro trimestre. Entre as maiores baixas do Ibovespa, aparecem as ações da CSN (CSNA3, R$ 7,71, -3,63%), Usiminas (R$ 5,34, -2,38%), Gerdau (GGBR4, R$ 10,72, -2,10%) e Gerdau Metalúrgica (GOAU4, R$ 12,89, -2,50%). Com essa queda, a Usiminas bate hoje seu menor patamar em 10 anos. 

Exportadoras
As ações de empresas voltadas à exportação caem hoje em meio à desvalorização do dólar frente ao real. Destaque para as ações da Suzano (SUZB5, R$ 9,76, -2,89%), Fibria (FIBR3, R$ 27,89, -2,52%), Embraer (EMBR3, R$ 22,58, -2,55%) e Braskem (BRKM5, R$ 17,03, -3,24%). 

Petrobras (PETR3, R$ 13,62, +0,67%; PETR4, R$ 14,19, +1,21%)
Depois de cair forte ontem, as ações da Petrobras sobem mais de 4% em meio à notícia de reajuste dos combustíveis. Segundo informações do Valor, o conselho de administração da Petrobras se reúne amanhã e deve tratar sobre o reajuste. Com a queda dos preços internacionais do petróleo, a expectativa é de que o aumento seja na casa dos 4% a 5%. Ontem à noite, no entanto, o conselheiro da estatal Sílvio Sinedino disse à Reuters que acredita ser difícil que um reajuste da gasolina seja decidido na reunião do colegiado marcada para sexta-feira.

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Totvs
Fora do Ibovespa, merece menção ainda as ações da Totvs (TOTS3, R$ 34,50, -5,87%), que desabam hoje após divulgação do resultado do terceiro trimestre. A companhia encerrou o período com crescimento de 8,6% na receita líquida e com Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) praticamente estável em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Segundo a Concórdia, os resultados da empresa vieram abaixo das expectativas e refletem um ponto de transição em suas operações, com o lançamento de nova plataforma e gradativo aumento do foco em taxas de manutenção, em detrimento das de licenciamento. A corretora destaca, no entanto, que está otimista com o futuro da Totvs, apesar da desconfiança com a fraca demanda das empresas de maior porte, ressaltando que no curto prazo ainda tende a ser desfavorável.