Ibovespa despenca mais de 4% com vitória de Dilma nas urnas; dólar chega a R$ 2,56

Ibovespa despenca após reeleição da presidente Dilma Rousseff; dólar chegou a superar R$ 2,56, atingindo a máxima de 2008

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa tem queda nesta segunda-feira (27) após reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Investidores que ainda esperavam uma vitória de Aécio Neves (PSDB), começaram uma corrida para vender ativos, que amenizou levemente no fim da manhã. Às 12h44, o índice da Bolsa caía 4,68%, a 49.507 pontos. Analistas já avaliam a possibilidade da Bolsa cair 10% na primeira hora. Já o dólar sobe 2,7% R$ 2,52, chegando a superar R$ 2,56, atingindo a máxima de 2008.

Dilma foi reeleita com 51,64% dos votos e Aécio Neves obteve 48,36%. A diferença entre os dois foi de 3.459.963 de votos, bastante apertado. No discurso ontem, a presidente falou em união e diálogo como compromisso. Ela ainda mencionou a reforma política e acrescentou que uma das suas primeiras medidas antes da posse será promover ações “com urgência” para retomar o crescimento econômico do País. Além disso, Dilma prometeu avanços em relação a responsabilidade fiscal e combate a inflação. 

O mercado agora olhará para sinalizações de mudança ou continuidade na política macroeconômica da atual gestão para o futuro. Indicações de nomes para ministro da Fazenda e presidente de Banco Central devem causar oscilações na Bolsa durante as próximas semanas.

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Mercado ainda deve repercutir os resultados do relatório Focus, divulgado às 8h00. Destaques ficam com a Selic, que segue em 11% em 2014, mas cai para o final de 2015 de 11,88% para 11,50%. Expansão do PIB em 2014 segue em 0,27%, enquanto para 2015, a projeção segue em 1%. 

Destaques
Queda generalizada nas ações que convencionou-se chamar de “kit eleitoral” – composta por estatais e bancos – por estarem mais sujeitas às alterações na corrida presidencial são as que mais sofrem neste pregão. Petrobras (PETR3, -11,85%, a R$ 13,84; PETR4, -12,94%, a R$ 14,19), Eletrobras (ELET3, 12,17%, a R$ 5,34; ELET6, -10,18%, a R$ 8,21), Itaú (ITUB4, 4,43%, a R$ 31,68), Bradesco (BBDC3, -5,75%,a R$ 31,00; BBDC4, -5,74%, a R$ 31,72) caíam 9% e Banco do Brasil (BBAS3, -7,53%, a R$ 23,81) despencava 12% registravam queda forte.

Queda dos bancos diverge dos seus resultados, uma vez que levantamento feito com base nas projeções de sete casas de análise mostrou que o lucro líquido do grupo formado por Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander crescerá 19,24% na comparação com igual trimestre do ano passado.

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 Do outro lado, exportadoras como Embraer (EMBR3, +0,13%, a R$ 22,62), Fibria (FIBR3+4,43%, a R$ 28,53) e Suzano (SUZB3, +1,92%, a R$ 10,10) subiam alavancadas pela alta do dólar, uma vez que a receita dessas empresas se dá na moeda americana. BoFA eleveou a recomendação das ações da Fibria.

As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 PETR4 PETROBRAS PN 14,18 -13,01 -11,64 1,43B
 ELET3 ELETROBRAS ON 5,34 -12,17 -4,11 20,40M
 PETR3 PETROBRAS ON 13,81 -12,04 -10,55 694,17M
 BRPR3 BR PROPERT ON 11,21 -10,25 -12,39 45,43M
 ELET6 ELETROBRAS PNB 8,22 -10,07 -4,90 17,05M

As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:

Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 FIBR3 FIBRIA ON 28,55 +4,50 +3,26 79,42M
 ESTC3 ESTACIO PART ON 24,75 +3,47 +22,28 93,32M
 SUZB5 SUZANO PAPEL PNA 10,10 +1,92 +11,08 65,17M
 CIEL3 CIELO ON 37,16 +1,81 +17,28 143,96M
 BRKM5 BRASKEM PNA 17,78 +0,79 -12,11 31,93M

Cenário externo
Nos EUA, as bolsas operam em baixa por conta de perdas nas empresas de enrgia com a queda do preço do petróleo. Os mercados americanos seguem a baixa registrada também na Europa, que sofre com o fracasso dos bancos italianos nos testes de estresse promovidos pelo Banco Central Europeu. Ao todo, 25 bancos da zona do euro foram reprovados em exames que visavam avaliar a capacidade das instituições de resistir a uma nova crise econômica. Mercados também anularam ganhos após dado de confiança empresarial abaixo do esperado na Alemanha.

Os investidores ainda prometem reagir à ata do FOMC marcada para esta quarta-feira (29), na qual a autoridade monetária deve encerrar programa de compra de ativos esta semana.