BB desaba 20% e Petrobras cai 14% em semana pré-eleição; veja destaques

Diante das incertezas sobre o resultado do segundo turno, as ações do "rali eleitoral" foram abaixo no período: BB e Petrobras aparecem entre as maiores quedas do Ibovespa

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em semana movimentada pré-eleição, o mercado reagiu ao tom das pesquisas de intenções de votos. Diante das incertezas sobre o resultado do segundo turno, as ações do “rali eleitoral” foram abaixo. Somente os papéis do Banco do Brasil (BBAS3), que lideraram as quedas do Ibovespa na semana, caíram 19%, enquanto os da Petrobras (PETR3; PETR4) desabaram mais de 14%.

Todo o pessimismo, no entanto, teve uma trégua nesta sexta-feira (24) – último dia para os investidores se posicionarem antes do pregão decisivo de segunda-feira, um dia após definir o cenário que se abriu na Bolsa em março em meio às pesquisas eleitorais. Diante de trackings favoráveis a uma mudança de governo apresentados hoje, o mercado começou a ver a candidata a reeleição Dilma Rousseff (PT) perdendo espaço, contrariando as pesquisas Datafolha e Ibope divulgadas na quinta-feira. Ontem, os dois institutos mostraram Dilma à frente de Aécio Neves (PSDB) fora empate técnico pela primeira vez neste segundo turno.  

Ontem, quando o mercado ainda via um cenário mais favorável a reeleição de Dilma, as ações da Petrobras atingiram o menor patamar desde 15 de abril, assim como o Ibovespa, que chegou a cair 3,24%. Na semana, o índice encerra em queda de mais de 5%, mesmo com a alta de 2% nesta sessão. Além delas, os papéis do Itaú Unibanco (ITUB4), que caem x% na semana, bateram ontem a mínima desde julho, assim como Bradesco (BBDC3; BBDC4). As ações do Bradesco recuaram x% no período, no caso das preferenciais.  

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Quem subiu?
Do lado aposto, aparecem as ações que ganharam com a disparada do dólar. Enquanto a Bolsa desabou de segunda a quinta-feira, a moeda americana saltou 3,5%. Com isso, os papéis de empresas com perfil exportador disparam, como foi o caso de Fibria (FIBR4), CSN (CSNA3) e Suzano (SUZB5), que lideraram os ganhos do Ibovespa na semana.  

Segundo uma pesquisa realizada pela XP Investimentos, com 128 gestores, a projeção em caso de reeleição de Dilma – o cenário que até a véspera era visto como o mais provável pelo mercado – é que o Ibovespa recue até 44.800 pontos, enquanto o dólar suba – o que favorecia setores como papel e celulose e frigoríficos.

Mesma perspectiva apontada pelo UBS, em relatório desta semana. Para os analistas do banco, em um cenário de manutenção da situação, o Ibovespa deve cair até 48.000 pontos e o câmbio subir para a faixa de R$ 2,60 e R$ 2,70. Nesta hipótese, as ações que mais ganhariam seriam aquelas beneficiadas pelo câmbio, citandom além das que figuraram como as maiores altas do Ibovespa na semana, Embraer (EMBR3, R$ 22,59, +2,08%), JBS (JBSS3, R$ 9,70, -5,73%) e BRF (BRFS3, R$ 57,20, -5,06%). (Para conferir o relatório completo, clique aqui).

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Confira as maiores altas e quedas do Ibovespa na semana:

Maiores altas Maiores quedas
Empresa Ticker % Empresa Ticker %
Fibria FIBR3 +10,47% Banco do Brasil BBAS3 -19,51%
Suzano SUZB5 +9,02%  PDG Realty PDGR3 -16,00%
CSN CSNA3 +7,90%  Petrobras PN PETR4 -14,61%
Usiminas USIM5 +5,78%  Marfrig MRFG3 -13,80%
Braskem BRKM5 +5,44%  Petrobras ON PETR3 -13,64%