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SÃO PAULO – A apenas dois dias das eleições, quando se definirá o cenário que se abriu na Bolsa em março em meio às pesquisas de intenção de voto, o mercado se prepara para o dia seguinte. Analistas já vêm comentando que esperam ou por uma disparada de 10% do Ibovespa no caso de vitória de Aécio Neves (PSDB) ou queda de 10% em caso de reeleição de Dilma Rousseff (PT) – o chamado “call” binário que vem fazendo “preço” nos principais ativos da Bolsa há longos meses.
Durante esses sete meses, o que o mercado viu foi uma arrancada das ações de estatais e bancos, que em meio à uma expectativa de mudança de governo começaram a ganhar força na Bovespa. Somente Petrobras (PETR3; PETR4), uma das protagonistas do “rali eleitoral”, disparou 108% de março até o início de setembro (maior patamar desde junho de 2010), embora de lá para cá, no entanto, em meio ao aumento das incertezas sobre o rumo das eleições tenha perdido mais da metade do movimento. Daquela máxima até o pregão de ontem (22), os papéis da estatal caíram 35%.
Diante dessas últimas movimentações da Bolsa, que tem sido guiada pelas eleições, quais são as ações e os setores que comemorariam uma vitória de Dilma e quais entrarão em euforia com Aécio eleito? Confira abaixo:
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1°) Em caso de reeleição de Dilma:
O mercado trabalha com um cenário de forte valorização do dólar caso Dilma vença e queda do Ibovespa. Enquanto uma pesquisa feita pela XP Investimentos, com 128 gestores, aponta valorização do dólar e Ibovespa a 44.800 pontos, um relatório do UBS indica a Bolsa próxima a 48.000 pontos e um câmbio entre R$ 2,60 e R$ 2,70.
Diante desse cenário, eles são unânimes: quem ganha são as ações beneficiadas pela escalada do dólar, ou seja, setores como papel e celulose e frigoríficos. Entre as ações, o UBS aponta Fibria (FIBR3), Suzano (SUZB5), JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3), por exemplo.
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Há também apostas para o setor de educação, que não deve sofrer ruptura nos programas de financiamento estudantil. O UBS aponta Estácio (ESTC3) e Kroton (KROT3). A XP cita ainda o setor de cartões de crédito, com poucas mudanças e menor efeito, o que deve o tornar atrativo em caso de reeleição.
Por outro lado, quem perderá são os setores de petróleo e gás, por conta da interferência governamental (desde 2010, a linha abastecimento de combustíveis vem apresentando prejuízos); financeiro, uma vez que se as mudanças não forem efetuadas, os créditos das empresas apresentarão forte queda; elétrico, outro setor que apresenta forte interferência governamental; varejo, outro setor que tende a sofrer devido à restrição na concessão de crédito, aponta a pesquisa da XP.
2°) Em caso de vitória de Aécio Neves:
Já para um cenário pró-Aécio o mercado estima forte alta para o Ibovespa: a pesquisa da XP aponta o índice deve ir para 66.200 pontos, enquanto o UBS projeta uma alta para 65.000 pontos e dólar por volta de R$ 2,45.
Em meio às projeções, o mercado espera que os setores que terão melhores performances caso Aécio vença serão: financeiro, com possibilidade de melhora fiscal; petróleo e gás, que se beneficia em caso de alternância de poder, pois se espera uma menor interferência governamental na companhia; elétrico, que compõe o quadro de menor interferência no governo e repasse dos custos para as contas de luz; e educação, que acaba se beneficiando com os dois cenários, indicam os analistas da XP. Mesmos setores apontados pelo UBS, que inclui ainda a Gol (GOLL4).
Veja as melhores ações para comprar nos dois cenários:
1°) Cenário
* Fonte: UBS |
2°) Cenário