Fibria sobe até 3% com resultados, Petrobras volta a cair e Marisa segue em alta

Bancos fecham entre leves perdas e ganhos, imobiliárias caem mais de 2% e Sabesp fecha em alta após notícia de que dará desconto na conta d'água para quem reduzir o consumo entre 10% e 20%

Paula Barra

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SÃO PAULO – A sessão desta quarta-feira (22) foi praticamente toda de alta, mas o Ibovespa acabou virando para o negativo na última hora de pregão, recuperando logo depois e fechando praticamente estável, com leve queda de 0,04%, a 52.412 pontos, após ter chegado a subir 1,52% hoje tentando buscar recuperação do “susto” de ontem. No radar do investidor esteve uma nova pesquisa eleitoral Datafolha, que seguiu o mesmo resultado da anterior: Dilma (PT) com 52% das intenções de voto, contra 48% de Aécio (PSDB).

Os destaques desta quarta ficaram por conta, novamente, da estatal Petrobras, que tentou uma recuperação durante a manhã – quando chegou a subir mais de 3% -, mas não conseguiu segurar a alta até o fechamento, com seus papéis finalizando o pregão em queda. Vale mencionar que BB e os bancos privados também seguiram o movimento e fecharam entre leves ganhos e perdas.

A temporada de resultados chegou na segunda-feira para tirar um pouco da atenção dos investidores das pesquisas eleitorais, e nesta quarta já traz alguns destaques no pregão. Um exemplo são as ações da Fibria, que nesta manhã divulgaram resultados acima do esperado pelos analistas e fecharam em seu quarto pregão consecutivo de alta, período em que acumularam valorização de 7%.

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Já na ponta negativa do Ibovespa, estiveram 10 papéis que fecharam com quedas superiores a 2%. Entre eles, destaque para as ações da ALL (ALLL3, R$ 5,31, -4,67%), além de companhias do setor imobiliário como Rossi (RSID3, R$ 0,88, -2,27%), PDG Realty (PDGR3, R$ 1,04, -2,80%) e Gafisa (GFSA3, R$ 2,82, -1,40%).

Fora da principal carteira de ações da Bolsa, chamou atenção ainda a Lojas Marisa (AMAR3, R$ 15,29 +0,59%), que voltou a disparar 6% nesta terça, em seu terceiro pregão seguido de alta. Os papéis da companhia dão continuidade ao movimento de forte alta visto na segunda-feira, quando as ações driblaram o dia ruim na Bolsa e chegaram a subir 6% com um “short squeeze”. (Saiba mais clicando aqui). 

Confira os principais destaques da Bolsa hoje:

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Petrobras (PETR3, R$ 16,05, +0,86%; PETR4, R$ 16,61, +0,42%)
As ações da estatal fecharam a sessão desta quarta-feira com altas bem mais tímidas do que o início da manhã, quando chegaram a subir 3,4%. Mesmo assim, o dia foi foi mais positivo para a petrolífera do que a terça-feira, dia em que chegou a cair 7%.

Esta quarta-feirafoi marcada por uma nova pesquisa eleitoral Datafolha, que trouxe o mesmo resultado da anterior: Dilma (PT) segue com 52% dos votos contra 48% de Aécio (PSDB). Mas, considerando os votos totais, a petista avançou um ponto para 47%, enquanto o tucano manteve os 43%. 

Com o noticiário político dominando o humor do mercado, o rebaixamento do rating da estatal ontem pela Moody’s fica em segundo plano. Na véspera, a agência de classificação de risco revisou a nota da empresa de “Baa1” para “Baa2”.

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Bancos
Assim como as ações da Petrobras, as ações dos bancos perderam força durante a tarde e fecharam entre leves ganhos e perdas na Bolsa. Destaque para os papéis do Banco do Brasil (BBAS3, R$ 27,45, -2,31%), que chegaram a subir mais de 2% nesta sessão, Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 33,78, -0,21%), Bradesco (BBDC3, R$ 33,93, +0,03%; BBDC4, R$ 34,90, +0,23%) e BM&FBovespa (BVMF3, R$ 10,58, -1,12%). 

Fibria (FIBR3, R$ 26,07, +0,85%)
As ações da Fibria fecharam a quarta-feira em seu quarto dia consecutivo de altas após a divulgação de seus resultados do terceiro trimestre. A companhia revelou nesta manhã que teve prejuízo líquido consolidado de R$ 359,38 milhões entre julho e o final de setembro, segundo dados de informações trimestrais (ITR) divulgados nesta quarta-feira. Analistas, em média, esperavam prejuízo líquido de cerca de R$ 600 milhões para a empresa no período. 

Segundo o Banco Espírito Santo, a companhia mostrou um resultado acima do esperado, com venda de celulose 3% acima do que no segundo trimestre apesar da parada na fábrica Jacareí, as férias de verão no Hemisfério Norte, preços 2,9% abaixo do trimestre anterior e com produção nos mesmos níveis do mesmo trimestre de 2013. 

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Souza Cruz (CRUZ3, R$ 19,98, +2,37%)
Também em meio a dados de seu balanço trimestral, as ações da companhia fecharam entre as maiores altas do Ibovespa. A companhia viu seu lucro líquido recuar cerca de 9% no terceiro trimestre, na comparação anual, pressionado pelo resultado operacional no período. O resultado, de R$ 75,5 milhões entre julho a setembro, foi 8,9% menor que os R$ 412,4 milhões de um ano antes, informou a companhia nesta terça-feira. Vale mencionar que hoje o Bradesco BBI elevou a recomendação das ações da empresa para outperform (desempenho acima da média), destacando que a “natureza defensiva da companhia e múltiplo relativamente barato parecem atraentes em mercados voláteis”.

Para a XP Investimentos, o resultado veio abaixo das expectativas, devido, principalmente as despesas operacionais na linha de tabaco. Já segundo a Planner Corretora, como a companhia opera com um mercado muito difícil, com enormes restrições para expansão, ainda assim a empresa consegue crescer sua participação de mercado, embora seus resultados continuem a sofrer os impactos do ambiente negativo. 

Natura e Cia Hering
Em continuidade à temporada, que se iniciou na segunda-feira com resultados da CVC, hoje ainda divulgarão seus números a Natura (NATU3, R$ 35,70, -1,49%) e Cia Hering (HGTX3, R$ 22,00, -0,95%), ambas após o fechamento do pregão desta quarta.

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Sabesp (SBSP3, R$ 19,35, +0,73%)
As ações da Sabesp fecharam entre as maiores altas do Ibovespa nesta sessão. A companhia informou ontem que dará desconto na conta de água também para os imóveis que reduzirem o consumo entre 10% e 20%. O bônus gradual foi solicitado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) na semana passada como uma das medidas para minimizar os reflexos da crise hídrica.