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São Paulo – O Ibovespa mostra trégua depois da forte queda nas últimas duas sessões e em meio a um dia positivo nas bolsas internacionais. Com uma agenda mais fraca nesta quarta-feira (22), o índice registrava às 14h30 (horário de Brasília) alta de 1,11%, a 53.016 pontos, depois de chegar a subir 1,52% na máxima do dia, a 53.229 pontos. O movimento era seguido por papéis de peso no benchmark, como os da Petrobras (PETR3, R$ 16,52, +1,91%; PETR4, R$ 17,07, +2,40%), que caíram forte na véspera.
“Depois da derrocada do mercado ontem, vemos hoje um movimento mais lateral do mercado. Os investidores devem preferir evitar tomar risco até segunda-feira (dia seguinte da eleição presidencial)”, disse o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos. Ele comenta ainda que a agenda de indicadores fraca hoje e o dia positivo lá fora contribuem para essa correção do Ibovespa nesta sessão. “Amanhã poderemos ver mais força no mercado, com indicadores esperados para serem divulgados e pesquisas eleitorais”, complementou.
O mercado hoje segue nova pesquisa Datafolha, que manteve Dilma Rousseff (PT) numericamente à frente de Aécio Neves (PSDB), com 52% das intenções de voto contra 48% do tucano. No total de votos, a petista ainda oscilou para 47% ante 46% na pesquisa anterior; Aécio se mantém com 43%.
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Dentre os destaques da pesquisa divugada ontem, está que a percepção da economia melhorou para o eleitor: somente 31% acham que a inflação vai subir, o menor índice desde 2007. Isso embora o IPCA-15 tenha indicado uma aceleração no aumento de preços com alta de 0,48% ante 0,39% do período passado.
Destaques
Novamente, os destaques do pregão de hoje são as ações do chamado “kit eleições”, composto por estatais e bancos. Os papéis ON e PN da Petrobras (PETR3; PETR4) sobem em um movimento de recuperação após as quedas registradas nesta semana. No noticiário da companhia, está o rebaixamento do rating da empresa pela Moody’s na tarde de ontem (21). A companhia caiu um degrau, ainda dentro da categoria de “grau de investimento”, porém com perspectiva negativa.
Outra ação que se destaca no pregão de hoje da BM&F Bovespa é a da Fibria (FIBR3), que apresentou seu resultado para o terceiro trimestre de 2014 e vê suas ações subirem cerca de 1,7%. A empresa teve prejuízo líquido de R$ 359 milhões, mas foi melhor que o esperado pela média dos analistas do mercado que previam um prejuízo de R$ 600 milhões para a companhia de papel e celulose. A Fibria tem sido uma das ações que mais sobe nas últimas sessões beneficiada pela alta do dólar.
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As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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Cenário externo
As bolsas europeias fecharam em alta pela segunda sessão consecutiva com investidores animados com a possibilidade do BCE (Banco Central Europeu) iniciar um programa de compra de bônus corporativos para reanimar a economia da zona do euro.
Por lá, o BoE (Bank of England) informou na ata da sua última reunião que 7 integrantes votaram a favor da manutenção da política monetária, enquanto 2 votaram a favor da alta dos juros agora.
No radar, o mercado seguiu ainda agenda norte-americana, embora o dia apresente-se bem tranquilo lá. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos avançou 0,1% em setembro na comparação com agosto, segundo informações do Departamento do Trabalho do país. Por lá, os principais índices norte-americanos registravam leves baixas.