Petrobras despenca 6% e Braskem é beneficiada com Citi; veja os destaques

Os destaques também ficaram com as ações da Braskem, que subiu após recomendação, Fibria, que voltou a ser beneficiada pelo dólar, além da Time for Fun, que despencou nesta sessão

Paula Barra

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SÃO PAULO – A segunda-feira (20) voltou a ser movimentada ao sabor das pesquisas eleitorais, com o Ibovespa fechando a sessão com queda de 2,55%, a 54.302 pontos – fechando em sua mínima do dia -, em meio a nova pesquisa eleitoral CNT/MDA que mostrou Dilma Rousseff (PT) 1 ponto percentual acima de Aécio Neves (PSDB), mas ainda empatados tecnicamente.

Na ponta negativa do principal índice da Bolsa brasileira, estiveram os papéis da estatal Petrobras, que fecharam com queda de 6%, próximas da sua mínima intradiária. Além dela, os papéis das outras estatais e dos bancos, que têm mostrado forte sensibilidade às pesquisas eleitorais. Vale mencionar também que os papéis da Time for Fun (SHOW3, R$ 2,90, -8,81%) renovaram sua mínima nesta sessão, chegando a queda de 10% na mínima do dia, com o Goldman Sachs liderando as vendas. Desde julho as ações acumulam queda de 44%. 

Já na ponta de cima do Ibovespa, entre as 8 ações que registraram ganhos na sessão, estiveram os papéis da Braskem, que lideraram as altas do índice após o Citi elevar seus papéis de neutro para compra. A alta do dólar voltou a beneficiar também as ações da Fibria, que figuraram na ponta de cima do Ibovespa junto da companhia do setor imobiliário Gafisa (GFSA3, R$ 2,97, +1,71%), que chegou a subir 3,42% nesta sessão. Fora do índice, destaque para as ações do Fleury desabam após negociações entre a companhia e Gávea Investimentos fracassarem. As units do banco Santander (SANB11, R$ 14,98, +0,54%) também ficaram entre os ganhos.

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Confira os principais destaques da Bolsa

Estatais e bancos
As ações das estatais e bancos fecharam em queda nessa sessão após pesquisa eleitoral CNT/MDA mostrar Dilma numericamente à frente de Aécio, mas empatados tecnicamente. O desempenho veio depois do dia de alívio na última sexta-feira após fortes quedas na semana passada. Destaque para as ações da Petrobras (PETR3, R$ 17,12, -5,83%; PETR4, R$ 17,92, -6,13%), Eletrobras (ELET3, R$ 6,77, -3,15%; ELET6, R$ 10,15, -2,40%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 30,36, -5,10%), Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 35,64, -2,89%) e Bradesco (BBDC3, R$ 35,73, -2,46%; BBDC4, R$ 36,71, -2,37%). 

Além desse levantamento, o mercado seguiu no aguardo por uma pesquisa Datafolha, cujo levantamento será feito apenas hoje para capturar em parte as repercussões do debate de ontem. Há expectativa também por uma pesquisa Vox Populi, que pode ser divulgada hoje à noite.

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Braskem (BRKM5, R$ 17,09, +2,15%)
Por outro lado, as ações da Braskem fecharam como a maior alta do Ibovespa depois que o Citi elevou sua recomendação. Esse é o segundo dia de alta dos papéis da companhia, que acumulam no período ganhos de 4,8%. Neste momento, as ações da Braskem batem o maior patamar de fechamento desde março de 2014. 

Oi (OIBR4, R$ 1,17, -6,40%)
Já as ações da Oi fecharam com fortes perdas nesta segunda, registrando sua terceira queda em quatro pregões – no único dia que não caiu neste período as ações fecharam estáveis. Somente no mês de outubro, os papéis da companhia já caíram 33,3%.

Lá fora, os papéis da Portugal Telecom, negociados na Bolsa de Lisboa, despencavam 14%, a 1,04 euro, em meio às incertezas sobre sua fusão com a Oi, que busca vender ativos do seu sócio português. Na mínima do dia, as ações da companhia chegaram a bater 0,86 euro, o que avalia a PT em cerca de 788 milhões de euros, valor inferior até aos 897 milhões de euros que a empresa investiu em papel da Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo. Na sexta-feira, o Tribunal de Luxemburgo não aceitou o pedido de gestão controlada feito pelo Espírito Santo Internacionational e pela Rioforte. Sem o aval, as companhias provavelmente entrarão em insolvência e o patrimônio de ambas será liquidado para pagamento de dívidas. 

Fleury (FLRY3, R$ 14,20, -5,71%)
Fora do Ibovespa, destaque também para a queda das ações da Fleury. A empresa divulgou hoje que seu controlador indireto Core Participações informou que foram encerradas sem sucesso as negociações de sua participação na companhia para a gestora de recursos Gávea Investimentos. Eles iniciaram negociações exclusivas em março para potencial alienação da totalidade da fatia da Core na Fleury.

OSX (OSXB3, R$ 0,21, +16,67%)
As ações da OSX voltaram a disparar nesta sessão, após terem subido 38,46% na útima sexta-feira. Os papéis reagiram à notícia de que Eike Batista deixou de ser o controlador da OGX, agora Óleo e Gás Participações (OGXP3), na semana passada. Isto porque o processo envolve a transferência de mais de 70% das ações da empresa para os credores, sendo a OSX um deles.

Enquanto as ações da OSX sobem, os papéis de outras “empresas X”, que já estiveram ou ainda estão sob o controle de Eike Batista, caíram na Bolsa: MMX Mineração (MMXM3, R$ 0,44, -2,2%), CCX Carvão (CCXC3, R$ 0,26, -10,34%) e Prumo (PRML3, R$ 0,54, -11,48%), ex-LLX Logística.

Eneva (ENEV3, R$ 0,62, -8,82%)
As ações da Eneva despencaram nesta segunda-feira, mas apesar do movimento negativo, a geradora privada de energia informou no fim da sexta-feira que está em vigor acordo para suspender até 21 de novembro a amortização e pagamento de juros de operações financeiras contratadas com credores financeiros. Em fato relevante, a companhia citou entre os credores o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), BTG Pactual, Citibank, HSBC Bank Brasil e Itaú Unibanco. 

O acordo, que visa preservar caixa e dar sequência ao plano de estabilização da companhia, está sujeito à satisfação de condições precedentes ao longo do período informado, disse a Eneva.

Randon (RAPT4, R$ 6,89, -1,01%)
A Randon viu suas ações caírem hoje depois de informar dados operacionais de setembro. A companhia registrou queda de 10,9% em sua receita líquida no mês passado, na comparação com o mesmo período de 2013. Embora tenha sido observado uma comparação se comparado com os últimos meses, o patamar se mantém 10% menor que o anterior, disse a XP Investimentos. “Não vemos trigger para a ação no curto prazo”, indicaram os analistas

Além disso, tendo em vista o cenário adverso, a empresa revisou suas projeções para o desempenho de 2014. A nova estimativa para receita líquida é 9,1% menor que aquela feita no início do ano, sendo reduzida também projeções de exportações.