Petrobras, crise dentro da Sabesp e mais 5 notícias no radar desta segunda-feira

Estatal diz estudar medidas jurídicas adequadaspara ressarcimento dos danos sofridos a partir dasinvestigações da operação Lava Jato; jornal diz que presidente da Sabesp quer deixar o cargo

Paula Barra

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SÃO PAULO – A semana inicia agitada com as eleições ganhando cada vez mais espaço no noticiário, embora a agenda corporativa siga bastante movimentada. Entre os destaques, a Petrobras (PETR3; PETR4) informou na sexta-feira que já está estudando medidas jurídicas adequadas para ressarcimento dos danos sofridos pela estatal, conforme apontaram as investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. 

Em comunicado ao mercado, a empresa frisou que está sendo oficialmente reconhecida por autoridades como vítima nesse processo de apuração, e que vem prestando esclarecimentos para Polícia Federal, Ministério Público Federal e Poder Judiciário.

Durante o fim de semana, a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), admitiu, pela primeira vez, que houve desvio de dinheiro em esquema de corrupção da estatal. Dilma disse que pretende ressarcir os cofres públicos dos valores desviados, mas que, até o momento, nem mesmo o Ministério Público sabe ao certo quanto foi desviado.

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Sabesp
A presidente da Sabesp (SBSP3) teria dito ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que quer deixar o cargo, informou coluna da Folha de S. Paulo. O tucano, no entanto, pediu que ela ficasse na empresa até dezembro. O Palácio dos Bandeirantes teria considerado “catastrófico” o depoimento de Pena na Câmara Paulista, que afirmou que a cota de água acabava em novembro caso não chovesse, mas que sua saída agora, no auge da crise e antes da eleição, seria ruim.

Eneva
A geradora privada de energia Eneva (ENEV3) informou no fim da sexta-feira que está em vigor acordo para suspender até 21 de novembro a amortização e pagamento de juros de operações financeiras contratadas com credores financeiros. Em fato relevante, a companhia citou entre os credores o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), BTG Pactual, Citibank, HSBC Bank Brasil e Itaú Unibanco. 

O acordo, que visa preservar caixa e dar sequência ao plano de estabilização da companhia, está sujeito à satisfação de condições precedentes ao longo do período informado, disse a Eneva.

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Rossi
A Rossi (RSID3) informou ao mercado que o Credit Suisse elevou sua participação na empresa. O banco passou a deter 5,2% do capital social da empresa. Segundo o comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), tal participação não objetiva alterar a composição do controle ou estrutura administrativa da empresa. 

BHG
A BHG (BHGR3) informou que assinou memorando de entendimento para administração de um hotel que será desenvolvido na cidade de João Pessoa, no estado de Paraíba, e levará o nome de Tulip Inn João Pessoa. Com esse hotel, a companhia marca sua entrada no estado da Paraíba, em uma das principais cidades do Nordeste brasileiro, disse a BHG. 

JBS Foods
A JBS Foods, unidade de aves, suínos e produtos industrializados da JBS (JBSS3), está terminando de estruturar seu conselho de administração e dar mais um passo para sua abertura de capital. Segundo apurou O Estado de S. Paulo, a companhia terá como membro do conselho Enéas Pestana, ex-presidente do Grupo Pão de Açúcar.  

Ouro Fino
A Ouro Fino Saúde Animal garantiu na sexta-feira a primeira estreia de uma empresa brasileira na Bovespa em 2014, ao precificar sua oferta de ações no topo da faixa estimada, resultado surpreendente diante de mercado bastante volátil. A empresa vendeu 15,46 milhões de ações a 27 reais cada, operação que movimentou cerca de 418 milhões de reais, liderada por JP Morgan, Itaú BBA, Bradesco BBI e BB Investimentos. 

Deste montante, 106,44 milhões de reais (3,94 milhões de papéis) correspondem à venda de ações novas, a oferta primária, cujos recursos serão canalizados para o caixa da companhia e serão usados para reduzir dívidas e expandir negócios. A Ouro Fino afirmou no prospecto preliminar da oferta que pretende se expandir para mercados como Colômbia e México.

Outros 311,54 milhões de reais (11,54 milhões de papéis) são da venda de ações dos sócios fundadores Norival Bonamichi e Jardel Massari, também conselheiros de administração. A companhia estreia no pregão da Bovespa na próxima terça-feira (21), negociada sob a sigla OFSA3.

(Com Reuters)