Estatais e bancos caem e Embraer sobe com dólar; Vale sofre após queda do minério

Mercado segue movimento das bolsas externas e repercutem pesquisas eleitorais divulgadas ontem

Paula Barra

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SÃO PAULO – Dados econômicos americanos melhores do que o esperado abriram espaço para os mercados globais aliviarem um pouco a forte pressão que sofreram na véspera. Com o exterior mais calmo, o Ibovespa tenta amenizar as perdas (-1,58%) na tarde desta quinta-feira (16), depois de cair 3,57% na mínima do dia, a 54.132 pontos. O movimento é acompanhado das principais blue chips da Bolsa, que vinham puxando o índice para baixo e minimizam a desvalorização nesta tarde. 

A Petrobras (PETR3PETR4), por exemplo, que viu suas ações caírem cerca de 7% na mínima do dia registravam queda próxima de 3,5%, segundo cotação das 15h09 (horário de Brasília). Os bancos, que também caíram mais de 4% nesta sessão, apresentavam desvalorização perto de 1%, com Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 36,39, -0,66%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 31,75, -0,78%), Bradesco (BBDC3, R$ 36,17, -0,60%BBDC4, R$ 37,22, -0,83%).

Em relação à Petrobras, pesa ainda o impacto da queda do preço do petróleo em seu plano de investimento, que constam duas premissas: da convergência aos preços internacionais e de um petróleo a US$ 105 no mercado internacional. 

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No radar do mercado, segue também incertezas eleitorais. Ontem, as pesquisas eleitorais Ibope e Datafolha mostraram um empate técnico entre os dois candidatos. Há expectativa ainda pelo debate eleitoral entre os dois candidatos, às 18h (horário de Brasília), no SBT. 

Fora do cenário político, destaque para as ações da Vale (VALE3VALE5) e Oi (OIBR4). A mineradora voltar a ser pressionada pela queda no preço do minério de ferro, enquanto a companhia de telecomunicação cai forte, reagindo ao grupamento anunciado. Entre as empresas que não estão no Ibovespa, vale mencionar a MMX (MMXM3). Os papéis da companhia caem forte hoje, após a MMX Sudeste Mineração ajuizar um pedido de recuperação judicial, em caráter de urgência.

Confira os principais destaques da Bolsa: 

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Embraer (EMBR3, R$ 21,94, +3,34%)
A Embraer destoa do forte movimento negativo do mercado hoje. Somente ela e mais 6 das 70 ações do Ibovespa operam em alta nesta sessão. No caso da Embraer, a empresa refletia a valorização do dólar frente ao real, embora a moeda tenha amenizado os ganhos nesta tarde. A acomodação dos mercados financeiros no exterior, depois da onda de aversão ao risco na véspera, contribui para as variações mais amenas do dólar por aqui aqui. 

Dado o perfil exportador da empresa, um movimento de alta da moeda americana é visto como favorável, já que as receitas dessas companhias são atreladas ao real. Apesar da alta de hoje, no mês as ações da Embraer acumulam queda de 10%. 

Vale (VALE3, R$ 27,56, -2,61%; VALE5, R$ 24,04, -2,40%)
A Vale voltar a ser pressionadas na Bolsa pelo preço do minério de ferro. Os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 18,23, -4,01%), holding que detém participação na Vale, acompanham o movimento. O principal produto da exportadora registrou hoje no mercado à vista chinês queda de 2,1% em relação a ontem, indo para US$ 80,5 a tonelada. Nesta sessão, suas principais concorrentes globais enfrentam forte baixa nas bolsas internacionais.

Oi (OIBR4, R$ 1,27, -5,93%)
As ações da Oi caem forte nesta sessão e já acumulam perdas de 64,07% em 2014. No radar da empresa, segue a notícia de que o conselho de administração da companhia aprovou proposta de grupamento da totalidade de ações ordinárias e preferenciais da companhia, na razão de dez para uma, conforme fato relevante divulgado na noite de quarta-feira. A proposta será submetida à assembleia geral extraordinária da companhia, que será convocada para o dia 18 de novembro, disse a Oi.  

MMX (MMXM3, R$ 0,39, -18,75%)
As ações da MMX afundam nesta sessão após a companhia divulgar que sua controladora MMX Sudeste Mineração decidiu ajuizar em Belo Horizonte um pedido de recuperação judicial, em caráter de urgência. “Não obstante os esforços da administração na negociação com credores e na busca por potenciais investidores, o pedido de recuperação judicial configurou-se como a alternativa mais adequada diante da situação econômico-financeira da companhia”, diz a mineradora.