AES Tietê dispara quase 10%, BB desaba 6,5% e Petrobras cai 2%; veja os destaques

Estatais e bancos voltaram a cair nesta sessão, após fortes perdas na segunda-feira (29); mercado aguarda divulgação do Ibope e Datafolha

Paula Barra

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SÃO PAULO – Após o pior pregão em 3 anos, o Ibovespa fechou com queda de 0,93%, a 54.115 pontos, com destaque negativo novamente para as ações das estatais e bancos. Ontem, elas fecharam com forte queda após a divulgação do Datafolha, na sexta-feira (26), não confirmar a expectativa do mercado e mostrar avanço de Dilma Rousseff (PT) na corrida eleitoral.

Nesta terça-feira (30), o mercado ficou à espera de novas duas pesquisas eleitorais, Datafolha e Ibope, que podem sair ainda nesta noite. Ainda do lado negativo do Ibovespa, as ações das imobiliárias, em destaque PDG Realty (PDGR3), fecharam entre as mairores baixas, em meio à alta dos juros futuros nos últimos dias.

Enquanto isso, os papéis da Kroton (KROT3) figuraram entre as maiores altas do Ibovespa, subindo cerca de 4%. Fora do índice, chamou atenção no final do pregão as ações da AES Tietê, que em apenas 30 minutos subiram 6% e fecharam com alta de 9,84%, cotados a R$ 21,55.  

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Confira os principais destaques da Bolsa:

Estatais
As ações das estatais estenderam as perdas da última sessão e voltaram a cair nesta terça-feira (30). Ontem, as ações destas empresas despencaram após a pesquisa eleitoral Datafolha da última semana, além da CNT/MDA e Vox Populi mostraram todas uma ampla vantagem de Dilma sobre Marina. Reagiram negativamente os papéis da Petrobras (PETR3, R$ 17,25, -2,82%PETR4, R$ 18,24, -1,94%), Eletrobras (ELET3, R$ 6,56, -4,65%ELET6, R$ 10,10, -0,59%) e BB (BBAS3, R$ 25,30, -7,26%). 

Hoje, as empresas seguiram à espera da divulgação de novas pesquisas eleitorais. Devem sair nesta terça-feira a pesquisa Ibope e Datafolha. Vale mencionar que na sexta-feira os papéis destas empresas foram impulsionados por expectativas de que Marina Silva iria mostrar uma recuperação, o que não se confirmou.

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Bancos
Na mesma toada, as ações dos bancos fecharam também em queda nesta sessão. Os papéis do Itaú Unibanco (ITUB4) registraram queda de 3,39%, a R$ 33,87, enquanto os ativos ordinários e preferenciais do Bradesco (BBDC3BBDC4) caíram 1,27% e 2,38%, respectivamente, a R$ 35,00 e R$ 34,84. 

Ontem, tanto a pesquisa CNT/MDA quanto o Vox Populi mostraram uma boa vantagem de Dilma no primeiro turno. Além disso, a petista já registra vantagem sobre Marina no segundo turno, o que levaria a atual presidente à reeleição. Especialistas afirmam que o mercado já começa a trabalhar com o cenário de vitória de Dilma, mas que esta semana ainda pode ter grandes viradas com novas pesquisas.

Vale (VALE3, R$ 26,85, +1,17%VALE5, R$ 23,78, +2,06%)
As ações da Vale operaram entre ganhos e perdas nesta segunda-feira (30), mas fecharam o pregão com altas. No radar de notícias da mineradora, destaque para a proposta de dividendos no valor de US$ 2,1 bilhões, ou US$ 0,407499 por ação – levando como base a cotação atual do dólar (R$ 2,46), o dividendo chega a pouco mais de R$ 1,00 por cada papel. A proposta será votada pelo Conselho de Administração em 16 de outubro e, se aprovada, será paga aos acionistas dia 31 do mesmo mês.

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Além disso, o minério de ferro – principal commodity da Vale – voltou a cair e renovou as mínimas de mais de 5 anos, enquanto o PMI da indústria chinesa ficou abaixo do esperado ao recuar de 50,5 para 50,2 – a expectativa era de estabilidade no crescimento em 50,5. Vale lembrar que o PMI marca aceleração da atividade acima de 50 e contração abaixo do limiar.

Usiminas (USIM5, R$ 6,37, -3,63%)
Depois do BTG Pactual, agora foi a vez do Santander cortar a recomendação da Usiminas (USIM5), de compra para underperform (desempenho abaixo da média). Segundo os analistas, as ações continuam pressionadas até que a companhia ofereça mais detalhes sobre sua estratégia de negócio, assim como sobre a disputa no bloco de controle da companhia, que provocou na semana passada a destituição do presidente da siderúrgica e mais dois diretores.

No intraday, as ações da companhia atingem o menor patamar desde julho 2012.

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Ontem, a Justiça em Minas Gerais negou o pedido da Ternium, subsidiária da Techint, para tornar sem efeito as deciões da reunião do conselho. Procurada pelo InfoMoney, a companhia disse que não comenta o assunto, mas informou que vai recorrer. 

Construtoras
As ações do setor seguiram entre as maiores quedas do Ibovespa, com destaque para os papéis da PDG Realty (PDGR3, R$ 1,10, -2,65%), que atingiram perdas de quase 8% na mínima do dia. As empresas são penalizadas pelo alta juros futuros nos últimos dias. Além dela, vale mencionar as ações da Rossi (RSID3, R$ 1,08, -4,42%), que também registram fortes perdas hoje.