Ibovespa Futuro cai 1,5% após Datafolha positivo para Dilma

Dilma ampliou vantagem no 1º turno e diminuiu distância com Marina no 2º; bolsas no exterior têm dia de alta

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro segue a queda da véspera e tem uma baixa ainda maior nesta sexta-feira, repercutindo a pesquisa Datafolha para a presidência e indicando uma sessão bastante descolada do cenário internacional. Às 09h10 (horário de Brasília), o índice registrava baixa de 1,49%, a 58.120 pontos. 

 O último Datafolha, divulgado na madrugada desta sexta pelo jornal Folha de S. Paulo, surpreendeu parte do mercado ao mostrar que Marina Silva (PSB), sob intenso ataque da presidente Dilma e de Aécio, continuou em queda. Na simulação de primeiro turno, Dilma obteve 37% das intenções de voto, contra 30% de Marina. E, de acordo com a LCA Consultores, esta pesquisa mostra que a disputa continuará acirrada entre as candidatas que estão na dianteira das pesquisas de intenção de voto. 

Nas simulações de segundo turno, Marina não conseguiu se estabilizar neste levantamento, com uma vantagem de apena 2 pontos percentuais: 46% contra 44% de Dilma. “”Como se pode ver, ao contrário de outras pesquisas, Marina não conseguiu se estabilizar nas simulações de segundo turno. Nossa expectativa é que a disputa continue acirrada entre Marina e Dilma, com a possibilidade de pequenas novas oscilações das intenções de votos destas candidatas”, aponta a LCA Consultores.

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O noticiário corporativo também é bastante movimentado com destaque, mais uma vez, para as teles. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) rejeitou ontem os principais pedidos de impugnação de trechos do leilão de serviços 4G na faixa de 700 megahertz (MHz), cujo leilão ocorrerá no próximo dia 30. A Oi (OIBR4), Vivo (VIVT4), TIM (TIMP3) e Claro estavam entre as empresas que apresentaram questionamentos ao órgão regulador.

Ainda no setor, o grupo francês de mídia Vivendi concluiu um acordo para vender seu negócio brasileiro de banda larga GVT para a espanhola Telefónica, dona da Vivo, por dinheiro e ações no valor de cerca de 7,2 bilhões de euros (9,29 bilhões de dólares), anunciaram as empresas nesta sexta-feira. 

A transação está sujeita à aprovação regulatória no Brasil. A Telefónica planeja incorporar a GVT à Vivo, sua marca de telefonia móvel no Brasil, para criar o maior grupo de telecomunicações do país, Telefônica Brasil.

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A Petrobras (PETR3PETR4) também segue no radar corporativo também por notícias internas. A presidente da estatal, Maria das Graças Foster, disse que a empresa está dando uma guinada na produção de petróleo. Segundo a executiva, a produção atingiu um ponto de inflexão entre julho e agosto, ou seja, um período em que passou a crescer de forma mais intensa. A meta da empresa é aumentar a produção em 7,5% no Brasil em relação ao ano passado, quando havia produzido 1,93 milhão de barris.

Graça confirmou ainda o início da produção de três novas plataformas até o fim deste ano: P-61, Cidade de Mangaratiba e Cidade de Ilha Bela. De acordo com Graça, a P-61 está prevista para novembro, a Cidade de Mangaratiba para entre outubro e novembro e a Cidade de Ilha Bela, “neste trimestre”.

Enquanto o dia é de queda por aqui…
As bolsas mundiais, ao contrário do sinalizado pela Bolsa brasileira, apontam para uma alta, 
reagindo ao referendo sobre a independência da Escócia e estímulos na economia da China. Além disso, os mercados são impulsionados pelos índice norte-americanos após o IPO da Alibaba.

Em referendo histórico, 55% dos escoceses votaram contra a independência do país em relação ao Reino Unido. Mais de 3,6 milhões, dos 4,3 milhões de eleitores registrados, compareceram às urnas, um recorde em relação a todas as eleições já realizadas no Reino Unido desde o sufrágio universal, em 1918.

Na Ásia, as bolsas foram impulsionadas após o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, dizer que irá executar o quanto antes a reforma do fundo público de US$ 1,2 trilhão de dólares do país, o Fundo de Investimento de Pensão do Governo, em uma reformulação vista como favorável para ações.


Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.