Petrobras, recomendação de 11 elétricas, CCX e mais 3 notícias no radar

HSBC iniciou cobertura do setor elétrico e apenas Equatorial e Transmissão Paulista tiveram recomendação overweight; Embraer é elevada pelo Santander

Rodrigo Tolotti

(Divulgação/Eletrobras)

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SÃO PAULO – Após um agitado fim de semana com notícias eleitorais, incluindo a delação feita pelo ex-diretor da Petrobras e a pesquisa Sensus, a semana começa com diversas novidades no mercado, com destaque para as companhias elétricas, que tiveram suas coberturas iniciadas pelo HSBC com diferentes recomendações. Destaque para a Equatorial (EQTL3) e a Transmissão Paulista (TRPL4), únicas com recomendação overweight (acima da média do mercado).

O banco ainda iniciou sua cobertura para diversas outras empresas do setor: AES Tietê (GETI4), Taesa (TAEE11), Cemig (CMIG4), Cesp (CESP5), CPFL Energia (CPFE3) e Eletropaulo (ELPL4) tiveram recomendação underweight (abaixo da média do mercado), enquanto Tractebel (TBLE3), Light (LIGT3), Copel (CPLE6) ficaram com recomendação neutra. Além delas, o HSBC iniciou a cobertura de Sabesp (SBSP3), underweight, e Copasa (CSMG3) neutra.

Segundo os analistas, a Equatorial ainda tem boas opções para crescer no mercado, enquanto a Transmissão Paulista ainda tem recebíveis sobre a extensão de suas concessões, o que pode gerar maior pagamento de dividendos. De acordo com eles, as recomendações abaixo da média refletem, principalmente, os múltiplos pouco atrativos destas empresas.

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Petrobras
Operando com 98% de sua capacidade instalada e colecionando acidentes desde o final do ano, a área de refino da Petrobras será uma das mais afetadas pelos cortes de funcionários efetivos da companhia. A previsão é que 16% do total de demissões atinja as refinarias do País. Além dos funcionários ligados à área operacional, o PIDV também prevê a demissão de 1.823 funcionários das áreas de segurança e manutenção de equipamentos.

Os cortes nas áreas de segurança e manutenção atingem engenheiros de segurança e de equipamentos, além de inspetores de segurança, técnicos de manutenção e de segurança. A companhia também prevê cerca de 500 demissões nas áreas operacionais, de categoria E, para as refinarias até 2017.

No último dia 25, uma equipe de 20 auditores do Ministério Público do Trabalho (MPT) esteve na unidade e autuou a Petrobras pelo descumprimento de resolução que prevê a definição do número mínimo de funcionários para a operação em segurança das refinarias, como nas embarcações.

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A consequência direta das demissões é o aumento dos incidentes e acidentes nas unidades. O sindicato contabiliza nove acidentes somente no mês de agosto. Um deles causou a morte do operador Antonio Rafael Santana, de 26 anos, na Reman, em Manaus. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CCX
A empresa de mineração de carvão CCX (CCXC3) informou nesta manhã que vem adotando medidas para alcançar o fechamento da venda de projetos de mineração para a colombiana Yildirim até 30 de setembro, conforme objetivo originalmente previsto em contrato.

Segundo a companhia, as pendências para a transação envolvem “questões registrais e outras atividades regulatórias em andamento perante as autoridades governamentais da Colômbia”.

O acordo vinculante para a venda havia sido divulgado no início de fevereiro, por 125 milhões de dólares. Na época, a CCX estimou que a operação seria concluída no segundo trimestre.

Além dos projetos de mineração a céu aberto de Cañaverales e Papayal e do projeto de mineração subterrânea de San Juan, o acordo com a Yildirim também contempla a transferência de imóveis, projetos de porto e ferrovia, licenciamentos diversos e estudos técnicos correlatos.

Embraer
A Embraer (EMBR3) foi elevada pelo Santander de “venda” para “manutenção”. Segundo os analistas, a expectativa é que o dólar volta a subir, e com uma menor exposição ao mercado brasileiro, as receitas da companhia venham a ser beneficiadas.

BRF
A agência de classificação de risco Moody’s avaliou como positiva a venda da unidade de lácteos da BRF (BRFS3) para a Parmalat. A companhia anunciou o negócio, avaliado em R$ 1,8 bilhão na última semana. Entre as marcas desse segmento vendidas pela empresa estão a Batavo e a Elegê.

Fibria
A Fibria (FIBR3) anunciou na noite da última sexta-feira um aumento de US$ 400 milhões no limite para emissão de dívidas, para US$ 1,5 bilhão. Também foi aprovado um aumento de US$ 400 milhões para o plano de liability management, que chega a US$ 2,1 bilhões em 2014. A proposta autoriza a diretoria da companhia a recomprar dívidas existentes em “momentos oportunos”, respeitando o limite aprovado.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.