BB sobe 5% com Credit Suisse, Petrobras sobe mais de 4% e siderúrgicas avançam; veja mais

Noticiário corporativo segue agitado nesta sessão, enquanto rali eleitoral tem "intervalo" após debate e antes de nova pesquisa

Leonardo Silva

Publicidade

SÃO PAULO – Com uma “calmaria” no cenário eleitoral e em meio à uma terça-feira (2) agitada pelo noticiário corporativo, o destaque desta sessão fica com a forte alta nas ações da Telefônica Brasil (VIVT4), que lidera os ganhos nesta sessão. Ainda no lado positivo do Ibovespa aparecem as ações do Banco do Brasil (BBAS3), que sobem após o Credit Suisse elevar a recomendação dos papéis para “outperform”.

Vale mencionar a forte alta nas ações das empresas siderúrgicas e mineradoras, com destaque para os papéis da Vale (VALE3;VALE5), que voltam a subir após 8 pregões consecutivos de queda, sendo pressionadas pela forte queda no preço do minério de ferro. 

Já as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) voltam a ter leve alta nesta sessão, após queda de quase 2% mais cedo. Fora do índice, destaque para a desvalorização de mais de 1% nos papéis da Qualicorp (QUAL3), após o anúncio de aquisição feito pela empresa nesta terça-feira.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Confira os destaques da Bolsa:

Petrobras (PETR3, R$ 23,46, +4,36%PETR4, R$ 24,85, +4,28%)
As ações da Petrobras viraram para alta, após caírem mais de 2%. Desde o dia 14 de agosto, um dia após a trágica morte de Eduardo Campos, e com a mudança no cenário político, as ações da estatal já dispararam cerca de 30%. Desde o início do rali eleitoral, em março, os ganhos já ultrapassam os 100%.

No radar da Petrobras continua o cenário político – apesar de um “intervalo” nesta sessão, com uma terça-feira voltada para o noticiário corporativo -, com a divulgação das pesquisas eleitorais Datafolha e Ibope na próxima quarta-feira e que devem movimentar as ações das companhias estatais novamente.

Continua depois da publicidade

Além disso, em relatório divulgado nesta terça-fera pelo Credit Suisse, os analistas do banco acreditam que ainda há um upside (potencial de valorização) para os papéis, porém limitado. “Estamos confortáveis com o rali da Petrobras até US$ 25/R$ 28”, disseram os analistas Vinicius Canheu e Andre Sobreira.

Eles fazem referência ao ADR (American Depositary Receipts) da Petrobras negociado na Bolsa de Nova York sob o ticker PBR e correspondente às ações ordinárias da empresa. Esse target representaria um upside de 24,56% em PETR3, em relação ao preço de fechamento de ontem, de R$ 22,48.

Ontem, o BTG disse que o papel ordinário da Petrobras (PETR3) poderia chegar a R$ 30 em caso de vitória de Marina Silva à presidência. 

Continua depois da publicidade

Banco do Brasil (BBAS3, R$ 37,45, +5,70%)
As ações do Banco do Brasil iniciam o pregão com alta de quase 2%, reagindo ao relatório do Credit Suisse, que elevou a recomendação dos papéis instituição de “neutro” para “outperform” (desempenho acima da média, ou similar à compra). O preço-alvo foi revisado em quase 100%, indo de R$ 23 para R$ 44, o que representa um upside de 24,19% em relação ao último fechamento dos papéis (R$ 35,43). 

“Apesar do forte desempenho no acumulado do ano, acreditamos que as ações do Banco do Brasil ainda estão subprecificadas”, disse em relatório o analista Marcelo Telles. Por conta disso, ele estima que a relação “risco-retorno” dos papéis do BB ainda está agradável, mesmo com eles já tendo subido cerca de 95% da metade de março pra cá.

Vale (VALE3, R$ 28,97, +0,07%VALE5, R$ 25,84, +0,35%)
As ações da Vale sobem nesta terça-feira (2) após 8 pregões consecutivos de queda, em um momento de correção nos papéis da empresa. Apesar do “ânimo”, o preço do minério de ferro – principal produto da Vale -, que pressionou as ações da empresa nestes últimos dias, continua em queda nesta sessão, atingindo o menor patamar desde outubro de 2009.

Publicidade

Siderúrgicas
Na “cola” da Vale, as outras siderúrgicas da Bolsa também sobem nesta terça-feira. Destaque para os papéis de Gerdau (GGBR4, R$ 13,11, +3,39%), CSN (CSNA3, R$ 10,05, +4,15%) e Usiminas (USIM5, R$ 8,33, +2,84%).

Hoje foram divulgados os dados da produção industrial nacional, que demonstrou crescimento de 0,7%, de acordo com o IBGE. Os resultados romperam 5 meses seguidos de dados negativos, período em que acumularam queda de 3,5%. 

Vivo (VIVT4, R$ 48,00, +3,23%)
A Telefónica, dona da Vivo, está prestes a comprar a GVT do grupo francês Vivendi, deixando para trás a proposta feita pela Telecom Italia, controladora da TIM, que entrou na disputa após uma oferta inicial da espanhola no começo de agosto.

Continua depois da publicidade

Na sexta-feira, a Telefónica afirmou que a operação e integração da operadora de banda larga da GVT com negócios no Brasil será rentável desde o primeiro dia, em um acordo que pode proporcionar sinergias mínimas de 4,7 bilhões de euros. Segundo a companhia, a transação deve ser concluída em meados de 2015 e colocará a subsidiária brasileira da Telefónica como a principal operador integrado com a maior quota de mercado em termos de receitas e números de acessos no mercado brasileiro. A oferta da Telefónica pela GVT foi de 7,45 bilhões de euros, dos quais 4,66 bilhões serão pagos em dinheiro e o restante ao equivalente a 12% das ações da empresa combinada.  

Qualicorp (QUAL3, R$ 27,27, -2,29%)
As ações da Qualicorp caem nesta sessão reagindo ao contrato anunciado hoje para a aquisição de 15% do capital social da Aliança Administradora de Benefícios de Saúde e GA Consultoria, sociedades indiretamente controladas pela companhia. O valor da operação é de R$ 155 milhões, a serem pagos em 30 dias contados a partir de ontem.

Segundo o Bradesco BBI, o anúncio parece ligeiramente negativo diante do preço aparentemente alongado, além de ainda estar pouco claro como a companhia pretende financiar a aquisição ou se terá impacto em provisões.

Publicidade

BR Properties (BRPR3, R$ 15,41, +1,38%)
As ações da BR Properties abriram a sessão entre as maiores altas do Ibovespa, mas perdem força e seguem com leves ganhos, reagindo a venda de ativos anunciada nesta terça-feira. 

A empresa de imóveis comerciais realizou mais uma etapa da operação de transferência de galpões industriais ao grupo Global Logistic Properties Limited (GLP), numa transação de R$ 92,055 milhões, e informou que ativos equivalentes a R$ 576,4 milhões não fazem mais parte da operação.

Em março, ao divulgar a operação, a BR Properties informou que receberia 3,18 bilhões de reais pela venda de 34 galpões industriais e de logística para a GLP.